Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

JUNAME 1976 a 2007

Juvenis face a face com a alegria: a Juname 2007

 

Entre os dias 25 a 28 de janeiro de 2007 ocorreu a JUNAME - Juvenília Nacional Metodista, na Chácara dos Sonhos - Jundiaí - São Paulo. "Face a face com a alegria" foi o tema baseado no versículo: "Porque agora vemos como espelho, obscuramente então, veremos face a face" (I Coríntios 13:12). Em torno de 330 participantes estiveram no congresso de todas as partes do Brasil, levando de 20 minutos a 50 horas de viagem, trazendo em sua bagagem, além de muita roupa, sua cultura e jeito de ser.

 

 A programação foi diversificada, incluindo cultos, oficinas, muito louvor e oração e também variadas opções de lazer: piscinas, tobogãs, tirolesa, quadras para diversos esportes e cavalos. O encontro contou também com a realização de uma Olimpíada nos dias 26 e 27 entre as regiões. Ocorreram jogos de futebol, tênis de mesa e pebolim (totó). O time campeão de futebol teve o privilégio de jogar após a final com um time formado pelos conselheiros. O local ainda oferecia uma comida muito saborosa, aprovada com gosto por todos.

 

As oficinas trabalhadas foram: Planejamento - Conquistar o Juvenil e Conduzir - Orientar com amor (específica para conselheiros) com Lúcia Leiga; Eu sei, eu faço (dons e ministérios), com Horizontina Canfield; O som que é som, com Daniel e Annesley Pontes; Dinâmica de grupo com Joceli Lazier; Relacionamentos com Pr Ednei Reolon; Teatro com Evânio Teles; Lâmpada para os meu pés com Pr Willian Melo; Sou da paz com Maria do Carmo; Dança com Pr André Maurici e Raquel Gobi; Gestos que falam, com Meire; Virtual ou Real, com Elci Pereira; Mão na Massa é Missão, com Pr José Pontes; e Liderança para todos com Fernando Fernandes. Ele ainda animava a todos com dinâmicas e brincadeiras nos momentos de vivência.

 

Os pregadores foram, no culto de abertura, bispo João Carlos, no dia 26  Pra Joana D`Arc, no dia 27 o bispo Rosalino Domingos, bispo assistente da CMJU que também participou do culto de encerramento dando posse à nova diretoria, e se fez presente durante todo o encontro. E no culto de encerramento ouvimos pregação do bispo Adriel Maia. Tivemos ainda outros dois momentos: o bispo João Carlos respondeu algumas perguntas elaboradas pelos juvenis e a Pra Renilda Martins falou ressaltando a importância da Escola Dominical. Destacamos a edição especial da Flâmula Juvenil feita exclusivamente para a JUNAME 2007.

 

As plenárias ocorreram de forma harmoniosa, sendo eleita no dia 27 a nova Confederação Metodista de Juvenis, composta por: Presidente - Aline Mercadante da 3ª Região; Vice-presidente - Karla Shayana da 1ª Região; Secretária de atas - Aline Amaral da 4ª Região; Secretária correspondente - Karen Mayara da 6ª Região; Assessor Financeiro - Lucas Gonçalves da 5ª Região. Foram feitas algumas propostas de mudança de estatuto, sendo aprovadas pelos delegados/as.

 

A noite de talentos contou com diversas apresentações engraçadas, inspiradoras e desafiadoras. Mas o destaque da noite foi a apresentação do Pr. André, um momento nostálgico, próprio de algumas pessoas presentes no encontro, pois tal apresentação foi feita na primeira JUNAME, ocorrida em 1976.

 

Em toda JUNAME ocorre um fato marcante... e como poderia falar dessa, sem falar do "tererê"? A música do "tererê" era cantada em qualquer oportunidade; ela foi tão repetida que garantiu ao promotor do "tererê" o prêmio de mais "mala" do encontro.

Outra fato marcante se deu através do Pr James Goodwin, conselheiro representante da 4ª Região, que desde o primeiro dia levantava de madrugada e saía acordando todos, cantando "Its time to get up, it is time to get up, in the morning". (É hora de levantar, é hora de levantar, pela manhã).

 

Não poderíamos esquecer da Lu e do Betão (com sua careca brilhante em todos os momentos), conselheiros nacionais há 5 anos, que com alegria, disposição, e "broncas" são pessoas que sempre podemos contar.

 

Vale também ressaltar o trabalho da Keila Guimarães, da Sede Geral, pelo seu empenho na organização do encontro pois, com sabedoria e discernimento soube trabalhar os problemas, possibilitando a realização do evento. Importante também é agradecer ao Colégio Episcopal, aos funcionários da sede geral que participaram ativamente na organização do encontro, Rosi, Eula, Alex, Pr Fernando, Pra Joana D`arc e outros. Agradecemos ainda a UNIMEP, UMESP e Granbery, pela contribuição a realização da JUNAME.

 

Nesta JUNAME, estando face a face com a alegria, saímos novamente com a mensagem de que, apesar das diferenças culturais, somos um só povo e que vamos continuar realizando a obra de Deus em todos os lugares e momentos. E a presença da Patrícia e do Isaque, da Aldeia Maruwua em Boa Vista, reforçaram isto em nós.

