Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013
culto em memoria
Na Igreja Metodista, uma celebração de vida
No templo em silêncio, sente-se a ausência de alguém que já partiu. Há saudade e paz; e o Deus de Amor abriga seus filhos e filhas no colo. Assim é o "culto em memória" na Igreja Metodista. Um momento de esperança e de gratidão pela vida valiosa de quem já foi para os braços do Pai.
Segundo o Rev. Messias Valverde, coordenador da Pastoral do Instituto Metodista Granbery, de Juiz de Fora, Minas Gerais, e um dos colaboradores da Carta Pastoral "O Culto da Igreja em Missão", o culto em memória pode ocorrer sempre que uma família enlutada assim o desejar. Mas raramente você o verá sendo realizado num Dia de Finados (2 de novembro) ou uma semana após o falecimento. Existe um cuidado especial para que não haja erro de interpretação em relação ao significado teológico do culto, sobretudo entre os visitantes que não são metodistas. É que nas práticas do catolicismo popular (que nem sempre correspondem à doutrina da Igreja), a chamada "missa de sétimo dia" está muito ligada à idéia de intercessão pela salvação dos mortos, o que não condiz com a doutrina evangélica. Talvez por isso esse culto não seja tão comum em nossas igrejas. "O culto em memória é mais comum
Contudo, ele destaca que o culto em memória pode ser ter um profundo valor teológico e evangelístico, se formos às suas origens: a época do martírio dos cristãos, no início da Igreja. Segundo o pastor, o culto em memória era uma celebração anual em memória dos(as) cristãos que morriam defendendo a fé. "Era como um aniversário: a celebração do nascimento para o tempo eterno". O Rev. Messias destaca que os primeiros cristãos e cristãs inovaram até mesmo nos rituais fúnebres. Enquanto os não cristãos tinham o hábito de fazer os enterros à noite, os cristãos saíam, corajosamente, à luz do dia, para demonstrar o aspecto transcendental e salvífico da cerimônia. Durante o cortejo, cantavam salmos e cânticos de esperança na ressurreição. Ainda hoje, essa é a mensagem presente na celebração: a comunhão da comunidade e a expressão de fé na Vida Eterna.
UM VERDEIRO IRMÃO
Estamos profundamente tristes com o acidente do Vôo 1907 da GOL, que caiu com 154 pessoas a bordo. Quantas familiares e pessoas das relações das vítimas estão a lamentar tão prematura partida. Nossa oração e nossa solidariedade a estas pessoas atingidas por esta fatalidade, ocasionando perdas tão sentidas. Entre os passageiros, estava o nosso querido irmão
Tivemos o privilégio de conviver com o Hugo em nossa juventude de Igreja Metodista, nos encontros, retiros e, posteriormente no Seminário João Wesley e na Faculdade de Teologia. Formamos-nos em Teologia, em 1979 e iniciamos nosso trabalho pastoral. Posteriormente o Hugo voltou-se para a área educacional, desenvolvendo sua brilhante carreira como Professor Titular, na Faculdade de Educação e na Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, juntamente com a sua esposa Esther que também é professora da UFRGS.
O "Huguinho" como era tratado em nas relações informais, foi cristão verdadeiro e profundo na sua relação com Deus e na sua vida de testemunho profissional e familiar.
Ficam nossos sentimentos de uma perda tão prematura, que acolhemos na esperança da ressurreição e da vida eterna, que pela fé, experimentamos em Cristo.
À Esther, Samuel, Débora e aos demais familiares, nossa oração e solidariedade, na certeza de que o Hugo descansa no Senhor, aguardando as bodas do Cordeiro.
Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa