Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 09/01/2013

[Testemunho] Rev. Zé do Egito completa 14 anos de conversão

Morte no altar metodista

O caos operava em minha alma, a confusão, a revolta, o ódio, o medo e a opressão reinavam em meu ser. Não sei o motivo, mas Ele olhou para minha existência, me amando gratuitamente, de minhas culpas teve clemência. Veio até mim, desceu ao mais profundo do meu eu. Convidou – me no portão de minha casa. Com voz suave disse: vá à igreja. Por três vezes enquanto pedalando naquela terça-feira quase três da tarde eu buscava uma porta aberta, Ele por mais duas vezes repetiu a mesma orientação: vá à igreja... Vá à igreja.

Ali na IMCA – Igreja Metodista Cabeceira Alegre, única porta aberta naquela tarde de terça – feira, magro, desiludido da vida, cheio de culpa, remorso, tentativa de suicídio, contemplei seis senhoras que junto do altar oravam. Com insistente carinho elas me chamaram, sem medo ou preconceito em minhas mãos pegaram, a um desconhecido amor e misericórdia demonstraram. Sem instrumentos, sincronia, mas com graça e unção, com cancioneiros em punho, iniciaram a canção:

“Em fervente oração, vem o teu coração
Na presença de Deus derramar!
Mas só podes fruir o que estás a pedir,
Quando tudo deixares no Altar.
Quando tudo perante o Senhor estiver,
E todo o teu ser Ele controlar,
Só, então, hás de ver que o Senhor tem poder,
Quando tudo deixares no Altar.
Se orares, porém, sem o teu coração
Ter a paz que o Senhor pode dar,
Foi por Deus não Sentir que tua alma se abriu,
Tudo, tudo, deixando no Altar.
Maravilhas de amor te fará o Senhor.
Atendendo à oração que aceitar.
Seu imenso poder, te virá socorrer,
Quando tudo deixares no Altar.”


Sob o som da até então desconhecida canção, os gritos lancinantes de meu espírito foram silenciados pelo pouso da Graça. Minha alma a qual entrara ali sem forma e vazia, foi colocada em harmonia pelo Espírito de Deus que pairou sobre ela. E o Senhor disse: haja luz. E então a luz brilhou em meu ser, dissipando todas as trevas, curando minhas feridas.

Sim, foi assim.
Sim, foi ali.

Ali em Dourados – MS há quase 14 anos, numa tarde da benção, ao som de “Em Fervente Oração”, diante do altar, onde há poucos minutos aquele que havia se prostrado como o velho homem, sob a graça, restaurado, perdoado, reconciliado, justificado se levantava como nova criatura.

O velho homem morreu.
A nova criatura sou eu.

Esse homem sou eu. O homem que em desgraça procurou a própria morte, mas Jesus mudou minha sorte, e pela graça me fez filho, ovelha, discípulo, restaurou o matrimônio, e me fez pastor do rebanho de Deus.

Rev. José do Carmo da Silva – mano Zé do Egito


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