Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

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Funasa fará entrega de cestas a índios após o carnaval

 

 

As cestas de alimentos às aldeias indígenas, somente serão distribuídas após o carnaval. A informação foi dada pelo coordenador regional da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em Mato Grosso do Sul, Pedro Paulo Coutinho. A medida visa substituir a ação do governo estadual que parou de entregar alimentos aos índios desde o início de janeiro.

Conforme a Folha Online, o transporte e montagem das cestas ficarão a cargo do governo do Estado. A suspensão das 20 mil cestas de alimentos que eram oferecidas pelo governo do MS, foram suspensas em janeiro deste ano. Desse total, 11 mil eram para índios e 9.000, para sem-terra.

Na semana passada, a Funasa retomou, após 20 dias de atraso, a distribuição de 5.900 cestas aos índios. A entrega ocorre mensalmente nas aldeias por meio do programa Fome Zero.

Fonte: CampoGrandeNews.com 13/02

 

Dourados

Desnutrição grave aumenta 80% nas aldeias

 

Terça-feira, 13 de fevereiro de 2007 - 08h20m
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Desnutrição indígena grave aumentou em janeiro. foto: Foto: Hédio Fazan  
A desnutrição volta a assombrar as aldeias de Dourados. Depois da suspensão da distribuição das cestas, em dezembro e janeiro, casos graves voltam a ocorrer e com mortes. Até agora foram duas, só em 2007. De acordo com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), os casos de desnutrição grave na Reserva Indígena de Dourados cresceram 80% em janeiro deste ano numa comparação com o mês de dezembro de 2006.

Em dezembro 15 crianças de zero a cinco anos apresentavam quadros de desnutrição severa na Reserva. Em janeiro a quantidade subiu para 27. 

Em 2006 houve apenas uma morte de criança indígena por desnutrição. A situação mais crítica foi no ano de 2004, quando foram registrados 21 óbitos.

O primeiro caso do ano de morte foi na última semana de janeiro. Um bebê de nove meses morreu de septicemia, uma espécie de infecção generalizada, que no caso dele teria sido causada por desnutrição. O segundo caso ocorreu no final de semana. Nandinho Sanches Fernandes, de dois anos, permaneceu 10 dias internado num hospital da cidade e não resistiu. 

De acordo com O PROGRESSO, a Funasa já acompanhava o caso. Em outubro do ano passado, a situação da criança era de desnutrição moderada. Nandinho pesava 8,2 quilos. Três quilos a menos que o mínimo para a idade. Em novembro ele apresentou uma nova redução. A partir daí, entrou na chamada desnutrição grave, com acompanhamento diário dos agentes da Funasa. No dia 31 de janeiro passou a ter diarréia e foi internado.

Funai diz que ajuda na distribuição das cestas

O Núcleo de Apoio de Dourados da Fundação Nacional do Índio (Funai) enviou ontem um fax à redação do O PROGRESSO e do Douradoaagora, afirmando cumprir o acordo estabelecido na reunião do dia 11 de agosto do ano passado. O encontro envolveu além da Funai, a Funasa e o Comitê Gestor/MDS. Na nota, a Fundação informa que "ficou estabelecido que a Funasa seria responsável pela distribuição das cestas básicas, no entanto a Funai seria responsável pelo fornecimento das embalagens das cestas a partir de janeiro do corrente ano, bem como estaria disponibilizando um veículo para auxiliar na distribuição da forma mais rápida possível", descreve o documento assinado por Eliezer Cardoso Louzado Cruz, responsável pelo Núcleo de Apoio de Dourados.
Ainda na nota enviada, a Funai argumenta que em cumprimento ao acordo estabelecido vem disponibilizando um veículo para a distribuição das cestas e que a última requisição de combustível foi liberada no dia nove deste mês. Desde esta data também está oferecendo as embalagens para a confecção das cestas de alimentos. Para a entrega das cestas das aldeias de Passo Piraju e Gheraroka, a Funai colocou um funcionário para auxiliar no trabalho ao longo do mês de fevereiro. No final da nota, a Fundação alegou que a atividade de distribuição de cestas de alimentos é de atribuição da Funasa e que o órgão entra como parceiro, seguindo o acordo do ano passado.

Fonte: Douradosagora



Crianças xavantes morrem em Mato Grosso

/Quint-feira, 8 de fevereiro de 2007 - 06h29m - do Informativo On Line Dourados Agora

 

Dezessete crianças xavantes morreram de desnutrição em uma aldeia ao norte de Mato Grosso durante o ano de 2006 e começo de janeiro deste ano, informou ontem quarta-feira o coordenador da Funai (Fundação Nacional do Índio) Edson Silva Beiriz.

As últimas mortes por desnutrição de crianças xavantes foram seis casos registrados de janeiro a fevereiro de 2005.

Mato Grosso do Sul, que no começo de 2005 teve ao menos 15 mortes de crianças guaranis e caiuás por desnutrição, contabilizou um caso durante 2006, segundo informou o médico da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) Zelick Trajber.

A aldeia dos xavantes atingida pela desnutrição está localizada em Alto do Boa Vista (1.100 km de Cuiabá). Um grupo de 680 xavantes disputa com posseiros na Justiça Federal uma área de 175 mil hectares, demarcada pela Funai como terra indígena em 1998.
Atualmente, os índios estão em 30 hectares da terra, cuja área total é ocupada por 3.000 posseiros, informou a Funai.

