Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

mulheres no Concílio Geral composição da

A composição da Cogeam

Este monitoramento é uma iniciativa conjunta da Cátedra de Gênero "Maria Luiza Schlottfeldt Fagundes" do Centro Universitário Metodista IPA, através de sua coordenadora Genilma Boehler, e Sabedoria e Testemunho - projeto de Formação de Liderança de Mulheres e Jovens na América Latina, coordenado por Rosângela Soares de Oliveira. Foi realizado com o apoio da Rede Metodista IPA e Divisão de Mulheres da Junta Geral de Ministérios Globais. O processo de monitoramento foi desenvolvido durante o XVIII Concílio Geral, com o conhecimento do Colégio Episcopal e da plenária. Um breve resumo da análise foi apresentada à plenária, e com este texto apresentamos uma versão mais detalhada e conclusiva do processo de monitoramento.


- O Colégio Episcopal esteve composto por 7 presbíteros e 1 presbítera eleitos/a no XVII Concílio Geral para o Quadriênio 2002/2006.
- A COGEAM esteve composta por 14 membros. Há uma política explícita de paridade entre membros por suas funções institucionais (ordem presbiteral, membros leigos, colégio episcopal) e regiões eclesiásticas ou campos missionários. Inclusive, impedimentos administrativos por linha de parentesco.
- O resultado da eleição realizada no Concilio anterior foi:
o Para o Colégio Episcopal - apenas uma mulher
o Para a COGEAM - duas mulheres - uma presbítera e uma leiga - entre os 11 nomes que poderiam ser eleitos.
- A mesa do Colégio Episcopal que integra a COGEAM esteve composta por três homens.
- As substituições feitas pela COGEAM dos seus membros implicou em um acréscimo de mais uma mulher (leiga). Por outro lado, se perdeu a posição de secretaria da mesa que era ocupada por uma das mulheres.
- A mesa da COGEAM esteve composta somente por homens ainda que a paridade de inserção eclesiástica tenha sido respeitada (bispo, presbítero e leigo).

Observamos que não há uma política explícita de paridade por gênero ou composição proporcional a  membresia de acordo com o sexo quantificado nas estatísticas gerais.

Uma leitura acrítica destes relatos podem levar o/a leitor/a a compreender as informações expressas nos relatórios, como se de valores naturais se tratassem, como se não houvesse no silêncio ou na ausência da mulher (ou das mulheres) exclusão ou negação.  O que podemos concluir é que mantemos na Igreja uma cultura patriarcal que prioriza escolhas masculinas - que são padrões sócio-culturais considerados normais, mas que camuflam a exclusão das mulheres nos momentos de escolhas e designações


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