Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

mulheres negras latinoamericanas

 Dia da Mulher Afro-latino-americana e afro-caribenha foi estipulado durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas em Santo Domingo, República Dominicana, no dia 25 de julho de 1992. Para certos olhares este pode ser considerado um dia desnecessário ou representar mais uma forma de divisão entre as muitas reivindicações sociais. No entanto, entre o silêncio e a denúncia, o choro e a ação, nós mulheres negras temos trilhado um caminho de resistência e luta para ultrapassar as dificuldades que marcam nossas existências. A condição de mulher nos coloca num patamar socioeconômico desigual em relação aos homens, os quais geralmente obtêm melhores salários e estão mais próximos ao poder    no trabalho, na política e na religião. Mas, por nossa condição de mulher negra, somos marcadas tanto pelos efeitos nefastos do machismo que ainda se impõe de forma a impedir a autonomia e desenvolvimento das mulheres, como pelos efeitos do racismo e preconceitos que culturalmente definem as posições sociais. Os obstáculos sociais têm sido enfrentados com garra e persistência, numa luta que é solitária, mas também coletiva. Mulheres como de Luiza Mahin, Rosa Parks, Benedita da Silva são exemplos de resistência.

As mulheres negras também têm deixado marcas na Igreja Metodista desde seu início no Brasil, demonstrando, ao longo de nossa história, serviço, fidelidade e doação. Presença ativa em diversas funções, como pastoras, superintendentes de Escola Dominical, coordenadoras de ministérios, professoras, presidente de sociedades de mulheres, zeladoras, faxineiras, cantoras e tantas outras funções. Mulheres que não desistem em busca da igualdade, porque tem a semente do Criador  e a fé em Cristo como fundamento de suas vidas. Mulheres que tem "a estranha mania de ter fé na vida"

Diná da Silva

REFLEXÃO

"... segundo a imagem daquele que nos criou, no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos" Cl 3.10b e 11

Citar o texto acima parece um contra-senso num espaço que, de certa forma, privilegia um determinado grupo no meio da sociedade. Mas não é, não devido ao texto, mas justamente por causa dessa sociedade, e aqui faço um recorte dessa sociedade lançando olhar para a igreja. O texto revela que em Cristo todos somos iguais e que como irmãos e irmãs deveríamos ver Cristo no próximo, mas ainda não é assim que acontece. Na igreja, onde Cristo deveria ser "tudo em todos", temos a tendência de ver mais santidade em quem está em melhores situações. Classificamos as pessoas o tempo todo como "santos" e "pecadores", esquecendo que "todos pecaram....". Temos a tendência de tratarmos melhor os mais endinheirados, os mais estudados, os mais articulados, e, quanto aos "pequeninos"... ficam como crentes de segundo plano.

Esse espaço tem o objetivo de lançar luzes nas nossas relações humanas, focando aqui a questões como a cor da pele e gênero sexual. Paulo declara que "Cristo é tudo em todos", que somos todos iguais em Cristo, mas nosso viver nega sistematicamente essa declaração. Ainda fazemos diferenças, ainda zombamos, ainda ouvimos piadas racistas e sexistas (negros e loiras são o alvo principal) e sentimos isso como algo natural, normal, sem maldade. Mas há maldade, pois esses atos "sem maldade" sedimentam formas de pensar que evoluem para formas de agir no cotidiano, fazendo com que aquelas brincadeiras assumam ares de verdade e transformeM o outro em algo menor, menos importante, menos humano e, portanto, não digno de ser visto como portador da dignidade da mensagem cristã. Por isso ainda hoje tantos rejeitam o ministério feminino. Por isso há resistência em ter um negro ou negra em cargos de chefia... de acordo com aquelas piadas, isso não seria "natural". Portanto, é necessário valorizar o mais frágil, o humilhado, o esquecido, ressaltando suas qualidades, elevando a sua alto-estima e resgatando aos olhos de todos a imagem do Criador dentro deles. Assim poderemos dizer com a alegria de uma verdade libertadora: Cristo é tudo em todos e todos somos iguais.

