Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 05/04/2012

Palavra Episcopal: bispo Carlos Alberto faz reflexão sobre Jesus: a videira

Eu sou a Videira

“Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” João 15-5

No final do capítulo 14 do evangelho de João, o Senhor Jesus fala da unidade que existe entre Ele e o Pai. 

“...naquele dia, vós conhecereis que estou em meu Pai...” e no capitulo 15 do mesmo evangelho, ele fala da unidade que deve existir entre Ele e seus discípulos, usando a figura de videira.

A figura da videira, que Jesus usou para simbolizar o seu ministério de unidade com o Pai e seus discípulos, não tem para nós o mesmo significado que teve para o público que o estava ouvindo naquele dia. Isto porque a vinha não faz parte da nossa vida, como fazia para aquele povo. ­Israel foi comparado pelo profeta Jeremias como “Vide excelente, plantada pelo Senhor, de semente mais pura” (Jeremias 2-21a), sendo assim, a vinha assumia para eles um papel importante e revelador.

Quando Jesus declara ser a videira verdadeira, ele estava dizendo que sua origem era a mais pura, que Ele proporcionaria vida a outros seres. “ Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”. Eu venho de uma semente pura, por isso posso dar a vocês uma vida pura. Isso significa que só aqueles e aquelas que estão ligados e ligadas a Ele podem ter essa vida, pois estão sendo alimentados pela verdadeira fonte de vida. “ Eu Sou... a vida...” (João 14-6).

A videira era, e ainda é, uma fonte de vida para muitas pessoas em todo mundo. Tanto para aqueles e aquelas que a cultivam e comercializam, como para aqueles e aquelas de que dela se alimentam. Jesus é a fonte de alimento espiritual, sem alimentarmo-nos dessa fonte, morremos, pois sem Ele nada podemos fazer (João 15-5b).

Jesus é a videira verdadeira, que não degenera, pois é de uma semente pura, mas nós corremos o risco de degeneração. O profeta Jeremias diz na segunda parte do versículo 21, do capítulo 2, “Como, pois, tornaste para mim uma planta degenerada como de vide brava?”.

A Bíblia afirma-nos que Jesus é o mesmo ontem, hoje e para sempre. Ele é imutável e será para sempre a Videira Verdadeira! Fonte de vida abundante. Permanecer ligado/a nEle é garantia  de ter e usufruir dessa vida.

Quando Jesus estava falando sobre a vida e usava a figura da videira, seus ouvintes sabiam exatamente do que Ele estava falando, pois conheciam a videira verdadeira e a videira brava, conheciam o sabor das uvas da videira verdadeira, como também sabiam que a videira brava não tinha nenhuma utilidade, pois era infrutífera ou seus frutos eram ruins.

Há um profundo significado na expressão usada por Jesus quando ocorreu a última ceia com os seus discípulos. Ao tomar o cálice contendo do fruto da videira ele disse: “... Este cálice é a nova aliança no meu sangue...” (I Coríntios 11-25b).

A uva não produz suco de si mesma; num processo longo, ela vai buscar a seiva (líquido nutritivo que circula em todas as partes da planta) da raiz, para então, produzir o seu delicioso suco. Na última ceia, o suco da videira simbolizou o sangue de Jesus que nos purifica de todo o pecado. O impuro é purificado pelo puro, o falso é transformado pelo verdadeiro. A vide brava torna-se a vide verdadeira; porque os seus ramos alimentam-se da raiz verdadeira, “Eu e o Pai somos um”, disse Jesus em João 17:21 “ afim de que todos sejam um; e como és tu, o pai, em mim e eu em ti...”.

Jesus é o messias, o Filho de Deus que restaurou nossa aliança com o Pai. Ele é a videira verdadeira, nós os ramos! Aleluia!

Para refletir

Qual a sua experiência com uma videira? O que você conhece a respeito da videira?

Você já teve a experiência de colher um cacho de uvas na parreira? O que você sentiu?

Como você compreende a figura da videira para simbolizar Jesus, o messias?

Pesquise a respeito de algumas cidades ou países ao redor do mundo que têm a sua economia na produção de uvas e seus derivados.

Quando você participa da Santa Ceia, você tem consciência do simbolismo do suco de uva?

Que valor esse sangue derramado na cruz do calvário tem para você?


Carlos Alberto Tavares Alves
Bispo Missionário – Região Missionária
da Amazônia


Posts relacionados

Geral, por Sara de Paula

Comunicado Institucional | Jejum e Oração pela Pátria | 2ª Região Eclesiástica

A data de sete de setembro, deste ano, nos lembra dos 199 anos de independência da Monarquia Portuguesa. Uma data significativa que remonta os primórdios de fundação de nosso País, com todas as contradições históricas. Como cristãos e cristãs metodistas devemos orar permanentemente pela nossa Pátria, constituída pelos nossos povos nativos, somado a tantas outras etnias que para cá vieram, de diferentes lugares e pelas mais diversas razões, ao longo de cinco séculos. Esta realidade é responsável pela a amálgama social, que nos constitui como único povo brasileiro. Como cristãos e cristãs metodistas acreditamos na separação entre Estado e Igreja, e que nenhuma forma de governo e pessoas, alçadas à condição de governantes, podem ser consideradas como legítimas representantes de uma Teocracia instaurada aqui na terra.

Geral, por José Geraldo Magalhães

Geral, por José Geraldo Magalhães

Geral, por José Geraldo Magalhães

Geral, por José Geraldo Magalhães

Geral, por José Geraldo Magalhães

Geral, por José Geraldo Magalhães

Geral, por José Geraldo Magalhães