Por Manuel Quintero
SUÍÇA - GENEBRA, 15 de maio (ALC) - Jerry Falwell, um dos mais conhecidos líderes do evangelismo conservador dos Estados Unidos, morreu nesta terça-feira no Hospital Geral de Lynchburg, Virginia.
O nome de Falwell está associado à organização Maioria Moral, que ele fundou em 1979 para levar adiante uma campanha nacional contrária ao aborto e os direitos dos homossexuais, e a favor da implementação das orações nas escolas públicas e de uma visão tradicional da família.
Com milhões de membros incorporados em comitês de ação política, a Maioria Moral resultou num dos maiores grupos de pressão nos Estados Unidos e um precursor da chamada Coligação Cristã - o grupo conservador que desempenhou papel crucial na eleição de George Walker Bush à presidência.
Falwell foi um vigoroso defensor do Estado de Israel e de suas políticas sionistas. "Teologicamente, qualquer cristão tem que apoiar Israel", defendeu. "Se não protegemos Israel, deixaremos de ser importantes para Deus", alegou.
Em 1988, quando a Administração Clinton pressionava Israel para que se retirasse dos territórios ocupados, Falwell reuniu-se com o primeiro-ministro israelense, Benjamín Netanyahu, e prometeu mobilizar o apoio de dezenas de milhares de congregações evangélicas estadunidenses para opor-se a qualquer medida que concedesse mais território aos palestinos.
Em setembro de 2001, dias depois do ataque terrorista contra o Pentágono e as torres gêmeas do World Trade Center, Falwell não duvidou em acusar, como responsáveis indiretos desse fato, aqueles que "trataram de secularizar a América" e "afastaram nossa nação de sua relação com Cristo".
"Creio realmente que os pagãos, e os abortistas, e as feministas, e os homossexuais e as lésbicas que estão tratando ativamente de fazer o seu um estilo de vida alternativo, a União Americana pelas Liberdades Civis? todos aqueles que trataram de secularizar a América, eu lhes aponto o meu dedo na cara e lhes digo: ?vocês ajudaram para que isto ocorresse?". Falwell pediu desculpas publicamente por essas palavras.
Mas menos de um mês depois, em entrevista concedida ao programa "60 Minutos", da CBS, Falwell escandalizou meio mundo ao qualificar o profeta Maomé de "terrorista".
Em setembro de 2004, não duvidou em afirmar que a sorte do candidato Bush nas eleições de novembro estava nas mãos dos cristãos evangélicos. "O Partido Republicano não tem o apoio necessário para eleger um presidente sem o apoio dos religiosos conservadores", disse Falwell num evento da Coligação Cristã.
Em fevereiro passado, vislumbrando as eleições presidenciais de 2008, Falwell declarou que seus objetivos políticos eram simples. "Minha meta é dar minha pequena contribuição para preservar a América para nossos filhos e netos, o tipo de América na qual cresci", assinalou.
---------------------------------------------------------------------------------------
Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação
Correo-e: edelbehs@alcnoticias.org
O nome de Falwell está associado à organização Maioria Moral, que ele fundou em 1979 para levar adiante uma campanha nacional contrária ao aborto e os direitos dos homossexuais, e a favor da implementação das orações nas escolas públicas e de uma visão tradicional da família.
Com milhões de membros incorporados em comitês de ação política, a Maioria Moral resultou num dos maiores grupos de pressão nos Estados Unidos e um precursor da chamada Coligação Cristã - o grupo conservador que desempenhou papel crucial na eleição de George Walker Bush à presidência.
Falwell foi um vigoroso defensor do Estado de Israel e de suas políticas sionistas. "Teologicamente, qualquer cristão tem que apoiar Israel", defendeu. "Se não protegemos Israel, deixaremos de ser importantes para Deus", alegou.
Em 1988, quando a Administração Clinton pressionava Israel para que se retirasse dos territórios ocupados, Falwell reuniu-se com o primeiro-ministro israelense, Benjamín Netanyahu, e prometeu mobilizar o apoio de dezenas de milhares de congregações evangélicas estadunidenses para opor-se a qualquer medida que concedesse mais território aos palestinos.
Em setembro de 2001, dias depois do ataque terrorista contra o Pentágono e as torres gêmeas do World Trade Center, Falwell não duvidou em acusar, como responsáveis indiretos desse fato, aqueles que "trataram de secularizar a América" e "afastaram nossa nação de sua relação com Cristo".
"Creio realmente que os pagãos, e os abortistas, e as feministas, e os homossexuais e as lésbicas que estão tratando ativamente de fazer o seu um estilo de vida alternativo, a União Americana pelas Liberdades Civis? todos aqueles que trataram de secularizar a América, eu lhes aponto o meu dedo na cara e lhes digo: ?vocês ajudaram para que isto ocorresse?". Falwell pediu desculpas publicamente por essas palavras.
Mas menos de um mês depois, em entrevista concedida ao programa "60 Minutos", da CBS, Falwell escandalizou meio mundo ao qualificar o profeta Maomé de "terrorista".
Em setembro de 2004, não duvidou em afirmar que a sorte do candidato Bush nas eleições de novembro estava nas mãos dos cristãos evangélicos. "O Partido Republicano não tem o apoio necessário para eleger um presidente sem o apoio dos religiosos conservadores", disse Falwell num evento da Coligação Cristã.
Em fevereiro passado, vislumbrando as eleições presidenciais de 2008, Falwell declarou que seus objetivos políticos eram simples. "Minha meta é dar minha pequena contribuição para preservar a América para nossos filhos e netos, o tipo de América na qual cresci", assinalou.
---------------------------------------------------------------------------------------
Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação
Correo-e: edelbehs@alcnoticias.org