Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

mulheres batistas poderão ser pastoras


O dilema em torno do debate da Ordenação de Mulheres ao Ministério Pastoral finalmente foi decidido por uma votação acirrada de 155 pastores: 65 votos a favor e 58 contra na Assembléia Extraordinária que ocorreu no último dia 20 de julho em Afonso Cláudio.

Isso significa que as igrejas arroladas à Convenção Batista do Estado, poderão solicitar a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, seção ES, o concílio e a ordenação de mulheres ao Ministério Pastoral. O ofício que era até então praticado por homens, poderá agora ser exercido pelas mulheres, tais como: celebrar casamentos, batismos, ceia, aconselhamento pastoral, presidir as assembléias administrativas, votar e ser votada para a composição da diretoria da Ordem dos Pastores, dentre outros.

A decisão de ordenar mulheres ao ministério pastoral, segundo o secretário-executivo, pastor Luiz Klitzke, deverá estimular os batistas a se interessarem pelo pastorado, que requer formação acadêmica, exame aplicado por uma banca de pastores e aceitação do concílio.

O diretor do Ministério de Missões Urbanas, pastor Celso Godoy, admite que há quem diga que não existe na Bíblia indicação para que mulheres exerçam esse papel. "Mas também não estão delegados papel de diaconisa, educadora cristã e musicista, onde elas atuam com muita competência".

Porém para o pastor Josué Amorim, da Igreja Batista Central da Serra, a questão do ministério feminino, quando analisado à luz da Bíblia, perde inteiramente sua legitimidade, e "conclui não ser possível existir nas Igrejas, as pastoras". Segundo ele, toda argumentação favorável ao ministério pastoral feminino, segue uma linha, histórico social.

Abordagem esta que não pode se ignorada, mas que também não é suficiente para nos dar a segurança necessária para viver a vida cristã como obreiro aprovado. Para ele somos de uma Igreja Democrática, e o que votamos, tem validade, mas a reflexão, sempre foi a marca dos Batistas ao longo da sua história. O tema continua aberto, nossa reflexão não para, as mulheres tem sido bênção em nossas Igrejas. E, diga-se de passagem, elas não foram consultadas, será que elas querem ser pastoras?

Giselly Fernandes de Souza e Juliana Pimentel Santos, são alunas do curso de teologia do Seminário Teológico Batista do Estado do Espírito Santo (SETEBES). Giselly é a única mulher numa turma de 17 homens. Admite que, ao longo de quase quatro anos de formação, foi chamada de pastora por colegas, em tom de deboche. Ela diz que sempre soube que não há desigualdade entre os sexos."Nas aulas, recebemos as mesmas informações, frisa". Já para Juliana, de 19 anos que atua como líder no Ministério de Adolescentes da Igreja Batista de Praia Grande, em Fundão. Mais um tabu está sendo rompido. Ela não descarta a possibilidade de, no futuro, vir a ser uma pastora, mas admite que "os homens se sentem mais à vontade com o título".

Fonte: Primeira Igreja Batista de Vitória


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