Mais crianças desnutridas
Beiriz informa em relatório enviado à presidente da Funai que, das 160 crianças xavantes menores de cinco anos, 60 estão desnutridas, sendo 17 em estado grave e "suscetíveis a óbito".

Conforme Beiriz, após uma reunião com a Funasa em Barras dos Garças (MT), no fim de outubro, uma equipe montou um posto de assistência médica na aldeia para tratar das crianças desnutridas. A reportagem não conseguiu falar ontem com o diretor da Funasa de Barras dos Garças, Stephano do Carmo. Ele estava viajando a Cuiabá.

O relatório da Funai informa que as cestas de alimentos distribuídas aos xavantes pela Funasa são insuficientes. Desmatamento Devido ao desmatamento na terra indígena, ocupada pelos posseiros, os xavantes não têm como coletar frutos do Cerrado, como era o costume da tribo, acrescenta Beiriz.

Outro problema que leva à desnutrição infantil é de ordem cultural. "A tradição dos xavantes é primeiro os adultos se alimentarem e por último as crianças", aponta o relatório.
A mortalidade infantil entre os xavantes da aldeia é de 235 por mil nascidos vivos, nove vezes maior que o índice nacional brasileiro.

Cestas
O Cimi (Conselho Indigenista Missionário) reclamou hoje que o governo de Mato Grosso do Sul "cortou o fornecimento de cestas de alimentos" para 8.000 índios guaranis e caiuás que foram atingidos pela desnutrição em 2005.

Via assessoria, o governador André Puccinelli (PMDB) disse que suspendeu todos os programas de assistência social, incluindo a distribuição das cestas aos índios, para reavaliar e recadastrar os beneficiários. Há suspeita de que pessoas beneficiadas não precisam da ajuda.

Fonte: Midiamaxnews

 

VEJA TAMBÉM

Movimentos sociais fazem peregrinação em defesa do índio

 

Após a suspensão da entrega de cestas básicas para indígenas, movimentos sociais farão uma peregrinação amanhã em Campo Grande para tentar a retomada do benefício.

A mobilização será feita pela Coordenação dos Movimentos Sociais, que congrega entidades como CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos) Marçal de Souza, CUT (Central Única dos Trabalhadores), Fetems (Federação dos Trabalhadores da Educação em Mato Grosso do Sul), CPT (Comissão Pastoral da Terra) e MST (Movimento Nacional dos Sem-Terra).

Os movimentos sociais estão preocupados com a possibilidade de que índios voltem a sofrer com a desnutrição. Em 2004, a reserva indígena de Dourados foi cenário da morte de 21 crianças por desnutrição. Pelo menos 1.780 cestas básicas deixaram de ser distribuídas naquela reserva.

A primeira visita do grupo, que terá aproximadamente 50 pessoas, será logo no início da manhã, à OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul). Na seqüência, às 10 horas, vão à Assembléia Legislativa e, por fim, para a governadoria. A intenção é de sensibilizar o governo com o apoio de OAB/MS e dos deputados estaduais.

Em todas as visitas, os representantes protocolarão documento reivindicando a retomada da entrega de cestas básicas e pedindo esclarecimentos sobre a suspensão do benefício. "Queremos entender a alegação para o fim do segurança alimentar e se o governo conhece a realidade nutricional dessas populações", explicou o articulador político do CDDH, Marcelo Brito dos Santos.

Fonte: Campo Grande News

Índios do Xingu prestam solidariedade aos guaranis num encontro em Ponta Porã

 

No encontro que realizam na aldeia Jatayvary, em Ponta Porã, os índios guarani kaiowa receberam uma caravana dos Waurá, uma nação indígena do Alto Xingu, no norte de Mato Grosso. O encontro, chamado Jerokyguassu (grande reza, em guarani), começou na quinta-feira e vai até domingo.

Segundo o cacique Kamala, a intenção dos waurá é expressar solidariedade com os guarani, povo que ganhou a notoriedade internacional pelos conflitos por terra e pelas mortes por desnutrição.

Em termos fundiários, um abismo separa os guarani dos waurá. Enquanto os waurá, uma comunidade de 340 índios, vivem na amazônia com outros cinco mil índios em uma área de 2,6 milhões de hectares; os guaranis estão confinados em áreas exíguas. 28 mil guaranis vivem em 17,7 mil hectares. Em Dourados, mais de 12 mil índios se espremem numa reserva de pouco mais de 3.000 hectares.

"É uma realidade diferente. Mas, este encontro está sendo muito bom para os wuarás. São vários os aprendizados que serão levados para o Xingu", disse Kamala.

O guarani Awá Verarendy fala da solidariedade e das dificuldades enfrentadas pelos índios de MS em virtude da aculturação, violência e das disputas por terras com fazendeiros. "Os nossos parentes waurás estão trazendo uma mensagem de apoio já que eles sabem que o índio precisa de terra para sobreviver e manter suas culturas. A terra é a única herança que o índio pode deixar para seus filhos", disse o guarani. (Com informações do Dourados Informa)

Fonte: Campo Grande News/ Colaboração dos pastores Ima

e Paulo, da Missão Metodista Tapeporã

 


 


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