Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013
Igreja Central de Santa Maria passa por reformas e é adaptada para pessoas com deficiência
Por Diana Gilli
Na entrada e na lateral do templo foram erguidas rampas de acesso a idosos e cadeirantes. Dois banheiros também foram construídos. O espaço do altar foi ampliado. O arco central foi mantido, mas as laterais ganharam novas áreas de passagem. Ao fundo, há painéis e dois vitrais, que representam o pão e o vinho.
Quem passa na frente da Igreja Central de Santa Maria, localizada no Rio Grande do Sul, nem reconhece mais o templo que outro dia estava deteriorado. A igreja que celebrou recentemente seus 89 anos de história nunca havia passado por uma reforma grande. Somente as manutenções básicas, o que não evitou que o local sofresse o desgaste dos anos. Hoje, a igreja além de ter recebido uma nova cara, ainda foi mais longe, fez adaptações para os membros (as) da terceira idade, bem como para os deficientes.
Mas antes de passar pela reforma, a Igreja de Santa Maria era bastante conhecida pela região por uma característica nada comum: o cheiro forte. Sim, é que até o início de 2009 o templo era habitado por uma população de 12 mil morcegos. “Era muito ruim quando todo mundo chegava ao domingo de manhã. Tínhamos que correr para limpar as fezes dos morcegos. Sem contar que quando estava muito quente, ficava aquele cheiro do gás das fezes. Um mal à saúde pública, o que também fez a Defesa Civil interditar o prédio”, explica Rosley Ruiz da Costa, presidente do grupo que coordenou o trabalho da reforma.
Após a interdição, os membros da igreja começaram a usar um salão que fica ao lado do templo. Na mesma época, o Ministério de Administração da IM de Santa Maria se viu diante de um impasse. Havia apenas 800 reais em caixa, mas a obra custaria bem mais. “Começamos a economizar e conseguimos 8 mil reais por meio de uma campanha e depois disso fomos trabalhando, trabalhando, os irmãos ajudando. Não pedimos ajuda de fora.”, lembra Rosley.
Durante todo o processo, o grupo de trabalho contou com a ajuda profissional de uma arquiteta o que ajudou na hora de pensar na adaptação do templo para os idosos e portadores de necessidades especiais. “Nós tínhamos muitas escadas”, diz a presidente que coordenou o trabalho.
“Também trocamos todos os telhados. O que era de barro passou a ser de aluzinco. O forro que era de PVC agora é de madeira. O piso, antes de madeira passou a ser todo de piso frio”, continua Rosley. Foi feito também o isolamento do sótão para evitar a entrada de novos animais.
A reforma toda levou um ano e sete meses, o prédio era guardado em segredo. A surpresa só foi revelada no culto de ação de graças, em novembro, que marcou sua reabertura. A celebração também foi um marco dos 109 anos do metodismo em Santa Maria.
A foto acima é do altar ante de passar pela reforma
A obra, na área de 250 metros quadrados localizada na Rua do Acampamento na esquina com a Tuiuti, começou em abril de 2009 e terminou no segundo semestre de 2010, com um custo de R$ 200 mil. “Fizemos pedacinho por pedacinho, com muita fé e oração”, declara Rosley.
As paredes ainda receberam nova pintura, lustres, ventiladores e caixas de som. Os vidros das portas de entrada ganharam a marca da igreja, mas as bandeiras (partes superiores das portas) são originais da época da construção do prédio: 1922. A decoração – com lustres centrais – também é nova. Por fim, a rede elétrica foi substituída. Depois, foi só fazer a limpeza e a restauração dos móveis.
No começo de outubro, o local passou por nova vistoria da Defesa Civil, que liberou a reabertura.