Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 08/04/2011
Um lugarzinho para o Príncipe da Paz
Dia 07 de Abril é data para uma séria reflexão para o povo carioca, em especial a cada um de nós da Zona Oeste do Rio de Janeiro, abandonados pelo poder público e entregues a sorte ou quem sabe ao bom coração de nossos pares que são solidários a dor do outro. As 08:40h fomos surpreendidos com telefonemas desesperados de pessoas preocupadas com a família pastoral, devido ao fatos de nossos filhos estudarem em colégio da rede pública, tranqüilizamos a todos e buscamos agora outras noticias tendo em vista que no entorno da Escola Tasso da Silveira no Bairro de Realengo moram irmãos da I.M Central em Bangu; o cenário era de desespero e dor, pais chorando e muitas crianças feridas.
Paramos em lágrimas; no hospital a intensidade do drama, uma rede pública sucateada movia-se para atender a todos, médicos mal pagos e enfermeiros estressados sempre acusados de mal atendimento davam lugar ao profissionalismo digno de aplauso. A correria das autoridades para cena da tragédia, buscava exclusivamente abafar o descaso com o sistema público de ensino, que não tem fiscalização pois seus guardas municipais se ocupam em estar nas ruas nutrindo a máfia das multas. Nós que continuaremos na Zona Oeste da Cidade Maravilhosa desejamos que esta seja linda integralmente e para todos; maquiagem não!
O medo de comprometer a imagem da cidade diante de eventos como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos levará a ações que irão se diluir mais cedo ou mais tarde, isto não queremos! O Rio de Janeiro precisa reservar um lugarzinho para o Príncipe da Paz antes que perca o controle de tudo; usuários de crack que vagueiam pelas ruas, corrupção e descaso; este é mais um problemas depois das catástrofes anunciadas de Terêsopolis e Friburgo; nós pastores metodistas da Zona Oeste repudiamos este ato e somos solidários a todos as famílias enlutadas; oramos para que o lugar do Príncipe da Paz esteja garantido nos corações e na caminhada de cada governante que tem como responsabilidade cuidar, bem daqueles que confiaram seus votos a eles. Uma vida sem Cristo da provas de que o amor é o primeiro sentimento que morre.
Geovanilson Rodrigues
Pastor Metodista em Bangú