Rogério Pereira da Silva - Membro da Igreja Metodista Central em Santo André

MULHERES NEGRAS QUE MARCARAM A HISTÓRIA

Rosa Louise McCauley - A costureira que se tornou o símbolo da luta dos Direitos Civis nos Estados Unidos, nasceu em 4 de fevereiro de 1913 em Tuskegee, Alabama e morreu em 24 de outubro de 2006 aos 82 anos. Casada com Raymond Parks, iniciou sua militância participando de campanhas importantes como o cadastramento eleitoral de cidadãos negros em sua cidade, de onde teve que se mudar indo para Detroit. Na década de 1950 enfrentou a segregação racial nos Estados Unidos. Era imposto às pessoas negras assentar-se somente no fundo dos coletivos e ceder seu lugar a uma pessoa branca, caso não houvesse outro lugar disponível. Rosa Parks por isso foi presa. Sua prisão gerou o boicote aos ônibus da cidade por mais de um ano, organizado pelo Pr. Martin Luther King. O movimento fortaleceu-se por todo o país e manteve-se até que a lei fosse revista e alterada em 1964. Retirado do site http://www....biografiasyvidas.com/biografia/p/parks.htm

 

Algumas valorosas mulheres metodistas que marcam a história da Igreja do Ipiranga:

Odila da Silva Socolosti, 70 anos, víuva. Atua na Sociedade de Mulheres e auxilia em vários trabalhos na Igreja. Às quintas-feiras faz curso de trabalhos manuais, e uma das suas melhores habilidades é cozinhar. É alegre e espontânea e, como ela diz "adora viver". Como muitos brasileiros e brasileiras tem o sonho de terminar a sua casa e ter uma família unida.

 

Patrícia Cristina da Silva Souza Alves é casada e tem 33 anos. É formada em Psicologia pela UNISAL (Lorena) e estuda Teologia na UMESP.

Na Igreja já realizou e realiza diversas atividades, como cantar, coordenar o ministério de música, atuar nos ministério de casais, educação cristã, ministração da palavra, teatro, dentre outras. Entre tantos talentos ela destaca o dom de cantar. Se define como uma pessoa alegre, espontânea, sincera, determinada. Seus desafios e sonhos são o pastorado, o mestrado em Ciências da Religião e a sua casa própria.

Ruth Lima Rosa Andrade tem 70 anos e é casada. Na igreja já foi quatro vezes secretaria da Sociedade Metodista de Mulheres. Gosta de Cantar e Cozinhar. Se define como uma pessoa calma, espontânea, dedicada e gosta muito de conhecer novos lugares e pessoas.

 

Ana Pinheiro dos Santos, 35 anos tem a característica de ser uma batalhadora.  Estudou economia por 3 anos e meio, Processamentos de Dados; Teologia e Pedagogia; Inglês; Programação em Visual Basic; especialização em Ensino Religioso na UMESP. Trabalha como Analista de Sistemas, professora de Matemática, Ensino Religioso e Informática. Na igreja usa seus dons para cantar e tocar violão e ministrar aula da EBD para os adolescentes, utilizando seus dons e habilidades de tocar alguns instrumentos (autodidata) e escrever poesias. Sobre seus sonhos, ela diz: "O meu desafio pessoal é o mestrado em Ciências da Religião na UMESP, na área de Bíblia, Novo Testamento, em 2007. O sonho coletivo é que um dia esta data deixe de ser uma homenagem, para ser algo concreto, realizado e amplo. Não só mulheres, mas homens, também".

PSIA

Sobre um fio de arame


A história é a seguinte: me foi dado um fino arame para andar.

E como uma VER-DA-DEI-RA trapezista

Subi as escadas laterais do trapézio corajosamente!

Lancei meu corpo em direção ao arame e...

descobri, já com os pés feridos, que o arame fino era farpado.

E descobri que era mais que um risco.

Muito mais que um risco!

E eu nem tinha idéia...

de VER-DA-DE eu não sabia

o que estava colocado diante de mim:

andar sobre o arame fino e farpado! Mas...

Com a audácia das que me antecederam,

as que nos porões dos navios cruzaram as grandes águas desconhecidas,

e com que delas recebi de herança

a coragem para enfrentar a tarefa de sobreviver ao bravio mar da desigualdade,

fui tomada de um atrevimento enorme,

a minha DIG-NI-DA-DE!

E pisei firme sob o arame farpado que me feria os pés!

De fato tremia feito varinha de bambu verde,

O ar era medo puro!

Mas com a certeza do valor de meu ser no mundo

Trouxe de dentro do peito a ousadia, a obstinação,

E firmei os dedos dos pés naquele arame cortante

E fui ao encontro do que estava à minha frente!

Feito bailarina, SI-LEN-CI-O-SA,

fui enfrentando o medo aterrorizante

E SIM-PLES-MEN-TE

segui adiante no fino arame farpado!

E posso te dizer: eu andei sobre o arame farpado!

MA-JES-TO-SA-MEN-TE,

andei sobre o fino arame farpado.

