Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013

Todo dia é Dia de Índio

Todo dia é dia de índio

O dia 19 de abril é marcado por artigos e estatísticas contumazes sobre a realidade inglória desses nossos irmãos, cuja categoria de segunda classe há séculos lhes é impingida. A colonização portuguesa, a república arrogante; e a ganância pela terra, apagou grande parte da história primeva da semente indígena que germinou a terra brasileira.

Os gananciosos pela terra, inclusive no norte do Paraná, foram absolutamente cruéis com os índios que habitavam as terras férteis e viviam a simplicidade da vida, sem maiores anseios.  Histórias de eliminação desses humanos, tratados como bichos e eliminados como ervas daninhas, não aparecem nos livros de história.

Mas a história oculta nos livros didáticos conta que os gananciosos pela terra, eliminaram os índios pulverizando do alto dos céus com pequenos aviões, alimentos e roupas contaminados por doenças como febre amarela e outras pestes... Assim a população indígena foi quase apagada do mapa. E os que sobreviveram, foram reduzidos a condições marginais pela sociedade e pelo Estado.

Há dez anos a ASSINDI – Associação Indigenista de Maringá, pela força e paixão de uma mulher, Dona Darcy de Souza (a qual os indígenas aqui do Norte do Paraná, carinhosamente chamam de mãe dos índios) tenta amenizar esse quadro de injustiça e invisibilidade frente ao poder público. 

A ASSINDI é sem dúvida uma referência para o Brasil hoje, pois o projeto inicial voltado primeiramente para dar um espaço com banheiros e lugar para dormir aos artesãos que vinham vender os cestos em Maringá e ficavam nas ruas como indigentes, transformou-se, além disso, em abrigo para os estudantes da Universidade Estadual de Maringá.  

Maringá hoje, por conta das ações da ASSINDI, é a cidade do país que possui maior índice de estudantes em curso e o maior índice de estudantes que concluem os estudos de graduação em todo Brasil.

Para a Dona Darcy, presidente da ASSINDI, “esse feito é maravilhoso, pois demonstra que pequenas ações causam efeitos grandiosos. A ASSINDI é real por conta de tantas pessoas generosas que entenderam que temos, como cidadãos brasileiros, uma dívida irreparável como as crianças, homens e mulheres indígenas do Paraná. Não poderemos corrigir os danos seculares, mas com amor e bondade podemos, ao menos, apaziguar essa situação desumana,  proporcionando oportunidade por meio da educação universitária para que surjam novos lideres indígenas, capazes de escrever e re-escrever a história de suas etnias. O propósito final da ASSINDI é  o empoderamento, ou seja, contribuir para que artesãos e estudantes se saibam cidadãos de fato e  beneficiários de todos os direitos  devidos à toda cidadania brasileira.

Resumindo em uma frase, todos os colaboradores da ASSINDI entendem que “Todo dia é dia de índio...”

Resta saber o que pensa o poder público local?

Para saber mais sobre a ASSINDI visite o site: www.assindi.org.br/

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Maria Newnum é pedagoga, mestre em teologia prática, e assessora de Imprensa da Assindi. Para comentar ou ler outros artigos acesse: http://br.groups.yahoo.com/group/LittleThinks/


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