Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013

homenagem ao reverendo Getro

“DÊEM A CADA UM O QUE LHE É DEVIDO; ... SE HONRA, HONRA.” ( Romanos 13.7)

                                                                                                  

                                                                                             

 Sei que muitos ainda não conseguem acreditar que ele se foi.

Mas, os jornais on-lines e escritos de Nova Andradina confirmam: ele partiu!

Além das matérias e crônicas da mídia nova-andradinense, confirmam também a partida dele, fatos tais como: o culto fúnebre com a multidão que se apinhavam dentro e fora da igreja, os quase cinqüenta pastores e pastoras presentes, os testemunhos de ovelhas, amigos e familiares, a palavra do Bispo. O próprio corpo dele ali próximo ao púlpito, já sem a mesma alegria e graça de sempre, pois tais caracteristicas retornaram a Deus. Confirma de vez que ele partiu, o momento de despedida no cemiterio, onde com voz embargada quando o corpo descia a sepultura, cantamos: ''E a Igreja não pode parar!"

Partiu o alegre velho jovial, que cantava como galo acordando a juventude nos acampamentos. Foi-se o idoso jovem, que no calor sul-mato-grossense coreograficamente     transformava nossas mãos em abanadores.

Partiu o “cronometrista” que nos Concílios a tensão quebrava.

Até no simples ato de dizer: “seu Bispo acabou o tempo, o senhor tem um minuto!”, da plenária, risos arrancava.

Calou-se a voz, que no programa de rádio, diariamente dizia ao povo nova-andradinense: "Não desista!"

Quero relatar aqui um pouco sobre a vida do Reverendo Getro, o qual nos antecedeu a pátria celestial.



Nova Andradina nunca mais foi a mesma, desde que ali ele chegou.
Identificou-se com aquela gente, na missão se encarnou.
Nos campos de futebol, ele sempre se encontrava. Bom corintiano, gostava de futebol, até partidas na juventude apitava.

Era amigo de todos, e a todos cativava, com seu jeito e sorriso, construia pontes, laços e o Evangelho anunciava. Nas festas da cidade sua presença era certa, várias vezes homenageado com títulos concedidos pelo municipio e pelo estado. Era homem que tinha o bom testemunho dos de dentro e dos de fora da grei do Senhor.


Amava seu estado no discurso, na oração e ação.
Por amor a sua gente, se recusou até mesmo a comer pão;
Enquanto alguém não se dispusesse a no Mato-Grosso vir fazer missão.
Destas terras bravias, de Estado ainda indiviso, fez sua paróquia.
Onde no lugar do pão da ceia, ao povo pastores serviam mandioca.
Passando por privações, enfrentando o perigo entre homens e feras
Pregando com lagrimas, orações e risos, pelas trilhas, hoje estradas asfaltadas e belas.

Sempre de seu amado Mato-Grosso contando casos hilariantes e inusitados.
Dentre tantos, cito a história do guia leigo, que pela onça foi devorado.
Argumento usado por um pastor mato-grossense, que no Concílio Regional atrasado e espavorido;
Justificou-se, dizendo que, seu guia leigo, fora pela onça comido.

A Imprensa escrita da cidade, ele teve a ousadia de iniciar;
Mimeografava em três folhas, com dona Elza a ajudar.
E nas terras de Antônio Joaquim de Moura Andrade, pôs “O Pioneiro” a circular
Atitude própria de Metodista que gosta de se comunicar.

Em um sete de setembro, enquanto as escolas desfilavam.
De sobre um caminhão, uma coisa Getro notava;
Que apesar de todo o pó, das crianças não faltava o riso.
Destacou no seu jornal: Nova Andradina, a “Cidade Sorriso”.

O povo leu e acolheu, e o codinome até hoje permanece.
Porém, no último dia dezessete de maio, toldou-se a alegria.
A caminho de Dourados, vitima de uma taquicardia.
O ilustre nova-andradinense, para a eternidade passou.
Sob chuvas tais quais lágrimas, a cidade sorriso chorou.

Os céus estão em festas, pois, mais “um dos Tais” lá chegou.
Para tomar posse da morada, que Jesus lhe preparou.

Povo nova-andradinense volte a sorrir e cantar;
Pois, seu ilustre cidadão, fora por Cristo justificado.
Seu corpo plantado na terra, quando o clarim de Deus soar;
Ressuscitará incorruptível, indo na Nova Jerusalém habitar.
Se quiseres ter a mesma sorte, lembrai-vos do que ele pregou.
Aceitai em suas vidas o Evangelho que ele anunciou, pois entre vós, fora arauto de Jesus o Salvador.

Ao Povo Metodista do Distrito de Campo Grande.
Grande é a seara, e os campos já estão prontos para a ceifa.
Apesar do nosso luto e saudades, precisamos marchar.
Pois há uma carreira a correr, uma mensagem a proclamar.
Jesus mandou o Evangelho anunciar e como Igreja não podemos parar!

Assim como Timóteo sem Paulo, tal qual Paulo sem Barnabé.
Diante das separações da vida precisamos continuar com fé.
O bom mestre só deixa o discípulo, depois de bem o preparar.
Todo discípulo honra seu líder, Quando o sabe imitar.
Pregando o Mestre dos mestres, pois a Igreja não pode parar!

Das muitas vezes em que pensar em parar, a mão do arado tirar, o cajado abandonar.
Lembrai-vos do líder que pregando cantava: Jesus mandou o Evangelho anunciar, você é Igreja, e não pode parar!

Morreu o homem, ficou a memória. Deus levou o líder, mas deixou sua história.
Recolheu seu instrumento, mas deixou seu exemplo a ser seguido.
Seu vida devota ao Reino de Deus continuará a nos inspirar, sua memória, pregando a Cristo, vamos honrar.
Pois, Jesus mandou o Evangelho anunciar, e a Igreja não pode parar!

A vida do líder, mesmo depois de morto ainda fala. Seu serviço a Cristo é exemplo que jamais cala.
Povo Metodista sul-mato-grossense levantem vossa cabeça e para os campos olhai.
Com vossos corações aquecidos, aguerridamente a Missão vos lançai. Pois Jesus mandou o Evangelho anunciar e a Igreja, não pode e não vai parar!

Pr. José do Carmo da Silva - O Zé do Egito

VEJA TAMBÉM:

 

 

17/05/2010 - 22h42
Extra - Nova Andradina – Morre Pastor Getro Camargo um dos pioneiros da cidade
      

A cidade de Nova Andradina esta de luto: morreu no inicio da noite desta segunda-feira uma das pessoas mais amadas da sociedade novandradinense.

 

O Pastor Getro Camargo nasceu na cidade de Ourinhos SP e tinha  71 anos de idade. Foi há muito tempo responsável pela Igreja Metodista de Nova Andradina, um dos fundadores da mesma e o pioneiro na imprensa da cidade. Getro foi o criador da frase: "Nova Andradina,  Cidade Sorriso". 

 

 Pastor Getro era muito querido por todas as classes da sociedade.

Foi ele um dos primeiros militantes da impressa na cidade, onde criou ainda nos anos 60 o jornal "O Pioneiro", além de apresentar programas evangélicos nas duas principais emissoras de rádio da cidade.

 

Recentemente ele ao lado do Padre Antônio Dalló, foi homenageado na Câmara Municipal em reconhecimento pelos muitos anos dedicados à cidade de Nova Andradina.


 

Postado por: Marcos Donzeli
Fonte: Redação Nova News

 

 

 


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