Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

Missão Metodista Tapeporã

"Que Deus abençoe as mulheres de minha Igreja Metodista".  O seu valor muito excede o de rubis. Pv. 31.10

 

   Hoje acordei pensando nessas mulheres maravilhosas, não só por causa da que estava deitada do meu lado (isto já vai fazer vinte e cinco anos em 26/11/08), mas por causa de todas que costumamos lembrar em 08 de março (Dia Internacional da Mulher),

por coincidência dois dias depois de meu aniversário, ou seja, há quase cinqüenta anos minha mãe (que Deus a tenha) me dava a luz, só ela e eu, pois quando a parteira chegou, que era a minha avó, eu já tinha nascido.

Depois eu me perdi em pensamentos, pensando em tantas e quantas mulheres eu tive o privilégio de conhecer e aprender com elas, mas de forma particular fiquei pensando nas mulheres da minha Igreja, todas elas maravilhosas... Desde a recém nascida até aquelas que fizeram a nossa história, que Deus "lhes bem diga".

"Ñhandejara ta nde rovasá, Kunãcuera che Tupaó metodistape".Uso esta expressão em guarani "Que Deus abençoe as mulheres de minha Igreja Metodista" para lembrar também que graças às mulheres metodistas que o trabalho com os povos indígenas se iniciou em 1929, isto porque embora o primeiro metodista a vir para o Mato Grosso (hoje Mato Grosso do Sul) tenha sido um homem, Dr. Nelson de Araújo, foram as mulheres que o sustentaram com suas campanhas e ofertas, assim como as mulheres da época de Jesus, Maria, Marta, Isabel, Maria Madalena... E as atuais. Em resumo a história é a seguinte:

O Rev. Maxwell, pastor presbiteriano, organizou em 1928 a Associação de Catequese aos Indígenas Caiuás no Mato Grosso e desafiou as igrejas irmãs, Metodista e Presbiteriana Independente, para fazerem parte desse trabalho. Para tanto, a Igreja Metodista ficou com a incumbência de enviar um médico. Eu particularmente acho que ela ficou com esta responsabilidade por acreditar que dificilmente apareceria um médico para esta "aventura" missionária, pois se ainda hoje conseguir um médico missionário é difícil, imagine isto há 80 anos. Entretanto, o médico aparece, Dr. Nelson de Araújo, jovem de 24 anos recém-formado e de família tradicional metodista de Juiz de Fora, Minas Gerais (cabe aqui um parêntesis para dizer que até bem pouco tempo a Sociedade de Mulheres desta Igreja era uma colaboradora assídua com os trabalhos da hoje Missão Metodista Tapeporã). Quando isto acontece, a Igreja é pega de surpresa e não dispõe de recursos financeiros para o envio do médico. E a quem ela recorre? Às mulheres, que prontamente aceitam o desafio. Na VOZ MISSIONÁRIA e no Expositor Cristão encontramos varias matérias a respeito desta participação.

Seguindo esta linha de "Esplendor sem fim" destas mulheres maravilhosas, o nosso reconhecimento e gratidão às mulheres metodistas, que dedicaram e dedicam suas vidas à missão indígena. Dentre elas destacamos Áurea Batista Brianezi, D. Áurea, que faleceu recentemente, com mais de 95 anos de idade. Ela foi pioneira do trabalho metodista (não apenas indígena) em nosso estado (hoje MS), para onde veio em 1930 com apenas 18 anos de idade e sozinha (esperamos para breve a publicação de seu livro contando suas memórias, já esta praticamente pronta) e posteriormente como mulher de pastor metodista Rev. Francisco Brianezi e primeira professora em Dourados-MS. E ainda, Concilia Januário de Carvalho Franco (esposa do Revmo. Bispo Scilla Franco, responsável pelo reinício do trabalho metodista com os indígenas no Mato Grosso do Sul em 1972 e os trabalhos da Missão Metodista Tapeporã ("caminho bom") em 04 de abril de 1978 na aldeia Bororó, onde ainda hoje a Igreja está presente. E eu tive o privilégio de ser seu ajudante de serviços gerais como técnico agrícola, lá se vão trinta anos).  Revda. Maria Imaculada Conceição Costa, pastora Ima, primeira pastora metodista nomeada para o trabalho com os indígenas em 1985 (em 1984 ela foi estagiária, e está aqui até hoje). E tantas outras... Lídia dos Santos, Wilma Roberts, Lúcia Leiga, Keila da Silva Guimarães, Eula, Andréia, Cláudia, Elenice Callau, Diná,  Any, Cleide, Yvý Costa, Irene, Cecília e Ana, Divisão de Mulheres dos Estados Unidos, Mulheres Alemãs, e a nossa parceira mais recente a Igreja Metodista da Conferência da Virgínia (nome de mulher), dos Estados Unidos, que é presidida por uma mulher, a Bispa Charlene Payne Kammerer... E viva as mulheres! E cada vez está chegando mais, Bispa Marisa, pastoras da 5ª RE,  Suzel Tunes (Expositor Cristão), Regina Célia (Tesoureira geral), Revda Suzel (IR), Any, Cleide, Revda. Joana D´Arc, recém "convertida" à causa indígena... Sejam bem vindas!!!

 

Rev. Paulo da Silva Costa

Missão Metodista Tapeporã

 


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