Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013
Medula óssea
Saiba como se tornar um doador de medula óssea
Fonte: www.g1.globo.com
Chance de encontrar doador é de uma em cada um milhão de pessoas.
Conheça histórias de quem já conseguiu e quem ainda está à espera.
Cerca de mil pessoas que sofrem de leucemia esperam pela doação de uma medula compatível. Para saber a compatibilidade, é preciso colher uma amostra do sangue. A doação de sangue é fácil e o resultado da análise vai para um cadastro nacional. Quase todo mundo pode fazer. É um gesto simples e muito importante. Pode salvar vidas e aliviar a angústia das pessoas que estão internadas com a doença, inclusive crianças.
Como doar
Pouca gente sabe mas todos podem ser doadores de medúla óssea. Quem quer ser um doador e mora na capital paulista deve se cadastrar no Redome, o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea.
Saiba mais
Para participar, basta procurar qualquer banco de sangue e pedir para ser incluído do cadastro. Quem se apresenta como doador tem uma amostra de 10 ml de sangue retirada. Essa amostra vai compor o cadastro do Redome e será comparada com o sangue dos pacientes que esperam pela doação de medula.
Hoje o cadastro do Redome tem 760 mil nomes. Em média, 30 pessoas procuram o local por dia. "Quanto mais doadores a gente tem, maior chance de achar uma compatibilidade, visto que somos muitos diferentes", diz a médica Ana Cynira. "Tem uma diversidade muito grande, então precisa subir esse número de cadastrados pra gente ter uma resposta boa de doadores aqui mesmo dentro do Brasil."
Análise
As amostras de sangue são analisadas. Delas se extrai o DNA - código genético de cada pessoa. Só esses testes podem indicar a compatibilidade entre quem vai receber a medula e quem doou.
"A partir desse DNA extraído, a gente realiza umas técnicas aqui no laboratório visando o resultado HLA.esse resultado serve para identificarmos a compatibilidade entre as pessoas", detalha a biomédica Andrea Roberta Kiyamu.
Espera
O menino Roberto Passos, de 5 anos, ainda espera um doador. Ele levou capa, cartola e os brinquedos que mais gosta para o hospital. O garoto agitado e brincalhão às vezes fica impaciente e só quer saber do colo do pai. É o cansaço depois de 40 dias de internação.
Há um ano, o garoto começou a sentir dores nas pernas. Era o primeiro sinal da leucemia, câncer que ataca as células do sangue. Ele fez sessões de quimioterapia e há dois meses os médicos comunicaram aos pais a necessidade do transplante de médula óssea. Toda a família fez o teste de compatibilidade.
Os pais espalharam cartazes em escolas, faculdades e empresas e fizeram um vídeo para contar a história do filho e pedir ajuda. É uma busca difícil. A chance de encontrar um doador compatível é de uma em cada grupo de um milhão de pessoas. A estatística torna este período uma fase de muita angústia.
Sucesso
O caso de Mirna Ayumi Kajiyama traz esperança. Foi por meio do cadastro do Redome que ela conseguiu fazer o transplante em 2006. As chances eram pequenas mas um doador foi encontrado depois de um ano e meio de espera e muita expectativa. A medula que ela recebeu é de um estudante do Paraná.
Daquela época a jovem guarda as fotos e os "tsurus", as dobraduras japonesas em forma de pássaro que simbolizam saúde e sorte, um presente preparado pelos amigos.
Quando estava doente, Mirna perdeu um ano de estudo porque passou por longas internações. Mas ganhou uma vida nova e um amigo especial.