 

E que a oração do missionário metodista Lawrence A. Brown seja a oração dos novos membros da confederação de juvenis, do novo conselheiro nacional, e de todo o corpo vivo de Cristo: "Senhor, me ajude a compreender o poder do amor, para que eu não seja levado pelo amor ao poder. Ajude-me a compreender a autoridade do respeito, para que eu não seja tentado a exigir respeito à minha autoridade. Que seja o meu egoísmo crucificado contigo para que, de fato, tu possas viver em mim. Que aqueles sobre os quais sou chamado a liderança sejam mais discípulos do que súditos. E que eu tenha a liberdade de desafiá-los dizendo: sejam meus imitadores como eu sou de Cristo".

 

Lucas Cerqueira Lazier

Secretário Correspondente CMJU 2004-2007

 
 
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A Juvenília Nacional Metodista foi realizada (de 25 a 28 de janeiro) na Chácara dos Sonhos, em Jundiaí, SP. Durante estes dias, mais de 300 juvenis de igrejas metodistas de todo o país participaram de oficinas, de brincadeiras, de estudos bíblicos, de devocionais, de momentos de encontro consigo mesmo, com a Igreja e, sobretudo, com nosso Deus, amoroso Criador. O culto de abertura, na noite do dia 25, teve uma palavra do Bispo João Carlos Lopes. Em seguida, ocorreu a primeira plenária do evento. Veja, abaixo,  as primeiras fotos da Juname.

Chegada dos ônibus à Chácara dos Sonhos: na maior empolgação
 

Agora é a hora de desembarcar e arrumar a "tralha"
 

momentos de descontração e confraternização de juvenis, conselheiros(as) e equipe de apoio:

A primeira Juname - 1976

Os juvenis desta foto já mudaram um pouquinho... Esta é a turma da primeira Juname, que aconteceu em 1976, na cidade de Lins, SP. Abaixo, um dos participantes da Juname, o Roberto Pimenta, conta como foi essa experiência, que marcou a vida dele pra sempre. Quer saber quem é o Roberto Pimenta? É o primeiro da esquerda para a direita...  O Roberto continua o mesmo metodista alegre e participativo, membro da Igreja Metodista em Vila Isabel, Rio de Janeiro. Mas cortou o cabelo.
 
 
Escrevi este texto em 1999, para um encontro de ex-juvenis. Talvez seja um pouco pessoal demais, pois escrevi para um grupo que foi muito unido e viveu quase tudo que conto. Como você poderá perceber, a Juname foi um verdadeiro rito de passagem para mim.
    
Vinte anos depois: valeu a pena
Bob Pimenta
 
Vamos deixar as coisas claras desde o início:  meus  tempos  de  juvenil acabaram em  1976,  mais   exatamente   na    primeira JUNAME (Juvenília Nacional Metodista - belo nome, né?) que se realizou em Lins (SP) em janeiro daquele ano. Eu não só estava fazendo 18 anos como, durante a própria JUNAME, fiquei sabendo, na telefônica local, que havia passado no vestibular. Havia outros vários futuros ex-juvenis naquela situação e o grupo dos novos universitários de todo o Brasil fez uma festa à parte naquela JUNAME.

Um parêntesis sobre o episódio de minha matrícula na faculdade. Depois de ficar acordado de sábado para domingo (última noite da JUNAME, sabem como é...), viajamos, logo depois do almoço, de Lins para São Paulo -  cerca de quinhentos quilômetros de muita bagunça e cantoria debaixo de um sol de rachar. Esperamos horas na velha rodoviária de São Paulo, que tinha um incrível teto com placas de acrílico colorido. As bagagens ficaram empilhadas no meio de um grande círculo humano. Nada havia a fazer senão cantar mais um pouco. Finalmente pegamos os nossos Cometas por volta da meia-noite. A galera, evidentemente, ainda tinha fôlego para muita cantoria e bagunça.
 
Chegamos por volta das 6 da manhã de segunda-feira e eu fui direto da rodoviária para a casa da minha avó, onde já havia deixado a papelada. Tomei um rápido café da manhã e, com  a mesma roupa que usava desde a partida de Lins, segui  para o Maracanã, onde na época eram feitas todas as matrículas do Cesgranrio, em apenas um dia. Era um dia de verão daqueles de 40 graus. E entra numa fila, depois em outra.... Cheguei em casa arrasado. Almocei alguma coisa e caí na cama com a roupa que estava, calça jeans e tudo. Dormi umas quinze horas e acordei às 6 e meia da manhã do dia seguinte, mas nem percebi, pensando que ainda fosse segunda-feira. Saí ligando para os meus amigos de turma, para saber como tinham ido no vestibular. Ninguém atendia... Finalmente, a mãe de um deles atendeu e foi logo perguntando porque eu estava ligando tão cedo. Eu não entendi nada, respondi que era até bem tarde... Até eu descobrir que tinha hibernado...
 
