Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

jesus negro

 

Acaba de ser lançado, nos Estados Unidos, o filme Color of the Cross (A cor da cruz), que retrata Jesus como um judeu negro e sugere que sua crucificação tenha sido motivada pelo racismo. O filme foi escrito, dirigido e estrelado pelo ator negro Jean Claude LaMarre (que atuou anteriormente em Malcom X) e tem, entre seus produtores, o Reverendo Cecil Murray, pastor da Primeira Igreja Metodista Episcopal Africana, dos Estados Unidos. Em entrevista à revista Variety, o reverendo Cecil Murray acredita que o filme possa ajudar a denunciar e combater a discriminação que a população negra sofre nos Estados Unidos.

Diante de uma possível estranheza ante um Jesus negro, Diná da Silva Branchini, coordenadora do Ministério de Ações Afirmativas Afrodescendentes da Igreja Metodista, 3ª Região, nos lembra que um judeu loiro de olhos azuis na Galiléia é muito mais inverossímil e lança a pergunta: Aderimos a uma cultura religiosa branca européia ou podemos nos solidarizar e nos abrir para um Jesus Negro? Será, que desta forma, poderíamos abrir espaços - físicos e de afeto - metodistas para olhar a questão racial brasileira e acolher  e valorizar uma maior parcela desta população brasileira?


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