Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

reflexão pastor Fernando

Finados

O Dia de Finados não é uma data presente no calendário metodista. Cremos que somos salvos pela fé e iremos para junto do Pai. Por isso, não intercedemos a Deus pela salvação daqueles que já faleceram, pois entendemos que a salvação é uma decisão pessoal que se toma em vida. Deus dá a você liberdade de escolha e está sempre de braços abertos, pronto a perdoar os seus pecados e recebê-lo com amor. Por isso, quando nos lembramos daqueles que já faleceram, nossas orações são de gratidão pela vida eterna. Pedimos, também, que Deus nos console nos momentos de saudade. Veja a seguir alguns textos que falam de morte, vida, saudade e esperança.

 

Creio em Deus, Pai, Todo-Poderoso,

e também na ressurreição do corpo e na vida eterna.

 

O girassol nos lembra que a semente precisa morrer para que a planta floresça e frutifique. Voltada sempre ao sol, ela também nos convida a nos voltarmos para o Cristo Ressurreto.

 

Por Rev. Fernando Cezar Moreira Marques, pastor da Igreja Metodista na Lapa, 3ª RE.

Vez por outra lembro-me de meu pai. A proximidade do feriado me faz pensar que nunca mais voltei ao cemitério depois de seu sepultamento, há 10 anos.

Bom sujeito. Alegre, conversador, prestativo. Só tinha um defeito: não sabia dizer "Não!".

Neste momento, em que relembro vários episódios vividos ao lado de meu pai, rio sozinho e também quase choro sozinho. Penso em realizar um ato (um culto, um momento devocional), ainda que individual, para reverenciar sua memória.

"Isso, farei um culto!", decido-me. E me ponho a pensar que no ato que um dia hei de realizar (sozinho, escondido, para não correr o risco de escandalizar alguém), celebrarei o dom da vida. Agradecerei a Deus pelo tempo que Ele permitiu que partilhássemos de sua companhia, pelas muitas lições que pude com ele aprender, pelos momentos alegres e divertidos, pela oportunidade de estar com meu pai durante a enfermidade que o fez partir tão cedo, pela saudade que deixou em todos que o conheceram. Cantarei o seu hino preferido. Lerei o salmo que ele sabia de cor. E na hora da mensagem, pregarei, para mim mesmo, as palavras de esperança pronunciadas por Jesus: "Se alguém crê em mim, ainda que esteja morto, viverá!".

Claro que não concordo com as práticas supersticiosas e carentes de sentido do catolicismo popular no que se refere ao Dia de Finados. Mas também não posso, como já ouvi de alguns crentes mais conservadores, desprezar (sisudamente, com a arrogância de quem defende a fé de ataques inimigos) a memória de meu pai e de outras pessoas queridas que, falecidas, não deixaram de ser amadas e lembradas por mim.

-- Uma vez morto, o assunto é com Deus. Não adianta ficar acendendo vela nem levando flores ao túmulo!, dizemos, nós, protestantes, esquecendo-nos que o ato de reverenciar a memória pode, se desenvolvido de forma sensata e equilibrada, ter efeito terapêutico para quem sofre a dor da saudade.

É o meu caso. Que saudade do seu Chiquinho!

Talvez não seja no dia 2 de novembro, para evitar qualquer mal-entendido, mas ainda vou tirar um dia para apresentar a Deus minha gratidão e também minha saudade. Sem me culpar, achando que, fazendo isso, estarei negando minha fé. Ao contrário.

 

LEIA TAMBÉM:

Para os salvos, a morte não é o fim da vida, mas o início da vida eterna com Deus. Pastora Márcia Zanfranceschi, Igreja Metodista em Votuporanga, 5ª Re. Clique aqui.

Culto em memória: Na Igreja Metodista, uma celebração de vida. Clique aqui.

E você, já morreu hoje? Uma reflexão do Rev. Daniel Rocha, pastor da Igreja Metodista em Itaberaba, 3ª Re. Clique aqui.

 

 


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