Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013
Juventude
17/9/2009 - 9h55m
Numa iniciativa capaz de renovar a esperança daqueles que lamentam a maioria consumista e alienada dos que se intitulam "gospel" na igreja brasileira hoje, cerca de 150 jovens cristãos assinaram uma carta-compromisso, aprovada no IV Encontro da Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS), em 29/8, com suas preocupações principais sistematizadas em temas como: trabalho e geração de renda, comunicação como instrumento de transformação social, a necessária Reforma Urbana, fé no combate à discriminação. Disseram: "Nós, jovens evangélicos, brasileiros, reunidos por ocasião do IV Encontro da RENAS, nos comprometemos a: Manter Jesus Cristo e seu Evangelho como centro de nossas vidas e base de nossas reflexões e ações;(...) Fomentar e articular o trabalho de transformação social por meio das organizações cristãs, igrejas e entidades juvenis; Orar pela situação social de todas as regiões de nosso país, (...) nossa missão é integral, avivada e transformadora". Vale a leitura da íntegra do edificante documento:
Carta compromisso da RENAS-Jovem
Rio de Janeiro, 29 de agosto de 2009
Nós, jovens evangélicos, brasileiros, reunidos por ocasião do IV Encontro da Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS) - uma "ampla rede de relacionamento entre organizações evangélicas que atuam na área social, proporcionando encorajamento, capacitação, articulação, mobilização, troca de experiências, informações, recursos e tecnologia social" - nos comprometemos a:
1º - Manter Jesus Cristo e seu Evangelho como centro de nossas vidas e base de nossas reflexões e ações políticas, sociais, ambientais e culturais;
2º - Afirmar a responsabilidade da juventude como agente de mudanças e transformações sociais para a promoção da justiça, no combate a desigualdade econômica, social, de classe, raça e gênero;
3º - Participar das instancias de decisão e formulação de políticas públicas de/para/com juventude;
4º - Fomentar e articular o trabalho de transformação social por meio das organizações cristãs, igrejas e entidades juvenis;
5º - Orar pela situação social de todas as regiões de nosso país, pedindo que a misericórdia de Deus nos ajude e nos inspire em nossa missão, que é integral, avivada e transformadora;
Como resultado deste primeiro encontro, sistematizamos, assim, nossas preocupações no que se refere aos seguintes temas:
Em relação a trabalho e geração de renda, pontuamos:
- Que trabalho e geração de renda são ferramentas de promoção da dignidade humana;
- O desemprego e a desigualdade de renda são também causas da exclusão social em nosso país;
- A igreja necessita pensar e criar alternativas para a geração de trabalho e renda para as comunidades pobres;
Quanto à comunicação como instrumento de transformação social, afirmamos:
- Que a comunicação é uma ferramenta fundamental para se trabalhar com os agentes sociais das comunidades;
- A necessidade de defender a ética e a verdade como princípios da comunicação;
- A importância da ampliação do acesso aos meios de comunicação e a melhor utilização das ferramentas tecnológicas de informação para alcançar os objetivos da missão integral;
- Nosso compromisso e engajamento no combate às injustiças, inverdades e manipulações da grande mídia;
- A utilidade da comunicação na difusão das políticas públicas;
- A importância da comunicação para mostrar alternativas aos estereótipos das comunidades marginalizadas apresentados pela grande mídia;
Sobre a necessária Reforma Urbana, declaramos:
- Nosso compromisso na continuação da discussão da Reforma Urbana, promovendo encontros específicos sobre o tema;
- Nosso compromisso em elaborar uma cartilha básica com o propósito de capacitar e formar líderes e facilitadores nas igrejas para o processo de reforma urbana;
- A necessidade de fomentar articulação e diálogo com diversos atores e movimentos sociais como estratégia de construção da reforma urbana;
- A importância de pensar a cidade como um espaço social, tratando o tema da Reforma Urbana como meio de diminuir a segregação social entre morro e asfalto, periferia e centro.
A respeito da nossa fé no combate à discriminação, manifestamos a necessidade de:
- Fortalecer a identidade negra e sua valorização na igreja, lembrando o papel de cristãos historicamente relevantes para a igreja brasileira - como o metodista João Cândido, conhecido como o "Almirante Negro", que liderou a "Revolta da Chibata" exigindo o fim dos castigos corporais para os negros que trabalhavam na Marinha do Brasil no início do século XX, dentre outros;
- Resgatar a história da luta da igreja no combate ao racismo;
- Fomentar a expressão da diversidade cultural nas diferentes celebrações litúrgicas;
- Buscar meios para alcançar, acolher e empoderar todos os que sofrem discriminação por: pobreza, orientação sexual, idade, deficiência, e etnia.
