Publicado por José Geraldo Magalhães em Educação - 20/01/2014

Prefeitura do Rio tomba mansão de 1859 que abriga colégio Bennett no Flamengo

Prefeitura do Rio tomba mansão de 1859. Foto Carlos Ivan / Agência O Globo Carlos Ivan / Carlos Ivan
 
RIO — Ao conjunto de imóveis cariocas alçados ao status de patrimônio municipal, por sua importância histórica, cultural e paisagística, junta-se agora um belo palacete, em estilo neorrenascentista, construído em 1859, no Flamengo. O casarão, que desde os anos 1920 faz parte do complexo do Colégio Metodista Bennett, já simbolizou todo o poder e riqueza de uma influente família fluminense proprietária de grandes fazendas de café. Um clã tão prestigiado na corte que quatro de seus membros ostentavam títulos de nobreza, entre eles, Antônio Clemente Pinto Filho, o barão de São Clemente, então felizardo dono do palacete, agora protegido.
 
Junto com o casarão, instalado na Rua Marquês de Abrantes 55, o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) tombou ainda o imóvel anexo, onde funcionava a cavalariça do barão, e a guarita de entrada do complexo. Além disso, o decreto, publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial, protege o entorno dos três novos bens, o que incluiu os outros prédios do colégio e até as árvores. Assim, qualquer projeto futuro desenvolvido para o terreno terá que ser apreciado pelo IRPH e pelo Conselho municipal do Patrimônio Cultural.
 
— Essas edificações eram alvo da nossa preocupação por não serem protegidas. O colégio é tradicional, mas soubemos de cursos que foram desativados pela instituição. Então, no caso de um interrupção de atividades, esses bens estão protegidos, assim como a micro ambiência ao redor — explica o presidente do IRPH, Washington Fajardo.
 
Pelos trâmites burocráticos, o tombamento do chamado Pavilhão São Clemente é provisório. A equipe da IRPH reunirá agora toda a documentação sobre a história dos bens arquitetônicos. Só, então, o tombamento se tornará definitivo.
 
— Mas, na prática, é a mesma coisa. Os bens já estão tombados — diz Fajardo.
 
O palacete era um símbolo de status, segundo o historiador Carlos Barata, comum naquela época, quando os abastados fazendeiros faziam questão de manter uma residência luxuosa na corte, onde ficavam quando vinham fazer negócios. O barão de São Clemente, dono de terras em Nova Friburgo e Cantagalo, era um deles.
Membro da aristocracia, ele acabou contemplado, mais tarde, com dois outros títulos de nobreza, pelos serviços prestados à Casa Imperial: se tornou visconde e, em seguida, conde.
 
Procurada pelo GLOBO, a direção do Bennett não se pronunciou sobre o tombamento.
 
Fonte: Laura Antunes do jornal O Globo

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