Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013
Ignorância geral em relação à Bíblia
Fonte www.cristianismohoje.com.br
Mundo
Pesquisa internacional revela ignorância geral em relação à Bíblia
Apesar da Bíblia ser o livro mais difundido e traduzido no mundo, com versões em 2.454 idiomas, o seu conteúdo continua quase desconhecido em muitos países de maioria cristã, segundo uma pesquisa apresentada ontem, no Vaticano, realizada entre católicos, protestantes e ortodoxos.
Apesar da Bíblia ser o livro mais difundido e traduzido no mundo, com versões em 2.454 idiomas, o seu conteúdo continua quase desconhecido em muitos países de maioria cristã, segundo uma pesquisa apresentada ontem, no Vaticano, realizada entre católicos, protestantes e ortodoxos.
Participaram da pesquisa encomendada pela Federação Bíblica Católica 13 mil pessoas de nove países: Estados Unidos, Grã-Bretanha, Holanda, França, Alemanha, Itália, Espanha, Polónia e Rússia. Foram levadas em conta as diversas tradições cristãs para alcançar uma referência concreta da relação dos cristãos com a Bíblia.
Somente 14% dos italianos entrevistados deram respostas correctas a perguntas básicas de conhecimento sobre a Bíblia, tais como: "Os evangelhos são parte da Bíblia?", "Jesus escreveu livros da Bíblia?" e "Quem, entre Moisés e Paulo, era um personagem do Antigo Testamento?".
Os resultados não foram muito melhores nos outros países: somente 17% souberam as respostas nos Estados Unidos, e na Inglaterra, 15% na Alemanha, 11% na França e 8% na Espanha. Os povos mais bem classificados foram os polacos, com 20% de respostas correctas, e os piores foram os russos, com 7%.
Apesar disso, 75% dos norte-americanos afirmaram ter lido passagens da Bíblia nos últimos 12 meses, sendo que somente 27% dos italianos disseram o mesmo. França e Espanha tiveram respectivamente 21% e 20% de leitores da Bíblia.
Desafio é suscitar o entusiasmo pela Bíblia
O bispo italiano de Terni, Dom Vincenzo Paglia, que apresentou a pesquisa na Sala de Imprensa da Santa Sé, comentou que a pesquisa revela uma atitude positiva para com as Sagradas Escrituras, mas também a dificuldade para encarná-la na vida quotidiana.
"Temos de, antes de mais, transformar a leitura bíblica em oração, porque são ainda uma minoria os cristãos que oram com a Bíblia", disse Dom Vincenzo Paglia. E ele conclui: "Devemos suscitar em todo o mundo cristão, do católico ao ortodoxo e protestante, um novo entusiasmo pela Bíblia".
Quanto ao costume de frequentar a igreja, 32% dos italianos disseram fazê-lo, contra 55% dos polacos e 45% dos norte-americanos. Entre os católicos ortodoxos russos, somente 6% vão à missa cada domingo.
A maioria dos entrevistados afirmou ter a sensação de contar com a protecção de Deus: 86% de norte-americanos, 79% de polacos e italianos, 78% de russos e 65% de espanhóis, sendo que a França registou o menor número, com somente 47%.
Para 34% dos polacos, 27% dos norte-americanos, 23% dos italianos e 21% dos russos, os textos bíblicos devem ser considerados a "palavra de Deus" e, portanto, devem ser interpretados ao pé da letra e não de maneira crítica.