Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013
homenagens a d. Dea
Era uma vez uma senhora, com uma voz doce e delicada e dedos mágicos. Com sua voz, ela contava histórias que faziam o coração palpitar de alegria. Com seus dedos mágicos, ela fazia duas coisas muito especiais: ela escrevia as melhores histórias, para que não se perdessem na imensidão de muitas palavras. E ela também fazia sair do piano as mais belas canções, que faziam a alma da gente dançar de alegria.
Ela era como uma dessas fadas-madrinha (porque Deus também faz mágica, sabia? E esta mágica se chama vida!) que a gente encontra volta e meia nesta vida. De tão rara, a gente pensa que vai durar para sempre. Por isso, fica sempre um súbito no coração quando, de repente, as coisas seguem seu curso normal e essas pessoas mágicas, que fazem a vida ficar mais bonita, vão para Deus.
Mas, como disse Rubem Alves, "É preciso não esquecer a saudade. É ela que faz toda a diferença. Deus mora na saudade, ali onde o amor e a ausência se encontram".
As histórias ficarão, bem como as canções. Outras vozes vão dar vida aos personagens, outros dedos darão forma à melodia. Mas nunca vamos esquecer o começo de tudo isso.
Um certo vazio, cheio de Deus, ficará no coração da gente. Quando os olhos marejarem, teremos vislumbres do passado - a mágica que faz a saudade virar esperança.
Ainda ouviremos essa voz novamente, ainda teremos novas histórias para contar. Um dia, nos reencontraremos, porque o amor, disse Paulo, esse durará para sempre. E com amor em volta da gente, não faltarão histórias nem canções. Essas coisas são como enfeites para tornar o amor mais brilhante e por isso - como Deus é alegria e gosta de coisas bonitas - são sempre indispensáveis.
A vida do crente é uma história sem fim. Depois do capítulo desta existência, aguardamos com ansiedade as cenas dos próximos capítulos. Não perdemos a expectativa, mesmo sabendo do final da história: "seremos felizes para sempre"!
Assim sendo, como ao final de toda boa história, damos-lhe um beijo de boa-noite, tia Déa. Durma bem, nós nos veremos amanhã!--
Pra. Hideide Brito Torres
A nossa querida Tia Déa
Conheci D. Déa bem de pertinho num congresso Nacional , realizado em Grussaí - R.J.
Já a tinha visto, ouvido e lido seus escritos, pois esta exímia serva dedicou sua vida na obra do Senhor.
Com seus vinte anos, foi estudar música e é emocionante saber que ela foi a primeira formanda de música sacra do Bennett - Rio de Janeiro, dentre tantas e tantas coisas que marcaram sua existência.
Era divertida e ríamos muito, nas noites dos eventos promovidos pelas mulheres. Quandocaminhávamos, ela contava suas histórias e por vezes ela mesma ria tanto, que não conseguia terminá-las e ficávamos tão contagiadas pela sua alegria, que arriscávamos até adivinhar o final da história.
A Confederação de Mulheres não poderia deixar de registrar, de uma maneira singela momentos vividos com D. Déa, que tanto contribui nos trabalhos da Confederação, com suas idéias, sempre alegre e disposta.
Foi dedicada como Redatora da Revista Voz Missionária, fazendo e dando o melhor de si. Símbolo de ternura e doçura, pois era o que sentíamos nos momentos que passamos juntas.
Agradecemos a Deus pela oportunidade que Ele nos deu de termos convivido com esta mulher fiel. Uma vida marcada como instrumento de Deus no mundo.
Aos familiares, que o Senhor esteja acolhendo a cada um, com aquele amor e ternura que só Ele pode dar.
Carinhosamente
Sonia do Nascimento Palmeira
Confederação de Mulheres