Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013

IV Eclesiocom

Tema central: Comunicação, igrejas e política no Brasil. Ecos do período eleitoral 2010

19 de agosto de 2010 - das 8h30 às 17h

Inscrição de trabalhos: até 12 de agosto

Inscrição para ouvintes: até 12 de agosto

Uma das marcas da conjuntura religiosa no Brasil nas últimas décadas é a intensa presença de líderes religiosos, e de igrejas, nos espaços políticos formais: partidos políticos; cargos da administração municipal, estadual e federal; cargos dos parlamentos também nestes três níveis. Práticas que até bem pouco tempo eram repudiadas nos espaços eclesiásticos, sob o lema "Igreja não se mete em política", passam a fazer parte da vida de grupos cristãos.

Nos espaços católico-romanos, o movimento das comunidades eclesiais de base, ainda em tempos de ditadura militar, motivado pelos princípios da Teologia da Libertação, já rompia com este preceito, e estimulava ações e opções políticas bem concretas. O Movimento Fé e Política foi fruto deste momento.

O ano de 1986 torna-se paradigmático para os evangélicos, quando, após as eleições para o Congresso Nacional, que seria Constituinte, formou-se o grupo que ficou conhecido como "Bancada Evangélica", cuja atuação, eticamente colocada em dúvida, gerou críticas no interior de diferentes famílias confessionais, mas estabeleceu uma espécie de identidade na participação de grupos religiosos, em especial, dos evangélicos, na política nacional. Movimentos em reação como o Movimento Evangélico Progressista, surgem para se contrapor a esta tendência e articular políticos e candidatos a políticos evangélicos que buscavam posturas éticas coerentes com o seu comprometimento cristão.

Fato é que a presença cristã na política nacional é e uma realidade, a ponto de os evangélicos terem apresentado em 2002 e 2006 um candidato a presidente da República com identidade religiosa, o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho.

É neste contexto que se destaca o papel da comunicação religiosa, e, particularmente, das mídias cristas, cuja existência, em especial entre os evangélicos, muito se deve a trocas políticas e lobbies por concessões. As mídias religiosas acabam se tornando em períodos eleitorais, veículos de doutrinação que vão além do religioso para o político, disseminando a opção ou a própria campanha de seus líderes.

A Eclesiocom 2010, a propósito do ano eleitoral para cargos majoritários no Brasil, quer oferecer uma contribuição com esta reflexão relevante para quem se interessa pela relação igrejas-comunicação e com os estudos e pesquisas que a ela se vinculam, buscando levantar um histórico da conjunção igrejas-mídia-política no País e identificar as atuais tendências para 2010. Para isso realizará a Conferência "Comunicação, igrejas e política no Brasil. Ecos do período eleitoral 2010" com a participação de estudiosos e analistas do tema. Espaço estará aberto para a apresentação de trabalhos relacionados a esta temática e também a outros dentro do campo de estudos da comunicação e da religião.

Profa. Dra. Magali Cunha
Comissão organizadora
 
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Para saber mais sobre inscrições e chamada de trabalhos, clique aqui http://www.metodista.br/eclesiocom/apresentacao

 


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