Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013

Uma palavra aos homens metodistas

"O Leigo não está se valorizando! O Leigo hoje, pensa que a sua ação se resume na participação nos cultos, não se envolvendo em outras atividades da Igreja."

Palavras do Bispo Emérito João Alves de Oliveira Filho, por ocasião da reunião da Confederação das Sociedades Metodistas de Homens na sede Nacional da Igreja Metodista, em oito de fevereiro de 2009. (Texto copiado do site dos Homens Metodistas da Sexta Região. Notícia postada em 20/2/2009).

Alfredo Vieira de Souza, 72 anos, evangelista na Igreja Metodista Central de Juiz de Fora, nascido no meio evangélico, com 54 anos de fidelidade metodista.Ex-presidente por diversos mandatos da Federação das Sociedades de Homens da Quarta Região Eclesiástica, ex-presidente da Confederação das Federações de Homens Metodistas do Brasil, delegado ao Concílio Geral nos anos de 1987, 1991, 1997 e 2001. Presidente Honorário da Federação das Sociedades de Homens Metodistas da Quarta Região Eclesiástica, eleito membro da Coordenadoria Geral de Ação Missionária (COGEAM), seu primeiro vice-presidente e eleito presidente da Associação da Igreja Metodista (A.I.M.) em 1997 com mandato até 2002.

Esta identificação, à semelhança do Apóstolo Paulo (Filipenses 3.5 e 6), apresento não por vaidade, mas faço com temor e tremor e muita humildade para honrar e glorificar o nome de Deus, aquele que me permitiu todas estas bênçãos e que agora me compele a expressar estas palavras como testemunho e motivação aos homens Metodistas.

As palavras do Revmo. Bispo João Alves, tão querido e mui respeitado por todos nós, devem nos preocupar e serem recebidas como um chamamento de Deus a um maior envolvimento com sua missão e com as atividades da nossa amada Igreja Metodista.

Em 1991, no final da reunião do Concílio Geral no Instituto Granbery da Igreja Metodista em Juiz de Fora, o nosso saudoso irmão Eliseu Constantino pronunciou, já no final de seus dias, como era do nosso conhecimento, as seguintes palavras: "Eu me preocupo com o futuro da participação do Leigo na Igreja Metodista".

Nesta época, nós também nos preocupávamos. Os anos passaram e temos assistido cada vez mais o declínio da participação do homem metodista nos Grupos Societários, que é a forma canônica, tradicional e mais prática para marcar sua presença, principalmente na Igreja Local.

 

Foto: CreativeCommons_CasalImaly

 A participação do leigo foi decisiva para que Wesley pudesse expandir o movimento Metodista por toda a Inglaterra. Nos dias de hoje a Igreja continua reconhecendo a importância da presença do Leigo em suas atividades, provendo recursos canônicos e oportunidades para isto em todos os seus níveis.

O Ministério leigo toma forma no movimento Metodista a partir de 1742, após profunda reflexão de João Wesley e influência de sua dedicada mãe, Suzana Wesley.

Vejamos o que o nosso irmão leigo, Dr. Gonzalo Baez Camargo escreveu em seu breve tratado "Quando Wesley nos desafia":

Naquele dia de 1742, nasceu o ministério leigo Metodista. Após Maxfield vieram outros, às dezenas e logo às centenas. Vencidos seus escrúpulos, Wesley comissionava-os a pregar. Artesões, camponeses, profissionais, primeiramente sem abandonar seus meios de sustento e depois sustentados pelas congregações, foram formando as heróicas brigadas de ministros leigos. (2005, p.31)

O exemplo de João Wesley fez reviver a prática de Jesus, que não procurou a autenticidade ou as credenciais sacerdotais do seu tempo para nomear e consagrar os seus discípulos. O cristianismo nasceu leigo, o próprio Jesus era reconhecido como um artesão na sua comunidade.

Para sermos ministros leigos carecemos do chamado de Deus, que nos cura das seqüelas do resgate, nos capacita, quando desejamos e buscamos esta capacitação, nos envia para a missão e nos sustenta com todos os recursos necessários para o bom cumprimento do nosso ministério.

O chamado é para todos, e aqui numa atitude profética, em nome de Deus conclamo os homens metodistas a se unirem e organizarem os grupos societários nas igrejas locais, filiá-los às respectivas federações de conformidade com os cânones da Igreja Metodista. Colocarmos-nos como ministros de Deus, de acordo com os dons que ele nos tem concedido, buscar a verdadeira sabedoria e nos colocar ao lado dos nossos pastores para promovermos o crescimento do Reino de Deus e da Comunidade Metodista.

 

A Palavra de Deus nos exorta

"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." (II Timóteo 2. 15).

"Mas a sabedoria que vem do alto, é primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia." (Tiago 3.17).

Que o Deus, Pai, Filho e Espírito Santo nos guarde e nos inspire para toda a boa obra.

Irmão e servo Ev. Alfredo Vieira de Souza


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