Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 16/03/2011

Intolerância a lactose

>> Saúde

Recentemente acabei me confrontando com um debate sobre o tema e – para a minha surpresa – descobri que isso é normal. Dados médicos informam que o nosso estômago, conforme amadurecemos, vai ficando cada vez mais sensível a tal substância, variando a gravidade de indivíduo para indivíduo.

Ufa! Que alívio. Apesar de ser uma sensação ruim, é sempre bom saber que você é normal, que outras pessoas sentem o mesmo, que não há nada de errado com você. A única questão que fica é sobre o que pode substituir aquele tão apreciado achocolatado matinal, aquela média bem morninha.

Bem, a resposta teoricamente seria simples: procurar ingerir algo mais sólido. No entanto isso não é nada fácil de achar. Por favor... Alguém aí conhece algum nutricionista que tenha alguma proposta?... Mas, por favor, apenas uma ressalva: Nada de querer me mandar para uma farmácia de manipulação.

Esse papo todo sempre me faz lembrar da ansiedade de Paulo: “E eu, irmãos não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a criancinhas em Cristo. Leite vos dei por alimento, e não comida sólida, porque não a podíeis suportar; nem ainda agora podeis;” (I Co. 3:1-2). Sinceramente – e perdoe-me a franqueza e a redundância – sempre apreciei a sinceridade de Paulo, mesmo admitindo suas fraquezas e angústias, não se esquivava de explicar e explicitar o “o quê” e o “porquê” falava tal e qual coisa.

Mas, vamos lá, dentro desta mesma sinceridade: Será que ainda não aprendemos nada? Se depois de dois mil anos de Cristianismo e os quase cinco mil de Judaísmo ainda não aprendemos nada com Adão e Eva – com tanta coisa para comer, escolhe logo o que não deve –, pelo menos não devemos ter aprendido a assumir que erramos, que somos falhos e que necessitamos de misericórdia? Será que já não merecemos uma comida um pouco mais sólida – uma papinha de vez em quando até que não cairia mal? Dê uma olhada, mas com atenção: já tenho mais de dois dentinhos...

É... parece difícil.

Se somos isso tudo que nos chamam – geração santa, sacerdócio real – já era para estarmos desfrutando, ou melhor, degustando, das benesses de tal estágio. A todo tempo prestamos o nosso sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, o nosso culto racional (Rm. 12:1), quando então seremos libertos, quando nos deleitaremos do cordeiro pascoal? (Ex. 12:1-11; Lv. 3) Vamos lá... a mesa do Senhor não está posta? (Sl. 23:5) Será que não tem ninguém para servir? Onde estão os despenseiros deste lugar? (I Co. 4:1-2; Tt. 1:7; I Pe. 4:10) Ei!... Garçoom...

Xiii.... Era só o que faltava... Agora acabou a luz. Ainda bem que eu tenho a minha lanterna. E graças a Deus que eu carrego sempre as minhas pilhas reservas, são mais do que o suficiente, recarregáveis e de ótima qualidade (Mt. 25:1-13; II Rs. 4:1-7). Espero em Deus que você também tenha as suas, pois, caso o contrário, vai ficar tateando no escuro, e talvez, enganado, acabe entrando em alguma farmácia de manipulação aberta.

Bem, continuo com fome e minha barriga dói – alguém aí tem um antiácido? –; deixa para lá. Com a fome que eu estou sou bem capaz de morder minha própria língua – não; mas bem que eu queria, de verdade; me pouparia o trabalho. No entanto, se é assim, deixa que eu me viro – com fome é que não vou ficar. Eu mesmo vou para a cozinha.

E aí?... Está servido?!...

Só  toma cuidado.

Assopra que está quente.

Mastiga direito.

Só  estou avisando...

Não quero que você tenha uma indigestão.

Passar bem.

Bom Apetite.
 
  
Por Fabricio Carvalho

Igreja Metodista em Jardim Novo


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