Mas, voltando à JUNAME, foi a partir daí que o trabalho com os juvenis da Primeira Região tomou um novo impulso. Ficamos conhecendo as fortes sociedades de Volta Redonda e Petrópolis, o pessoal de Niterói. O nosso eixo Vila Isabel-Catete-Jardim Botânico-Cascadura se ampliava. Os encontros distritais aconteciam todos os domingos. Era uma verdadeira turnê, onde cada um tinha o seu papel definido. O trabalho crescia e me entusiasmava. Acabei continuando a participar das atividades da Federação, mesmo com o título de "ex-juvenil".
 
Surgia também uma nova maneira de se organizar os encontros no Acampamento Clay, sem a bagunça que até então era a marca registrada: a "equipe" da Federação participava do planejamento e também se distribuía estrategicamente pelos quartos, zelando pelo cumprimento da programação e pela ordem (dentro do possível, é claro).

Os encontros no Clay, em Sacra Família (ou Sacra, para os mais íntimos) foram fundamentais para o desenvolvimento do trabalho. Ali o tema para o ano era estudado, novas músicas eram lançadas, novas pessoas eram conhecidas. Conforme o sucesso dos encontros aumentava, sua fama se espalhava e crescia a disputa para se conseguir uma vaga. Também devido à grande procura, o número de participantes foi aumentando, chegando a cerca de 300 nos últimos. Uma vez cheguei até a levar uma barraca de camping, mas foi um fiasco. Durante a primeira noite choveu muito e um "rio" resolveu passar por dentro da barraca. Os colchonetes ficaram encharcados e tivemos que  dormir as outras noites nos bancos da capela, verdadeiros flagelados. 
 
Um dos segredos dos encontros era ter um programaçao intensa e equilibrada, com estudos, músicas, esportes e brincadeiras, não deixando a galera parar por um momento durante o dia. Os participantes eram distribuídos em grupos que competiam em diversas áreas, o que era mais um fator para uma boa integração de todos. Cada noite tinha sua atração: noite dos talentos (geralmente a primeira, servia para o pessoal se conhecer), noite dos grupos, jantar "de gala" e noite da fogueira (sempre a última). O convite para o jantar de gala era  um bom  pretexto para paqueras, mas às vezes havia problemas. As meninas, principalmente, que não conseguiam seu par ficavam chateadas, escondidas nos quartos. Os "bonitões" da equipe, se não tivessem namorada, ficavam na sobra de propósito, para levantar o astral das integrantes do MSP (movimento das sem par).

Uma outra descoberta foi o uso de aparelhagem de som, que servia para chamar o pessoal para as atividades, para fazer avisos e, um pouco depois, para tocar música e brincar com a galera. Eram usadas como caixas de som 2 "cornetas" de metal, muito antigas, que estavam abandonadas na Igreja de Vila Isabel. Uma voltada para a entrada e piscina, na frente da casa sede, e outra voltada para os fundos, onde ficavam as quadras. Um velho amplificador, um toca-discos, alguns LP ecléticos, indo de Quinta Sinfonia de Beethoven a Roberto Carlos dos tempos da Jovem Guarda e um microfone improvisado completavam os "estúdios" da Rádio Sacra Família. Era incrível como o som ecoava por todo o vale onde fica o Clay.     
 
Conforme meus estudos iam apertando, ficava mais difícil minha continuação nos trabalhos da Federação. Resolvi marcar minha despedida num encontro que aconteceria num sábado, antes de um Distrital em Caxias.
 
Estes dois episódios marcaram minha participação na Federação de Juvenis. Como já disse, foram 2 fases distintas, mas intimamente ligadas.
 
Ao relembrar estes fatos, para este encontro, muitas sensações e emoções me vieram.

Culto na praça central de Lins

Vi fotos, ouvi fitas esquecidas no fundo da gaveta, revirei caixas com recordações (bilhetinhos  do correio do amor, letras de paródias...). Quem, como eu, guarda muitas coisas, ou quase tudo, está sujeito a estes choques de realidade. Quantas pessoas que nunca mais vi, quantas músicas que nunca mais cantei.
 
É difícil evitar uma certa nostalgia, de tempos em que éramos tão inocentes, tão sem responsabilidades e, por isso mesmo, tão felizes. E ainda, como dizia Renato Russo, tão jovens.   
 
Mas sinceramente acho que o momento é de festa, celebração. Não uma alegria pré-fabricada, em que temos obrigação de achar legal tudo o   que passou. Precisamos fazer uma análise crítica de alguns erros, talvez em criar expectativas de revolucionar o mundo (e a igreja) que nem todos souberam como encarar. Mas também precisamos reconhecer que vivemos um momento único, que nunca mais se repetirá  e do qual não temos do que nos arrepender.

Hoje, como sempre aconteceu naqueles bons tempos, velhos amigos se encontrarão, mas também chegarão os novos. Só que dessa vez serão maridos, esposas e filhos. Velhas histórias serão contadas, velhas fotos serão mostradas, mas continuarão fazendo sentido e valendo a  pena.    

LEIA TAMBÉM: O espaço do Juvenil na Igreja Metodista. Uma entrevista especial com juvenis da Igreja da Penha, SP, e depoimentos de Anivaldo Padilha e outras lideranças.

 

       
 

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