Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013
presbiterianos entram no CMI
GENEBRA, Suiça, Setembro 5, 2006
O pedido de duas igrejas, a Presbiteriana Independente do Brasil e a Evangélica Laosiana, foi recebido, nesta terça-feira, pelo Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas (CMI). Elas ingressam, assim, num processo de participação no trabalho e interação com as igrejas que integram o Conselho.
O procedimento é o resultado das novas regras aprovadas pela IX Assembléia do CMI, realizada em Porto Alegre, em fevereiro. As igrejas serão eventualmente aceitas como membros plenos do Conselho na próxima reunião do Comitê Central, em fevereiro de 2008.
O número de igrejas filiadas ao CMI mantém-se em 348, entre protestantes, anglicanas e ortodoxas, reunindo 560 milhões de fiéis, em mais de 100 países.
O Comitê Central, órgão decisório máximo do CMI, é presidido pelo teólogo luterano brasileiro Walter Altmann, e integrado por 150 pessoas. O Comitê está reunido em Genebra de 30 de agosto a 6 de setembro.
A Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (IPIB), fundada em 1903, conta com 100 mil membros, 502 congregações e tem três seminários teológicos, em São Paulo, Londrina e Fortaleza, e dois centros de formação de missionários.
A IPIB é membro do Conselho Latino-Americano de Igrejas (CLAI), da Aliança de Igrejas Presbiterianas e Reformadas da América Latina (AIPRAL) e da Aliança Reformada Mundial (ARM).
Para o pastor luterano Rui Bernhard, coordenador da IX Assembléia Geral do CMI, a incorporação da IPIB ao CMI acontece num momento crucial para o movimento ecumênico latino-americano.
"Alegra-nos muitíssimo que uma igreja, da importância da IPIB, assuma o compromisso de participar ativamente no movimento ecumênico", afirmou Bernhard.
A entrada da IPIB ao processo de incorporação ao Conselho ocorre dois meses depois da surpreendente decisão do Concílio Geral da Igreja Metodista do Brasil de retirar-se dos organismos ecumênicos que tenham a presença da Igreja Católica e de grupos não-cristãos (afro-brasileiros).
A Igreja Evangélica Laosiana (LEC, a sigla em inglês) tem origem na atividade missionária sueca, em 1890, dos Irmãos suíços, em 1902, e da Aliança Cristã e Missionária, em 1928.
Hoje, a LEC tem 300 congregações, com mais de 100 mil membros, e embora o governo socialista do Laos não fomente atividades evangelísticas públicas, as igrejas experimentam um notável crescimento de fiéis.
A LEC apresentou seu pedido de filiação em 2003, e foi a primeira da região da Indochina, onde o CMI trabalha desde o término da guerra do Vietnã, em fins da década de 60 do século passado, e onde a maioria das igrejas protestantes segue uma tradição bastante conservadora.
O Comitê Central do CMI reconheceu também a Fundação Ecumênica de Crédito (ECLOF, a sigla em inglês) como uma organização ecumênica internacional com a qual tem uma relação de trabalho.
Fonte: ALC Noticias