Novo bispo argentino

Em sua primeira entrevista após eleito, o bispo Frank de Nully Brown falou à Agência de Notícias Prensa Ecumênica. Ele recordou que neste ano se cumprem as quatro décadas da autonomia da Igreja Metodista para afirmar que "nestes 40 anos, a presença da Igreja Metodista na sociedade nacional tem sido muito importante, exemplificada pela ação de bispos como Carlos T. Gattinoni, fundador da Assembléia Permanente dos Direitos Humanos (ADH), membro da CONADEP nos momentos em que era necessário acalmar os ventos de tempestade na Argentina e também em seu intenso trabalho com os refugiados chilenos de 73".

Na mesma linha, o novo bispo metodista reconhece o trabalho de seu antecessor, bispo Federico Pagura, "que teve que exercer o ministério episcopal nos períodos difíceis da ditadura, anos negros da história da Argentina, quando tanto internamente quanto externamente defendeu os Direitos Humanos de tal forma que a forte presença da Igreja Metodista e o impacto que produziu na sociedade dura até hoje".

Nesse aspecto, Frank de Nully Brown fez questão de destacar que o impacto metodista tem a ver com sua ação a nível social e espiritual, como uma marca do metodismo, que concilia o trabalho social com a referência ao Evangelho. Para Brown, tanto Gattinoni quanto Pagura foram bispos que "marcaram com clareza o que é a identidade metodista que até hoje se reconhece em tantos lugares", uma linha episcopal que continuou "até o bispo Aldo Etchegoyen, que também atuou e ainda trabalha em prol dos Direitos Humanos em distintos espaços da sociedade nacional e internacional e no bispado de Nelly Ritchie, a primeira mulher episcopisa na Argetina que, para o sentir coletivo da sociedade foi um impacto significativo e que fala claramente de uma igreja inclusiva".