Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 19/08/2011

Teólogo metodista comenta nova Bíblia publicada pela SBB

A Sociedade Bíblica do Brasil irá lançar em setembro a Bíblia - Pobreza e Justiça. A intenção é proclamar e promover justiça a partir de ações da igreja local. Saiba mais sobre a publicação e confira a resenha do Rev. Helmut Renders, pastor da 3ª Região Eclesiástica e professor da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista.

"Trata-se de uma tradução e adaptação de uma obra com nome similar da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira de 2008. Como texto, usa-se a chamada Nova Tradução na Linguagem de Hoje.

O texto contém cerca de duas mil marcações em passagens que se referem a questões da pobreza e da justiça, e, no centro da Bíblia, 32 páginas chamadas “Bíblia Sagrada Pobreza e Justiça: a essência”. Em “Primeiras palavras”, James Catford, da Sociedade Bíblica da Inglaterra e País de Gales, e Rudi Zimmer, diretor executivo da Sociedade Bíblica do Brasil, descrevem a proposta dessa edição: “O combate à pobreza e a promoção da justiça sempre estiveram no coração de Deus” (p. 3 do encarte). A segunda parte, “Juntando todas as peças” (p. 4-5 do encarte), explica como a Bíblia deve ser lida, não somente esta edição, mas qualquer edição. A linguagem é popular e acessível. Segue o longo capítulo “Pobreza e justiça em 3D”. Nele, tratam-se de 50 itens, sempre organizado por três orientações: “Descubra com discernimento”, “Deguste com imaginação”, “Dedique-se de coração”. Trata-se, de certo modo, de um guia espiritual para compreender a ação social, se envolver com suas raízes bíblicas e ser motivado para assumir o compromisso para fazê-la acontecer.  

Em termos gerais, vale dizer para esta Bíblia o que poderia ser dito em relação a tantas outras: há gente que gosta e que não gosta que alguém marque a Bíblia em lugar do leitor. A nossa impressão é que as marcas são bem escolhidas. Já nos 50 verbetes nos perguntamos, às vezes, inicialmente, qual seria e relevância dessa ou daquela palavra com os temas da pobreza e da justiça. Mas, logo o leitor se surpreende. Por exemplo, no verbete “Livro”, lemos: “Pobreza e falta de alfabetização andam de mãos dadas. [...] O analfabetismo ainda predomina no Brasil, principalmente em prisões onde há uma grande ligação entre a conduta criminosa e a incapacidade de saber ler e escrever...” (p. 8 do encarte).

Dessa forma o texto acaba sendo uma escola de olhar que leva ao discernimento. Cada uma das 50 palavras-chaves garante um estudo bíblico ou uma devocional. Assim, esta edição une a comunidade da fé para estudar a palavra. Mas ela não para no nível da análise ou da compreensão. Trata-se de uma dinâmica que lembra de longe o método ver – julgar – agir. Dessa forma este método latino-americano sempre era mais bem aplicado, em busca de chegar à ação, no compromisso para com Deus, seu reino, sua justiça e seu próximo.

Parece-nos que os autores foram muito felizes com sua ênfase numa práxis, construída a partir de grandes linhas bíblicas, em busca da superação da pobreza e da injustiça. Esperamos que a sua leitura traga prazer de viver a fé fora das quatro paredes da igreja e faça descobrir que Deus ama este cosmo, também a partir da sua igreja.
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Helmut Renders


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