A Páscoa é uma festa religiosa muito conhecida e celebrada nas diversas comunidades cristãs do mundo. No calendário litúrgico da Igreja Metodista, assim como no de outras Igrejas Metodista, essa festa tem caráter especial e toda uma estação (ou tempo) litúrgica de celebrações e reflexões.
Páscoa ? do hebraico pessach ? significa passagem. Relatos do Antigo Testamento contam que, originalmente, essa festa judaica era celebrada no dia 15 de Nisan, lembrando a saída do Egito (Êx 12.1-15). Comemorada em família, era uma espécie de catequese dramatizada que (re)lembrava os acontecimentos no Egito e a libertação do povo de Deus da escravidão. Toda a família participava dessa dramatização, que passava para os mais novos a história e a fé dos antepassados.
Jesus também celebrou a Páscoa com sua família, Depois de ser morto e sepultado, ele ressuscitou no primeiro dia da semana, durante o período em que era celebrada a Páscoa judaica. A partir de então, a festa assumiu o caráter de passagem da morte para a vida. É o sinal da ressurreição do Messias e esperança de ressurreição para os seres humanos.
O cristianismo fixou o dia da celebração da Páscoa na segunda metade do século I. Até hoje, ela é comemorada no primeiro domingo depois da primeira lua cheia que segue o equinócio de outono (no ocidente). É a festa principal do ano litúrgico e da celebração dominical.
Celebrar a Páscoa tem caráter de anamnese ? recordação do que foi feito. É celebrar a gratidão pela prova de amor que Deus nos deu, e trazer até nós a presença mística do Cristo ressuscitado. Celebramos porque sentimos saudades; saudades da presença concreta do Cristo em nosso meio, Ao sentir saudades, sentimos a ausência de quem amamos. Ao celebrar a Páscoa, o ausente se faz presente.
Fernando Cêyar Paulino
Ana Cláudia Figuerôa
(retirado da revista "O melhor do Recriar")