Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 21/06/2011

Metodistas voluntários dos Estados Unidos em missão no Brasil

Professores, administradores, enfermeiros, advogados e outros profissionais deixaram os Estados Unidos para uma nobre missão no Brasil – atuar como servos. No bairro do Perequê, Guarujá, SP, 18 voluntários do Estado do Mississipi se dedicam integralmente na reforma do templo da Igreja Metodista local e no trabalho com crianças.

O serviço começa cedo e segue até anoitecer. Serão sete dias de trabalho pesado, mas,  para eles sobra disposição: enquanto uns lixam, outros passam massa corrida na parede. Muitos nunca trabalharam com reforma antes, mesmo assim vão ajudar a pintar e a colocar o piso da Igreja também. “É uma experiência inesquecível”, afirma o missionário José Martin, de 73 anos.

Lixando a parede, em meio a uma nuvem de poeira, a professora Melissa Tate, redescobriu sua missão. “Minha vida está sendo transformada aqui. Vou voltar para os Estados Unidos diferente, com certeza”, declara. O filho dela, Eli Tate, 17, também faz parte do grupo. Ele está animado com a oportunidade de ajudar na Expansão do Reino de Deus no Brasil.

O desafio do grupo é deixar o templo da Igreja Metodista no Perequê pronto para receber o Projeto Missionário Uma Semana Para Jesus da  3ª Região Eclesiástica. O evento irá reunir pelo menos 300 pessoas no local em julho. Membros da igreja também auxiliam no trabalho. Alex Ribeiro Duarte é pintor e participa do mutirão inspirado na visita dos voluntários americanos. “Saíram da terra deles para vir trabalhar aqui. É um exemplo muito bonito", diz.

Além de bancar a viagem, o grupo de americanos investiu oito mil reais na obra. Com o apoio da 3ª Região Eclesiástica da Igreja Metodista do Brasil, que repassou cerca de 60 mil reais, o templo no Perequê, será totalmente reformado. A pastora local, Maria Nanci Folk, não esconde a emoção. “Nós geramos este trabalho em oração. É uma resposta de Deus, passamos não só por uma reforma física, mas espiritual também”, revela.

Crianças - A Igreja Metodista do Perequê tem hoje cerca de 30 membros. O trabalho mais forte é com crianças. Com o ‘Projeto Sombra e Água Fresca’, em média, 50 pequenos são atendidos. Parte do grupo do Mississipi veio preparado para dar suporte a este programa. Junto com a reforma do templo, acontece a Escola Bíblica de Férias, EBF.

Com a presença do grupo americano, este ano, o evento está sendo bem diferente. As crianças estão tendo uma experiência transcultural. Aprendem músicas e brincadeiras em português e inglês. A pequena Elisabeth Araújo Souza, de 10 anos, está entusiasmada. “É muito engraçado! Seria muito bom se tivesse o ano inteiro. Aprendo sobre Jesus e também outro idioma! Estou adorando”, diz.

A EBF está sendo coordenada com o apoio da voluntária do Mississipi, Sara Martin Male. Ela nasceu no Brasil, fala português com fluência, e diz que está realizada com o trabalho. “Pela primeira vez, trouxe meus filhos ao país onde nasci e dar a eles a oportunidade de trabalhar na missão é maravilhoso”, declara.

A secretária executiva nacional do ‘Projeto Sombra e Água Fresca’, Rosicler Ribeiro dos Passos, também auxilia no trabalho com as crianças, em parceria com os coordenadores do Projeto na Igreja do Perequê. Débora Furtado Julião, 19 anos, dá suporte ao grupo. “Este tipo de trabalho nos motiva e mostra que é possível fazer a diferença", declara.

Projeto - O pastor da Igreja Metodista do Mississipi - que enviou os voluntários, Barry Male, conta que o trabalho é renovador. “Aprendemos mais sobre o corpo de Cristo, sobre fé, louvor e comunhão. Estamos certamente transformados com este trabalho”, conta.

Além do grupo do Mississipi, o Programa Voluntários em Missão no Brasil, recebe durante este mês de junho outras caravanas dos Estados Unidos. Um grupo de Idaho irá para Nova Almeida, ES e outro da Virgínia participa de atividades missionárias em Belo Horizonte, MG.

O missionário Gordon Lee Greathouse, que coordena a viagem dos voluntários americanos, explica que o principal destaque deste trabalho é o amor. Ele conta que todos os anos, dezenas de pessoas deixam tudo nos Estados Unidos para servir no Brasil. “O que importa mais são as experiências que transformam vidas. Elas contam mais que um templo reformado, por exemplo. Todos ganham com estas iniciativas, especialmente, porque estamos obedecendo ao Ide de Jesus”, conclui.

Confira a cobertura completa na próxima edição do jornal Expositor Cristão.


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