 

Revdª Kaká Omowalê - 04/07/07 - Maria do Carmo Moreira Lima - Revda. Kaká - é uma mulher comprometida com a vida daqueles/as que estão em situação exclusão social e tem na poesia uma forma de expressão de seus sentimentos. Um pouco de sua história: "Perdi meu pai em um acidente ainda bebê e vivi com minha mãe na casa de meus avós paternos. Aprendi que sou diferente, porém igual; que ser negra é algo muito especial! Terceira geração livre. Entendi cedo o significado de ser negra, como a sociedade racista em que vivemos concebe este ser no mundo. Me tornei metodista em 1977. Minha decisão radical pelo Evangelho de Jesus de Nazaré foi decisiva em minha vida e ministério e o metodismo foi suporte para crescer na fé e na percepção de que o Evangelho é essencialmente uma religião social, como disse Wesley. Desde 2003 desenvolvo meu pastorado acompanhando adolescentes em conflito com a lei em medida de internação. O que me permitiu trabalhar na Secretaria de Estado dos Direitos Humanos do RJ em 2003".

Negra Mulher

Negra mulher chegou...

Negra mulher, eu sou.

 

Negro chegou, no navio negreiro chegou!

Negro chegou, no navio negreiro chegou!

Negro chegou, no navio negreiro chegou!

 

Negra - negra chegou! Negra - negra eu sou!

Negra - negra chegou! Negra - negra eu sou!

Negro, negro chegou! Negro, negro eu sou!

 

Trago na pele as marcas da minha cor

Trago no corpo as marcas da minha dor.

Trago a força negra, a coragem  e a fé

Venho cantar a beleza negra da mulher.

 

Nossa história conta a resistência da mulher.

Da música ao fogão, há marcas da tradição.

 

Hoje estou para o meu espaço ocupar

Quero ver em breve todo povo melhorar

Neusa Cezar da Silva

28/06 - Encontro Mensal AA-Afro - O tema foi o Estatuto da Igualdade Racial, projeto do Senador Paulo Pain, aprovado com substitutivos pelo Senado, em aguardo de aprovação na Câmara dos Deputados. Contribuíram na reflexão os advogados Dra. Carmen Dora Freitas Ferreira e Dr. Luiz Antonio Calazans, os quais reforçaram a importância do Estatuto da Igualdade Racial como instrumento provisório de correção das desigualdades sociais. Também apontaram a abolição, que não previu alguma forma de indenização ou proteção social para a população ex-escrava, como causa histórica dos problemas de inserção social da população negra até nos dias de hoje, como pobreza, exclusão escolar e do mercado de trabalho. Dentre os assuntos abordados neste Estatuto destacamos os artigos do Capítulo II: Direito a: Saúde, educação, cultura, Esporte e Lazer; liberdade de Consciência e de Crença e ao Livre Exercício dos Cultos Religiosos; Financiamento das Iniciativas de Promoção da Igualdade Racial; Direitos da Mulher Afro-brasileira; dos Remanescentes das Comunidades dos Quilombos às suas terras; Mercado de Trabalho, Sistema de Cotas, Meios de Comunicação; Ouvidorias Permanentes nas Casas Legislativas; Acesso à Justiça. Foi falado sobre a importância destas medidas como meio de sanar as injustiças para com esta população. As Cotas para Universidades tem ganhado maior visibilidade na mídia devido à polêmica entre grupos que defendem e os que rechaçam esta forma de inclusão educacional dos negros nas universidades. Calazans demonstrou que as Políticas Públicas de Ações Afirmativas não se resumem às cotas nas Universidades, como vem sendo destacado pela mídia, mas que existem várias formas de ações afirmativas em prática pelas universidades públicas. Também falou sobre as desvantagens sofridas pela população negra, que não é um problema apenas dos negros e negras, mas sim de toda a sociedade brasileira, e, que as lideranças das igrejas são chamadas a colaborar neste processo de conscientização da importância de medidas corretivas para a igualdade racial.

 

Participe do abaixo-assinadopela aprovação do Estatuto da Igualdade Racial. Faça sua assinatura pelo site http://www.petitiononline.com/afirmati/petition.html. Divulgue na comunidade.

 

Crianças e adolescentes quilombolas de todo o 2 e 3 de julho - Quilombinho mobiliza crianças e adolescentes de 60 comunidades do país: Encontro Nacional de Crianças e Adolescentes Quilombolas. Durante dois dias, cerca de 100 meninas e meninos participaram de atividades como oficinas de políticas públicas, educação e cultura, música, dança e brincadeiras, todas voltadas para o fortalecimento das identidades e da participação de crianças e adolescentes que vivem em comunidades remanescentes de quilombos. O Brasil tem hoje, em números estimados, cerca de 900 mil crianças quilombolas de 0 a 17 anos. Boa parte é invisível às políticas públicas. Dados revelam , por exemplo, que crianças quilombolas com menos de 1 ano morrem sem antes mesmo de obter sua certidão de nascimento. Buscando mudar este quadro, governo o UNICEF a e sociedade civil vêm desenvolvendo, desde 2003, estratégias de mobilização voltadas para dar visibilidade a esta realidade; pautar o tema da infância e adolescência quilombola nas agendas dos governos  e promover um amplo processo organizativo voltado para o protagonismo dessas crianças e adolescentes. Espera-se é construir um diálogo permanente entre essas comunidades e o Estado para construção e consolidação de políticas públicas para a infância e adolescência quilombola. (Fonte: Boletim Semanal SEPPIR, nº 111)

VEM AÍ

 

25 de julho - Dia da Mulher Afro latino-america e caribenha.

