Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

Contos, crônicas, poesias e afins

 
Não sei
 
Cora Coralina
 
Não sei se a vida é curta
ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido
se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que acaricia,
desejo que sacia,
amor que promove.
E isso não é coisa do outro mundo,
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja
Nem curta, nem longa demais.
Mas que seja intensa, verdadeira e pura
Enquanto durar...
 
 
 
Plegaria por la paz

Al Creador de la naturaleza y del hombre,

de la verdad y de la belleza, suplico:

Escucha mi voz, pues es la voz de las victimas

de todas las guerras y de la violencia

individuos y naciones.

Escucha mi voz, pues es la voz

de todos los niños que sufrem y sufrirán

cuando las gentes pongan su fe en las armas

y en la guerra.

Escucha mi voz cuando te ruego que infundas

en el corazón de todos los hombres la sabiduría

de la paz, la fuerza de la justicia y la

alegría de la confraternidad.

Escucha mi voz, pues hablo por las multitudes

de todos los paises y de todos los períodos

de la historia que no quieren la guerra y

están preparados a caminar por sendas de paz.

Escucha mi voz y concédenos discernimiento

y fortaleza para que podamos responder siempre

al odio con amor, a la injusticia con la

dedicación total a la justicia, a la necessidad

compartiendo de lo propio, a la guerra con la paz.

Oh Dios! Escucha mi voz y concede

a todo el mundo tu eterna paz

Que asi sea...

(Horacio Olthoff)

A Igreja no mundo

Por Celso Bispo de Oliveira,

Igreja Metodista Vila Nova (1ª Região), estudante do CTP, 1º ano

 

Como estar no mundo

sem ser também mundana

Como acolher o mundo

o mundo que sofre e clama

Como ficar ausente

insensível, indiferente

se a Palavra constrange e chama

Como ser tão distante

se em teu peito a missão inflama

Desperta pro mundo e ama!

 

 

Forjando a armadura

Rudolf Steiner

 
Nego-me a me submeter ao medo
que me tira a alegria de minha liberdade,
que não me deixa arriscar nada,
que me torna pequeno e mesquinho,
que me amarra,
que não me deixa ser direto e franco,
que me persegue,
que ocupa negativamente minha imaginação,
que sempre pinta visões sombrias.
 
No entanto,
não quero levantar barricadas por medo do medo.
Eu quero viver
e não quero encerrar-me.
Não quero ser amigável
por ter medo de ser sincero.
Quero pisar firme por estar seguro
e não para encobrir meu medo.
 
E quando me calo,
quero fazê-lo por amor
e não por temer as consequências de minhas palavras.
 
Não quero acreditar em algo
só pelo medo de não ser acreditado.
Não quero filosofar
por medo de que algo possa aingir-me de perto.
 
Não quero dobrar-me
só porque tenho medo de não ser amável.
Não quero impor algo aos outros
pelo medo de que possam impor algo a mim.
Por medo de errar,
não quero me tornar inativo.
 
Não quero fazer-me de importante
porque tenho medo de que, se não,
poderia ser ignorado.
 
Por convicção e amor,
quero fazer o que faço
e deixar de fazer o que deixo de fazer.
 
Do medo,
quero arrancar o domínio
e dá-lo ao amor.
E quero crer
no reino que existe em mim.
 

 

TAREFA

(Geir Campos)

Morder o fruto amargo e não cuspir,

Mas avisar aos outros o quanto é amargo.

Cumprir o trato injusto e não falhar,

Mas avisar aos outros quanto é injusto.

Sofrer o esquema falso e não ceder,

Mas avisar aos outros o quanto é falso.

Dizer também que são coisas mutáveis...

E quando em muitos a noção pulsar

-Do amargo e injusto e falso por mudar-

Então confiar à gente exausta o plano

De um mundo novo e muito mais humano.

(Colaboração do Pr. Ronan Boechat, 1ª RE)

 

Photo of adult holding child's hand

 Leia também os poemas: "Das profundezas" e "Real Libertação", do pastor José do Carmo da Silva, da Igreja Metodista em Fátima do Sul, MS. Clique aqui.

Leia também:

A singeleza de Mário Quintana

A introspecção de Carlos Drummond de Andrade

O tribunal divino - conto de Oscar Wilde

A igreja do diabo - conto de Machado de Assis

 

 


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