Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013
mulheres ecumênicas lançam site
21 February 2008Ecumenical Women
MULHERES ECUMÊNICAS LANÇAM WEBSITE E
ADVOGAM POR JUSTIÇA DE GÊNERO NAS NAÇÕES UNIDAS
Mulheres Ecumênicas, uma coalizão de igrejas e organizações ecumênicas em diálogo com as Nações Unidas em Nova Yorque, lançaram sua Website em preparação para a 52a. Comissão da Condição Jurídica e Social nas Nações Unidas.
A Website é baseada no mandato bíblico de libertação e justiça para mulheres. Há blog com comentários, artigos acadêmicos e recursos teológicos para mulheres e homens, teólogas/os e leigas/os, de várias partes do mundo.
"Temos esperanças que esta Website atingirá muitas pessoas, e que se tornará em um centro internacional para o trabalho dentro da nossa tradição de fé para promover a defesa da igualdade de gênero, "diz Emily Davila, coordenadora das Mulheres Ecumênicas.
A Comissão da Condição Jurídica e Social das Mulheres (CSW) começa em 25 de Fevereiro de 2008 (até 7 de março), quando mais de cem mulheres provenientes de Igrejas de tradições ecumênicas estarão reunidas em Nova Iorque para orar, preparar-se e elaborar estratégias para a reunião nas Nações Unidas. Estas mulheres, em conjunto com mais de 2000 diplomatas e representantes de Organizações Não-Governamentais de todo o mundo se reunirão para discutir o tema principal da 52a. Comissão: financiamento para a igualdade de gênero.
Para as promotoras da igualdade de gênero, o tema da reunião é extremamente oportuno, já que os países estão discutindo como a ONU deverá reestruturar-se e aumentar seus recursos para a promoção da igualdade de gênero. Enquanto isto, a comunidade internacional está preparando a última rodada de negociações sobre Desenvolvimento que acontecerá em Doha, entre Novembro e Dezembro de 2008, donde serão tomadas decisões que afetarão a vida de bilhões de pessoas.
Para participar deste debate, as organizações que integram Mulheres Ecumênicas apresentaram sua posição oficialmente às Nações Unidas, enfatizando que os acordos multilaterais e planejamento nacional devem priorizar o gasto em iniciativas promotoras da igualdade de gênero, assim como também registrar melhores dados estatísticos para entender como o financiamento para o desenvolvimento impacta a vida das mulheres.
"Nós acreditamos que o mundo foi criado para ser um mundo de abundância para todas as pessoas. No entanto, o mundo que a humanidade tem criado é um mundo no qual a maioria é muito pobre, em especial as mulheres", afirma o documento. "As mulheres, em sua maioria, não tem se beneficiado desta abundância provida por Deus."
O documento sugere políticas promotoras da igualdade de gênero baseada nos princípios da Plataforma de Ação, aprovada em Beijing em 1995. Ele também conecta a justiça de gênero com os seis temas do Consenso de Monterrey para Financiamento para o Desenvolvimento. A posição das Mulheres Ecumênicas está enraízada na herança teológica da justiça econômica desenvolvida pela comunidade ecumênica, que por sua vez tem participado ativamente das Conferências da ONU sobre a condição das mulheres desde a Primeira Conferência Mundial das Mulheres em 1975. Em muitas ocasiões as igrejas tem desenvolvido liderança a partir das iniciativas da ONU, como a Década Ecumênica das Igrejas em Solidariedade com as Mulheres, 1988-1998, que catalizou o trabalho por igualdade de gênero em milhares de igrejas.
A coalizão de Mulheres Ecumênicas reconhece que a defesa da igualdade de gênero deve ir muito além dos portões das Nações Unidas. Durante a reunião da Comissão, a coalizão deverá lançar um novo recurso educativo para promover orçamentos na perspectiva de gênero e estudá-lo nas igrejas.
Parece interessante? Confira: http://ecumenicalwomen.org.
A Coalizão de Mulheres Ecumênicas consiste de representantes das seguintes organizações: Comunhão Anglicana, Igreja Episcopal (EUA), Federação Luterana Mundial, Conselho Nacional de Igrejas (EUA), Igreja Presbiteriana (EUA), Igreja Metodista Unida, Igreja Unida de Cristo, Conselho Mundial de Igreja, Federação Mundial de Mulheres Metodistas e das Igrejas Unidas, Federação Mundial de Estudantes Cristãos, e Associação Mundial Cristã de Moças, em diálogo com Religiões para Paz.