 

4 de agosto, às 18:10 horas: Celebração de Aniversário do Ministério AA-AFRO-3ªRE

Local: Catedral Metodista, na Avenida Liberdade, 659.

Neste dia estaremos homenageando as mulheres negras metodistas.

 

Datas importantes -  JULHO

Países africanos que comemoram sua independência política em julho: Libéria (1846), Ruanda (1960), Burundi e Argélia (1962), Cabo Verde e São Tomé (1975).

Dia 03 (1951)    Aprovada a lei Afonso Arinos, colocando a discriminação racial como contravenção penal (Lei nº. 1.390)

Dia 07 (1978)    Leitura, em frente ao Teatro Municipal, de carta aberta à nação contra o racismo, inaugurando Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial.

Dia 09 (1880)    Joaquim Nabuco funda a Sociedade Brasileira contra a Escravidão, que teve presença atuante em praças públicas e clubes.

Dia 13 (1987)    Morre a cantora Clementina de Jesus.

Dia 18 (1918)    Nascimento do líder sul-africano Nelson Mandela.

Dia 20              Dia do/a amigo

Dia 22              Dia do Trabalhador doméstico e da trabalhadora Doméstica

Dia 24 (1908)    Nascimento do poeta negro Solano Trindade, em Pernambuco

Dia 25              Dia da Mulher Afro-latino-americana e caribenha / Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural

 

PALAVRA DOS LEITORES

 

Agradecemos as mensagens recebidas pelos leitores e leitoras. Sua contribuição com opiniões, notícias, ações, poesias são muito importantes.

 

Deus a abençoe em seu trabalho buscando justiça e valorização do negro na cultura brasileira, e em especial na Igreja. Há anos temos tido movimentos e engajamentos através de vários companheiros, tal como o Rev. Santana. Agora você se empenha nessa Missão. Felicidades em sua ação profética e pastoral. Com o meu carinho e oração. O amigo e pastor, Bispo. Nelson Luiz Campos Leite

Muito obrigado pelo envio de notícias sobre o movimento. Parabéns pelo seu trabalho e que Deus continue te dando forças e inspiração. Um abraço e fique com Deus. Pr. José Carlos Barbosa

Sites para informações sobre Ações Afirmativas e questões relacionadas a afro-descendência.

·AAFESP - Associação de Anemia Falciforme do Estado de São Paulo: http://www.aafesp.org.br

·Afrobrás; www.afrobras.org.br

·Afropress: http://www.afropress.com

·Associação Pró-falcemicos: www.aprofe.hpg.ig.com.br

·Casa da Cultura da Mulher negra - www.casadeculturadamulhernegra.org.br

·CEERT - Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades  - www.ceert.org.br/; ceert@uol.com.br

·CENACORA: www.cenacora.org.br

·Conselho Estadual de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de São Paulo - http://www.conselhos.sp.gov.br/comunidadenegra/index.html

·EDUCAFRO - www.educafro.org.br

·Fala Preta! - www.falapreta.org.br; falapreta@falapreta.org.br

·GELEDÉS - Instituto da Mulher Negra - http://www.geledes.com.br

·Instituto do Negro Padre Batista:: www.inpb.com.br; padrebatista@uol.com.br

·MISSÕES QUILOMBO: www.mquilombo.hpg.ig.com.br

·MOMUNES - Movimento de Mulheres Negras de Sorocaba www.momunes.hpg.ig.com.br

·Observatório Quilombola: www.koinonia.org.br/oq

Participe do Informativo AA-Afro com suas críticas, sugestões, reflexões. Encaminhe para: afro3re@metodista.org.br  ou para Ministério AA-AFRO: Rua Dona Inácia Uchôa, 303 - 04110-020 - Vila Mariana - São Paulo - SP.

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Expediente: O Informativo AA-Afro é de responsabilidade do ministério Ações Afirmativas Afro-descendentes da Igreja Metodista, 3ª. Região Eclesiástica. Equipe responsável pelo informativo: Diná da Silva, Neusa Cezar da Silva e Rogério Pereira da Silva. A responsabilidade dos artigos e reflexões é de total  responsabilidade dos/as autores/as.

 


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