METODISMO NO ESPIRITO SANTO

Uma Bíblia, comprada de um missionário itinerante, foi a porta de entrada do Evangelho na casa humilde da família Rubim, nos idos de 1905. Um pregador leigo, sob a inspiração da graça de Deus, transformou as letras em mensagem poderosa e assim surgiram os primeiros metodistas capixabas.

Este Centenário caracteriza, para a Igreja Metodista Capixaba, muito mais do que a rememoração de sua caminhada, embora tal resgate seja igualmente fundamental, pleno de significados e repleto de histórias de gente simples, mas dedicada, capaz, fervorosa e fiel a Deus. Celebrar 100 anos significa para nós, como igreja, repetir o clamor do salmista: "Ajuda-nos a contar nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios" (Salmo 90.12). E, em termos de Igreja, celebrar os 100 anos de chegada ao Estado, contar os dias dessa história é alcançar corações missionários.

Queremos que a memória do passado seja nossa inspiradora na implementação desse novo avanço. Podemos dizer, com alegria: "Ebenézer, até aqui nos ajudou o Senhor" (1 Samuel 7.12). Mas, com certeza, igualmente podemos afirmar: "Eis-nos aqui, Senhor, frente ao futuro que tens para nós". Não sabemos como será, mas cabe-nos apenas dizer: "Envia-nos a nós" (Isaías 6.8).

Contemplamos a grandeza deste Estado diante de nós: das montanhas do Caparaó ao mar de nossas praias convidativas, como foi na história do nosso começo. Por um lado, erguemos os olhos para os montes (Salmo 121.1), pedindo o despertamento e a capacitação de Deus. Por outro, clamamos que o Espírito Santo seja derramado em nosso Estado, como as águas cobrem o mar (Isaías 11.9). Fortalecer as comunidades existentes, consolidar os trabalhos missionários em andamento, abrir novas frentes de trabalho. Esse é o desafio para o futuro. 

Revda. Hideíde Brito Torres
Membro da equipe de pesquisa e redação do livro sobre o Centenário