- Enfrentar a intolerância religiosa e defender o princípio protestante da Liberdade Religiosa diante do Estado, bem como a não-discriminação por credo;
Dessa forma, unidos nestes mesmos objetivos, celebramos nossa comunhão, orando e agindo em prol da consolidação de um setor da Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS), protagonizado pelos jovens (RENAS-Jovem).
Carta compromisso da RENAS-Jovem
Rio de Janeiro, 29 de agosto de 2009
Nós, jovens evangélicos, brasileiros, reunidos por ocasião do IV Encontro da Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS) - uma "ampla rede de relacionamento entre organizações evangélicas que atuam na área social, proporcionando encorajamento, capacitação, articulação, mobilização, troca de experiências, informações, recursos e tecnologia social" - nos comprometemos a:
1º - Manter Jesus Cristo e seu Evangelho como centro de nossas vidas e base de nossas reflexões e ações políticas, sociais, ambientais e culturais;
2º - Afirmar a responsabilidade da juventude como agente de mudanças e transformações sociais para a promoção da justiça, no combate a desigualdade econômica, social, de classe, raça e gênero;
3º - Participar das instancias de decisão e formulação de políticas públicas de/para/com juventude;
4º - Fomentar e articular o trabalho de transformação social por meio das organizações cristãs, igrejas e entidades juvenis;
5º - Orar pela situação social de todas as regiões de nosso país, pedindo que a misericórdia de Deus nos ajude e nos inspire em nossa missão, que é integral, avivada e transformadora;
Como resultado deste primeiro encontro, sistematizamos, assim, nossas preocupações no que se refere aos seguintes temas:
Em relação a trabalho e geração de renda, pontuamos:
- Que trabalho e geração de renda são ferramentas de promoção da dignidade humana;
- O desemprego e a desigualdade de renda são também causas da exclusão social em nosso país;
- A igreja necessita pensar e criar alternativas para a geração de trabalho e renda para as comunidades pobres;
Quanto à comunicação como instrumento de transformação social, afirmamos:
- Que a comunicação é uma ferramenta fundamental para se trabalhar com os agentes sociais das comunidades;
- A necessidade de defender a ética e a verdade como princípios da comunicação;
- A importância da ampliação do acesso aos meios de comunicação e a melhor utilização das ferramentas tecnológicas de informação para alcançar os objetivos da missão integral;
- Nosso compromisso e engajamento no combate às injustiças, inverdades e manipulações da grande mídia;
- A utilidade da comunicação na difusão das políticas públicas;
- A importância da comunicação para mostrar alternativas aos estereótipos das comunidades marginalizadas apresentados pela grande mídia;
Sobre a necessária Reforma Urbana, declaramos:
- Nosso compromisso na continuação da discussão da Reforma Urbana, promovendo encontros específicos sobre o tema;
- Nosso compromisso em elaborar uma cartilha básica com o propósito de capacitar e formar líderes e facilitadores nas igrejas para o processo de reforma urbana;
- A necessidade de fomentar articulação e diálogo com diversos atores e movimentos sociais como estratégia de construção da reforma urbana;
- A importância de pensar a cidade como um espaço social, tratando o tema da Reforma Urbana como meio de diminuir a segregação social entre morro e asfalto, periferia e centro.
A respeito da nossa fé no combate à discriminação, manifestamos a necessidade de:
- Fortalecer a identidade negra e sua valorização na igreja, lembrando o papel de cristãos historicamente relevantes para a igreja brasileira - como o metodista João Cândido, conhecido como o "Almirante Negro", que liderou a "Revolta da Chibata" exigindo o fim dos castigos corporais para os negros que trabalhavam na Marinha do Brasil no início do século XX, dentre outros;
- Resgatar a história da luta da igreja no combate ao racismo;
- Fomentar a expressão da diversidade cultural nas diferentes celebrações litúrgicas;
- Buscar meios para alcançar, acolher e empoderar todos os que sofrem discriminação por: pobreza, orientação sexual, idade, deficiência, e etnia.
- Enfrentar a intolerância religiosa e defender o princípio protestante da Liberdade Religiosa diante do Estado, bem como a não-discriminação por credo;
Dessa forma, unidos nestes mesmos objetivos, celebramos nossa comunhão, orando e agindo em prol da consolidação de um setor da Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS), protagonizado pelos jovens (RENAS-Jovem).
Fonte: www.agenciasoma.org.br
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