Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013
MozNews janeiro 2009
MozNews: As notícias dos missionários Eduardo e Cláudia Maia em Moçambique
Chicuque em Pé de Guerra
Com um volume enorme de pacientes, faltam materiais básicos para atendimentos, falta luz, faltam profissionais capacitados...
NOTÍCIAS DO EDUARDO
Mãe e filha na enfermaria da Pediatria
Após quase 8 meses em terras moçambicanas, já pude enfrentar diversos desafios e situações que nunca imaginaria passar. Graças a Deus, que tem me suprido com toda sorte de bênçãos, estou superando cada um dessas dificuldades. Infelizmente ainda existem muitos problemas que necessitam ser sanados. Primeiramente, o Hospital Rural de Chicuque, tem passado por uma grande crise financeira. Mesmo com o apoio do Estado, o volume de doentes que procuram a nossa instituição é cada dia maior. Além disso o número de casos de doenças complexas têm aumentado e o hospital, obsoleto em muitas áreas, fica incapacitado de atender a estes casos. Com um quadro de funcionários reduzido, os trabalhadores têm que se desdobrar para cumprir com suas tarefas e para prestar um bom atendimento para a população. Isso muitas vezes traz insatisfação para ambas as partes. Por um lado os trabalhadores ficam sobrecarregados e não ganham nenhum extra por isso. Por outro lado, os doentes acabam por ser mal atendidos pelo excesso de contingente. Com enfermarias sempre lotadas, crises como falta de materiais médico-cirúrgicos, medicamentos diversos, soros e até luz, atingem o hospital.
Não é facil ver pessoas perecerem por falta de recursos básicos. Mas por outro lado, recordo-me do Brasil e vejo que, apesar do desevolvimento econômico, muitos ainda morrem por problemas parecidos. A diferença é que a África é mais subdesenvolvida. As instituições e o Estado contam com auxilios estrangeiros, portanto há urgência em continuarmos ajudando este lado do mundo. O atendimento a saúde é caro, mesmo no nível mais básico. As doações muitas vezes são os únicos recursos disponíveis, por isso são de
grande importância. É certo que os governos cada vez mais tem dificultado o caminho das doações sem, contudo, oferecer recursos em
troca. Mas não podemos desistir, pois Cristo nunca desiste nós.
Assim, vejo a cada dia que, tanto este hospital como todo o país, necessitam mesmo é de conhecer a Cristo e o seu amor. Certamente esta é a grande solução. A política, a burocracia e a corrupç?o corroem o que há de bom, mas Deus é capaz de transformar todas as coisas.
Oremos a Deus para que sua graça recaia sobre essa terra. Como a chuva rega o solo e traz vida, roguemos para que Deus faça uma chuva de transformações na mente de cada um de nós e faça com que sua missão seja próspera para sua glória e honra.
NOTÍCIAS DA CLÁUDIA
Teatro alusivo ao combate do HIV/AIDS
Nos meses de Agosto a Outubro estive a escrever dois projetos de Biossegurança para o Hospital Rural de Chicuque. Dentre as atividades propostas estão a execução de palestras sobre biossegurança para todos os trabalhadores do Hospital Rural de Chicuque, aquisição de equipamento de proteção individual
, conclusão da obra do Centro de Esperança e outras.No dia 23 de Outubro fui nomeada o Ponto-Focal de HIV/AIDS do Hospital Rural de Chicuque, de modo que agora sou responsável pela elaboração e aprimoramento dos projetos nesta área. Devido a esta nova função tive o privilégio de comecar a trabalhar com o grupo de ativistas do SAAJ (Serviços Amigos De Adolescentes e Jovens). Neste local jovens aconselham outros jovens a respeito de assuntos diversos como HIV/ SIDA, planejamento familiar, sexualidade e etc. Há também uma enfermeira que realiza consultas pré-natais, tratamento de DTS (Doenças de Transmissão Sexual), testagem do HIV, atendendo as idades de 10 a 24 anos.Juntamente com estes ativistas realizei palestras sobre saúde pública na rádio do hospital, teatro eudcativo nas ruas, passeatas, palestras e etc.
No mês de Outubro eu também disribuí redes de mosquiteiras para as mães e seus recém-nascidos. Antes da distribuição era realizada uma conversa sobre o modo de uso das redes, prevenção da malária, planejamento familiar e importância da vacinaç?o.
Aqui, há necessidades em diversas áreas, mas penso que há uma grande carência na área educacional, sobretudo no que tange a educaç?o para a sáude. Por isso agradeço a Deus pela oportunidade que deu-me de trabalhar um pouco nesta área. Tem sido uma experiência animadora e que me leva a aprender muito.
CONTATO E CONTRIBUIÇÕES
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