Apesar dos milhões de dólares em mídias, milhões de participantes, milhares de preletores, milhares de clínicas, simpósios, conferências, congressos e centenas de métodos e estratégias de marketing, as receitas para crescimento de igreja prescritas pelos norte-americanos não estão funcionando para eles mesmos. O recém-lançado "Anuário das Igrejas Americanas e Canadenses de 2010", publicado pelo Conselho Nacional de Igrejas (National Council of Churches)relata que, com a honrosa exceção das Assembléias de Deus, as principais denominações evangélicas da América do Norte decresceram em número de membros. A Convenção Batista do Sul, segunda maior denominação dos Estados Unidos, menor apenas que a Igreja Católica Romana e por muitos anos uma das responsáveis pelo crescimento dos evangélicos, relatou um declínio no número de membros pelo segundo ano consecutivo, menos 0,24%, totalizando 16.266.920 membros. A 78a edição anual do Anuário também relata um declínio contínuo na membrezia de praticamente todas as denominações. A Igreja Católica Romana, a maior do país, com mais de 68,1 milhões de membros, também sofreu uma ligeira perda em seu rol de membros em 2009, de 1,49%. A situação pode ser ainda pior, pois onze das 25 maiores igrejas não atualizaram seus relatórios. Entre elas: a Igreja de Deus em Cristo, a Convenção Batista Nacional, E.U.A.,S.A. e a Convenção Batista Nacional da America, S.A., respectivamente a 5ª, 6ª e 8ª maiores denominações nos EUA. Ainda mais crítica seria a situação se a maioria dos imigrantes não fosse composta de cristãos com fortes laços de filiação religiosa. A reverenda Dra. Eileen W. Lindner, editora do Anuário desde 1998, declarou: "Em uma era em que temos vindo a esperar o avanço inevitável do secularismo nos EUA, o afluxo de sólidas comunidades cristãs entre os novos imigrantes, uma vez mais altera o mapa topográfico". As Assembléias de Deus cresceram tímidos 1,27%, para 2.863.265 membros, de acordo com valores apresentados no Anuário de 2010, ocupando agora a 9ª posição, ultrapassando a Igreja Presbiteriana. As igrejas com maiores percentuais de declínio são: a Igreja Presbiteriana dos EUA, com 3,28%, que caiu da 9ª para 10ª posição, com 2.941.412 membros; as Igrejas Batistas Americanas nos EUA, 2,00%, com 1.358.351 membros, em 20º lugar, e a Igreja Evangélica Luterana na América, 1,92%, 7ª colocada no ranking, indo para 4.709.956 membros. Os números relatados no anuário 2010 foram coletados pelas igrejas em 2008, e enviados ao Anuário em 2009. Segundo Julia Duin, editora de religião do The Washington Times, o percentual da população americana que é membro de alguma igreja - incluindo mórmons e testemunhas e Jeová, alcança hoje 49%, totalizando 147,3 milhões, pouco menos de metade da população americana". Triste estado de uma nação que já se intitulou cristã. No Canadá, o quadro é ainda mais dramático. Mantido o percentual de declínio, que hoje totaliza 13.000 membros/ano apenas na Igreja Anglicana, em 2061 só haverá um anglicano no país. (Por Philippe Leandro) Para mais detalhes acesse o site da instituição. |
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