Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 01/09/2010

Mais de um Século de Educação Metodista

Tentativa de um sumário histórico teológico de uma aventura educacional

A educação é parte indissociável da Igreja Metodista, desde quando João Wesley iniciou o movimento que viria a resultar na criação da Igreja, no século XVIII. O próprio João Wesley, ao inaugurar a primeira escola metodista, a Kingswood School, na Inglaterra, lembrou o texto de Provérbios 22.6: Ensina a criança no caminho em que deve andar e, ainda quando for velho, não se desviará dele. Esta ênfase tem caracterizado a vida e obra da Igreja e traduziu-se, nos nossos dias, na presença educacional Metodista em mais de 60 países, por meio de 700 instituições de ensino.

Os missionários e missionárias norte-americanos, responsáveis pelo plantio da semente metodista em solo brasileiro, trouxeram consigo essa filosofia, fazendo com que o mote dos albores do metodismo nacional fosse “ao lado de cada Igreja, uma escola”. A implantação da primeira escola metodista no Brasil, o Colégio Piracicabano, realizada dois dias após a instalação da Igreja Metodista em Piracicaba, figura como exemplo maior dessa prática dos pioneiros.
A Igreja e a escola inserem-se em uma dimensão missionária e de serviço, cumprindo, entretanto, papéis específicos. As Instituições Metodistas de Ensino - IME têm buscado desenvolver seu trabalho educacional com propostas acadêmicas de qualidade, criando e fortalecendo uma consciência ativa e crítica em relação aos desafios sociais, a partir do entendimento da educação como processo imprescindível para a dignificação humana e a solidarização da sociedade.

Assim da articulação de uma proposta de Missão, em princípio eclesiástica, com o oferecimento de ensino, em princípio secular, floresce o ensino confessional. A
confessionalidade é a marca distintiva das IME e tem dado sentido e valor à vida daqueles(as) que nelas estudam , ensinam e trabalham.

É nesse contexto que surge este trabalho do Bispo Paulo Ayres Mattos, qualificado por ele mesmo, como uma “tentativa de um sumário histórico-teológico de uma aventura educacional”. Após o 16.º Concílio Geral, quando decidiu afastar-se do episcopado ativo, o autor veio atuar no Centro de Estudos e Pesquisas sobre Metodismo e Educação - CEPEME, na Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP. Entre outros objetivos, o CEPEME desenvolve pesquisas e reflexão sobre a história do metodismo, em geral, e da educação metodista, em particular, no Brasil e em outros países.

Esta obra, publicada com apoio do Conselho Geral das Instituições Metodistas de Ensino - COGEIME e com participação da Coordenação Nacional de Ação Docente da Igreja Metodista, é um dos primeiros frutos da atuação do Bispo Paulo Ayres Mattos no CEPEME. Como membro da família metodista e tendo vivido parte relevante da história que conta, ele busca qualificar cada momento com aspectos circunstanciais de cunho filosófico, teológico, político e até mesmo econômico. Ao não se restringir a uma recuperação linear dos acontecimentos, o trabalho do Bispo possibilita uma interpretação atualizada dessa história de mais de um século de educação metodista no Brasil.

O resultado é, indubitavelmente, uma contribuição relevante e preciosa não só aos estudiosos da educação metodista, mas todos que se interessam por ele, área carecedora de maior interesse e prioridade por parte das pessoas envolvidas com o ensino e a pesquisa nas instituições, pois existem, ainda, muitos aspectos da obra educacional metodista a serem devidamente pesquisados.

É, portanto, com reconhecida satisfação que o COGEIME apresenta mais essa publicação, inserida em sua proposta de divulgar trabalhos acadêmicos e científicos sobre temas de interesse educacional. Esperamos, portanto, que este livro contribua com reflexões e lições importantes para enfrentarmos os desafios colocados diante da educação metodista brasileira neste início de século e milênio.

Almir Maia
Administrador do Centro de Documentação e Pesquisa, em Piracicaba. Membro do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Município de Piracicaba (CODEPAC/IPPLAP), Conselho Municipal de Cultura de Piracicaba, Conselho Editorial do Jornal de Piracicaba e Grupo de Trabalho de Cultura da ONG “Piracicaba 2010”.

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