Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013

Metodistas levam solidariedade aos atingidos por desastres

Por Diana Gilli*

Muitos (as) cidadãos (ãs) brasileiros (as) têm demonstrado grande solidariedade diante da tragédia que assolou a região serrana do Rio de Janeiro. As pessoas fazem de suas próprias casas pontos de arrecadação e outros (as) se dispõem em prol das vítimas da serra fluminense. Mas o amor ao próximo (a) não se concentrou apenas neste estado. São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que também enfrentaram desastres climáticos, receberam o carinho e a solidariedade de muitos e muitas.

No Rio de Janeiro, onde se estima que mil pessoas tenham perdido suas vidas no maior desastre natural do Brasil, segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil, centenas de pessoas aparecem todos os dias para doar tempo ou donativos. Uma delas é a metodista Neiva Torres, que desde o terceiro dia da tragédia no Rio se colocou à disposição para ajudar.“Ajudei no resgate a na acomodação dos flagelados da tragédia que se abateu em Teresópolis. Eu estava de moto e tive a oportunidade de resgatar algumas pessoas”, conta ela.

Edvandro Machado, pastor e Secretário Executivo de Ação Social da Igreja Metodista - 1ª RE disse que em meio ao caos, a Igreja Metodista Central em Nova Friburgo estava de portas abertas, funcionando como polo de arrecadação de doações para os desabrigados. Com o coração aberto ele diz o que espera daqui para frente: “Fui informado de que há um grande número de Igrejas e irmãos que estão se envolvendo, na tentativa de ajudar às cidades atingidas. Coloco-me aqui entre um deles, na esperança de que você, meu caro, que lê estas linhas, também se sinta movido a dispor tempo, recursos e, sobretudo amor em direção aos moradores das cidades de Teresópolis, Nova Friburgo e Petrópolis”, pede o pastor Edvandro.

O pastor Carlos Alberto Tavares Alves, da Igreja Metodista Central de Teresópolis conta que logo que se soube da dimensão da tragédia na região serrana do Rio, irmãos e irmãs correram para a igreja para preparar espaço com a finalidade de receber desabrigados e desalojados. “Nesta hora a experiência de organizar retiros ajudou muito. Foi montada uma excelente estrutura”, explica Tavares.

Em Nova Friburgo, uma notícia triste, o filho do pastor Rev. Márcio Ramos da Silva, da 5ª Região faleceu por conta do desastre climático. O pastor ainda perdeu outros cinco membros de sua família. Neste momento, a solidariedade veio de irmãos e irmãs em Cristo que acompanharam o drama. “...além do acompanhamento incondicional do Bispo Adonias (5ª) que esteve em Nova Friburgo-RJ em todo tempo no local da tragédia; do Bispo Paulo Lockmam (1ª); do apoio das nossas igrejas Metodistas em Catalão-GO e Vila Virgínia no envio de irmãos até o local, e principalmente das orações dos colegas pastores e as demais igrejas da Quinta Região que foram fundamentais; não sei o que seria de nós”, afirma o pastor Márcio Ramos.

Em São Paulo, além da própria capital paulista, os municípios de Atibaia, Mauá, Jundiaí, Sumaré, São José dos Campos, Caraguatatuba e Franco da Rocha foram os mais atingidos pelas últimas chuvas de janeiro. Até o fechamento desta reportagem a Defesa Civil de São Paulo contabilizou 24 mortes.

“Em São José dos Campos encheu é verdade, mas o caso mais grave está na população Ribeirinha daqui. Nossa Igreja em Jardim Satélite está ajudando fazendo bazar e arrecadando alimentos para os que ficaram desabrigados. É hora de sermos solidários”, explicou a pastora da comunidade, Andreia Analia Eugenio. Outras Igrejas Metodistas também ajudaram como, por exemplo, Vila São João, Tucuruvi, São José dos Campos, Penha, Pinheiros e Santo Amaro. Outras fizeram parcerias com outras denominações para entregar diretamente à Defesa Civil da cidade.

No Estado de Minas Gerais o novo balanço divulgado pela Defesa Civil apontou que o número de cidades que decretaram situação de emergência em janeiro, passou das 100. O pastor Welfany Nolasco Rodrigues, da Igreja Metodista de Medina disse ao jornal que algumas igrejas têm se levantado como polos de arrecadação e que está confiante nos dias que virão. “Vamos nos reerguer”.

O bispo Luiz Vergílio, da 2ª Região Eclesiástica afirmou que no Rio Grande do Sul, a Pastoral do Agricultor tem agido em conjunto com órgãos estaduais e municipais para ajudar a população atingida pela estiagem. Cestas básicas e água estão sendo distribuídas às famílias que sofrem com a estiagem.Ainda no sul do país, a Defesa Civil de Santa Catarina informou que por conta das chuvas de janeiro, mais de 20 cidades ficaram em situação de emergência.

“Por causa das chuvas fortes, muitas vezes acaba enchendo a rua aqui.Alguns membros da nossa igreja perderam móveis, mas graças a Deus, com eles está tudo bem”, falou o pastor Cristiano Luiz Pedroni, de Joinville, que está motivando sua comunidade para ajudar os que perderam seus bens. Só no estado do Rio, a Igreja Metodista perdeu aproximadamente 65 pessoas de sua membresia. Famílias ficaram sem seus entes queridos, bem como seus bens, animais e casas. Elas precisam de apoio e é por isso que o Expositor pede a você leitor e leitora que veja e contribua pelos canais de doação que a igreja disponibiliza (página9).

Contudo, além de ajudar é também necessário sempre fazer uma reflexão. Por isso, o jornal deixa aqui um texto de esperança em dias difíceis. “Ainda que as figueiras não produzam frutas, e as parreiras não deem uvas; ainda que não haja azeitonas para apanhar nem trigo para colher; ainda que não haja mais ovelhas nos campos nem gado nos currais, mesmo assim eu darei graças ao Senhor e louvarei a Deus, o meu Salvador”. (Habacuque, 17 a 19).

* A linguagem do texto é inclusiva.

 


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