Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 19/04/2012
Missão Metodista Maruwai atende índios macuxis em Roraima
Em 1989 a Igreja Metodista de Roraima teve o primeiro contato com os macuxis na aldeia Bala, agora chamada Maruwai. De acordo com relatos da Revda. Maria Madalena Freitas, que participou do início do projeto, a Igreja dava assistência espiritual e apoio às necessidades básicas.
Os líderes macuxis deram abertura ao trabalho missionário metodista e em 1991 se concretizaram os primeiros resultados. “Recebemos na Aldeia da Bala, 42 novos metodistas, por meio do batismo. Em abril de 1992 o pajé da aldeia, Sigismundo Brasil, também começou a apoiar o trabalho da Igreja Metodista”, conta a Revda. Maria Madalena.
Hoje os mais de 200 macuxis da aldeia Maruwai são metodistas. O missionário indígena Cize Manduca é quem lidera a comunidade. Ele é o primeiro pastor indígena da Igreja Metodista brasileira. A Missão Maruwai tem um trabalho de assistência entre os macuxis e tem procurado apoiá-los também em suas necessidades materiais: perfurou um poço artesiano de 132 metros de profundidade e construiu uma caixa d´água com 10 mil litros de capacidade que, através de um gerador, leva água encanada para todas as casas da aldeia.
“Água é vida, portanto o poço significa verdadeiramente a vida dos nossos irmãos macuxis, pois eles dependem do poço para matar a sede, para preparar os alimentos, enfim, para fazer todo o trabalho diário. A caixa d’água tem a excelente finalidade de armazenar água para ser distribuída via tubulação”, explica o atual supervisor do trabalho, Rev. Dimanei Lisboa.
Desafios - Embora a Igreja Metodista tenha um missionário da etnia macuxi dentro da aldeia, um dos maiores desafios é o acesso dos metodistas que dão apoio à missão. A aldeia fica distante 150 quilômetros da capital Boa Vista e a estrada é de cascalho. A Igreja Metodista em Roraima não tem um veículo apropriado para as visitas.
O pastor acadêmico Márcio Rocha, alerta que a comunidade precisa de apoio dos metodistas em todo o Brasil. “Além de investir em transporte, é preciso trabalhar também a educação na aldeia. Praticamente não existem escolas instaladas. Eles precisam urgentemente de professores que sejam macuxis, pois além de manter a tradição, eles se adaptam bem ao clima da região”, afirma.
A missionária Renilda Santos, auxilia o trabalho com os macuxis. Ela reforça a necessidade do envolvimento dos membros metodistas no trabalho. “O que nós esperamos, é que todos possam unir forças conosco para que a gente atenda da melhor forma possível aquela comunidade”, diz.
Veja o álbum de fotos no Facebook dos trabalhos da Igreja Metodista com os índios.