Publicado por Herbert em Expositor Cristão - 13/04/2014
Artigo: Violência nossa de cada dia
Expositor Cristão/Pra. Maria Lúcia Paprotzki
A violência que verificamos no mundo, em suas mais variadas formas, não é algo recente. Foi uma das razões do dilúvio sobre a terra no tempo de Noé. "A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência" (Gn 6.11). É tão antiga quanto o próprio homem. O primeiro ato de violência na Bíblia é o de Caim contra seu irmão Abel (Gn 4.8).
Diariamente são registrados assassinatos, assaltos, roubos, sequestros, chacinas e latrocínios em nosso país. Há causas sociais, políticas, físicas, psicológicas, emocionais e espirituais para o problema da violência. Nesse ambiente de desesperança, falta de perspectiva e desemprego, rompem-se os frágeis sentimentos de solidariedade e cumprimento de leis no tecido social.
O Brasil tem altos índices de violência, principalmente nas grandes cidades onde vidas são ceifadas, literalmente, por motivos fúteis. Precisamos ter sensibilidade para ouvir o clamor do povo que padece. Precisamos também estar disponíveis para agir e trabalhar pela paz.
Infelizmente, mesmo diante de um clamor grotescamente audível, muitas pessoas fingem não ouvir e desprovidas de qualquer sentimento de moralidade, ignoram o sofrimento alheio. Não podemos esquecer que em meio aos dramas e aflições de um mundo marcado pela violência e guerras em todos os níveis, está inserida a criação de Deus - o ser humano.
Neste sentido, somos convocados/as a refletir. Somos chama-
dos/as a promover maior comprometimento e resposta ao clamor do desafio urbano (ênfase 6 do Plano Nacional Missionário). Como cumprimento da missão, cabe ao povo de Deus a tarefa de anunciar a mensagem de paz, alegria e esperança que só Cristo concede.
A Igreja é um instrumento privilegiado para agir no mundo. Jesus é exemplo de profunda consciência da sua missão, obediência a Deus e amor pelo ser humano. Temos o compromisso em dar seguimento à tarefa que o Senhor Jesus iniciou, isto é, expandir o Reino de Deus amando pessoas.
Faz-se necessário educar a visão e a audição para identificarmos e sensibilizarmos as pessoas que clamam e gritam em nosso país, em nossa cidade, em nossa vizinhança. A Igreja é uma agência do Reino e ela precisa ser vista como tal, tornando-se uma comunidade de cuidado para transformação de vidas.
Que nossas ações ampliem os valores do Reino de Deus na terra, por meio da justiça e da paz. Eu e você fomos chamados/as para servir na grande comissão. O silêncio e a omissão não trazem transformação.