Publicado por José Geraldo Magalhães em Expositor Cristão - 04/06/2014
Liturgia: As cores do tempo da graça

Assim como as parábolas foram utilizadas por Jesus como recurso comunicativo para estimular a imaginação (imagem+ação) de seus discípulos, a Igreja emprega recursos visuais, principalmente na ambientação de seus espaços cúlticos, visando ao anúncio do Tempo da Graça. E foi com a experiência acumulada ao longo da história da Igreja, que o emprego das cores nos lugares de culto, deixou de ser feito de maneira aleatória para ser usada com critérios estéticos e teológicos.
Secularmente, o estudo das cores passou a ser feito mais sistematicamente no período do Renascimento, por Leon Batista Alberti que relacionou as cores com os quatro elementos da natureza: vermelho—fogo, azul—ar, verde—água, cinza—terra; e por Leonardo Da Vinci, que propôs a seguinte simbologia cromática: branco—luz, amarelo—terra, verde—água, azul—ar, vermelho—fogo e preto—trevas.
Desde então, confirmou-se, cientificamente, que as cores afetam o metabolismo humano basicamente da seguinte maneira: as cores quentes (vermelho, amarelo) aceleram o batimento cardíaco e aumentam a pressão arterial; ao passo que as cores frias (azul, verde) acalmam e relaxam.
Geometricamente, as cores são assim representadas: Quadrado—vermelho (que sugere ação centrífuga, i.e., do centro para fora), círculo—azul (que sugere ação centrípeta, i.e., de fora para o centro) e triângulo—verde (que sugere estabilidade).
Com essas informações, fica mais fácil entender por que a Igreja convencionou o uso do vermelho para o período de Pentecostes, pois é uma época de missão (de dentro para fora); e o uso do verde para o Tempo Comum, sugerindo a estabilidade e a persistência dos/as fiéis no cotidiano.
Veja no quadro (à esquerda) o esquema tradicional das cores litúrgicas. Obviamente, essa é uma convenção basicamente ocidental. Em outras culturas, as cores podem assumir outros significados, ou até mesmo significados opostos. De qualquer forma, se conseguirmos utilizar o poderoso poder de comunicação visual das cores de forma inteligente e teologicamente coerente, estaremos melhorando nossa capacidade de pregar o Evangelho em uma sociedade marcada pelo fascínio das imagens.
.jpg)
Tags: expositor-cristao, jornal, igreja-metodista, liturgia
Posts relacionados
Expositor Cristão Março
2023 inaugura um novo período eclesiástico nacional de cinco anos na Igreja Metodista do Brasil e a primeira edição do Expositor Cristão do ano mostra a nova organização geográfica da Igreja Metodista brasileira, com o repasse de Campos Missionários às Regiões Eclesiásticas.
EC de agosto: tende bom ânimo
O título deste editorial faz parte de uma frase dita por Jesus. Trouxemos na matéria de capa deste mês uma abordagem para tentar ajudar as pessoas a superarem as aflições. Atualmente nos deparamos com várias situações de crises nos relacionamentos, crises financeiras, na estabilidade econômica, no trabalho e em vários outros campos da sociedade.
Jornal EC de dezembro | Natal: temos motivo para celebrar?
É Natal. Tempo de celebrar uma das datas mais importantes de nosso calendário cristão. O nascimento do Messias. Mais de 175 mil pessoas em nosso país estarão ausentes na hora da Ceia de Natal. Foram vencidas pela Covid-19. Certamente, lágrimas vão cair por causa da ausência eterna. Ficam as boas lembranças daqueles/as que se foram.
Lançamento: Documentário sobre Salmos com Eugene Peterson e Bono Vox
Saiba como assistir on-line o curta onde autor e cantor conversam sobre a poesia na Bíblia Sagrada
Saiba como foi a conferência da Associação Internacional de Escolas, Faculdades e Universidades Metodistas
O evento todo girou em torno do tema “Paz, Reconciliação e Direitos Humanos – Promovendo educação para a paz nas novas gerações de líderes globais”