Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

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Como nasce a sombra

            Um dia uma igreja percebe que as crianças de sua comunidade precisam de acolhida. Estão carentes de atenção e sedentas de afeto. Assim nasce um Projeto Sombra e Água Fresca. Criado pela Igreja Metodista no ano de 2000, o projeto atende crianças e adolescentes de 6 a 14 anos com atividades voltadas ao resgate da auto-estima, cidadania e educação. "O grande diferencial deste projeto é a educação cristã", conta Têca Greathouse, agente nacional do Sombra e Água Fresca. "Todas as ações do projeto, como educação para a cidadania, educação ambiental ou esporte, vêm do eixo da educação cristã, que é o compromisso com a vida e o Reino de Deus", explica ela. O nascimento de um Sombra e Água Fresca é sempre um momento de muita alegria e expectativa: requer fé e compromisso de toda a igreja que, motivada pelo objetivo comum, torna-se ainda mais unida. É este momento muito especial que está vivendo a Igreja Metodista em Vila Planalto, na cidade de São Bernardo do Campo, São Paulo (3ª região).

            "Eu sempre tive vontade de divulgar esse trabalho na minha  igreja e convidei a Têca para explicar sobre o projeto e sua implantação, no início desse ano", conta Rosicler  Ribeiro dos Passos, coordenadora do Ministério do Trabalho com Crianças. A resposta da Igreja foi imediata: "Uma pessoa da igreja, dona Ada já queria até tirar oferta para iniciar o trabalho", lembra Rosi. Contudo, a orientação que a Têca sempre dá às igrejasé que avaliem, primeiro, o envolvimento da comunidade e planejem bem as ações. "Nós resolvemos esperar a Escola Bíblica de Férias para ver a reação da comunidade", diz Rosi. A presença de 75 crianças e 30 voluntários da Igreja na EBF revelou que havia um bom campo de trabalho, e pessoas disponíveis para assumi-lo.

O objetivo é iniciar o projetoatendendo 40 crianças uma vez por mês,aossábados. Foram criadas três turmas de trabalho: de 6 a 8 anos; 9 a 11 e 12 a 14. Elas puderam optar por atividades de musicalização, artes plásticas e culinária, todas desenvolvidas por educadores da própria igreja. A comunidade está muito motivada. "O pastor Jefferson Luiz Kackzorowski, juntamente com a coordenadora do Ministério de Ação Social Márcia Mantovan, abraçaram o projeto. Planejamos, no futuro, deixarmos a igreja aberta durante a semana e atendermos às famílias das crianças e adolescentes do projeto", conta Rose. O primeiro passo já foi dado. E agora, o que virá? Pensar na resposta gera ansiedade. Mas essa ansiedade, os metodistas de Vila Planalto estão colocando nas mãos de Deus, assim como a vida de cada criança atendida e de cada voluntário que assumiu o compromisso de ser "sombra e água fresca" em sua comunidade.

 

 


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