Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013

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Na terra onde se dança o carimbó e se come açaí com farinha de tapioca, bebe-se suco de taperebá e se produz a cerâmica marajoara, Belém é considerada por muitos a porta de entrada da Amazônia.

A Igreja deve uma mensagem para todos, disse a senadora da República, Marina Silva, da Igreja Evangélica Assembléia de Deus. Falando para jovens reunidos no Encontro Ecumênico de Juventude, reunido em Belém dias 25 e 26 de janeiro, a ex-ministra do Meio Ambiente fundamentou com a Bíblia a participação cidadã dos cristãos.

A Igreja Anglicana da capital paraense abrigou o encontro, que antecedeu o Fórum Social Mundial (FSM) e teve dois temas centrais: "Fé e Política" e "Violência Juvenil e Direitos Humanos".


O encontro teve início no domingo, 25, com a oficina Fé e Política, da qual participou a senadora, o teólogo chileno Juan Navarrete, da organização católica Ameríndia, e representantes da Pastoral de Juventude do Conselho Latino-Americano de Igrejas (Clai). A oficina proporcionou um espaço de reflexão e intercâmbio coletivo sobre as práticas vinculadas ao binômio fé-política, ofereceu ferramentas para a reflexão bíblico-teológico e promoveu estratégias de incidências pública e política.


Na segunda-feira, 26, o diretor executivo do Instituto de Estudos da Religião (Iser), Pedro Strozenberg, trouxe o panorama das políticas públicas para a juventude no Brasil e os dados da violência em vários países da América Latina.
Com a exposição de Strozenberg foi possível ter elementos para compreender o tráfico, a milícia e a distinção entre a violência e a sensação de perigo. "Há uma diferença entre os dados da violência e a sensação de perigo", afirmou.


No Rio de Janeiro, 20% da população vivem nas 824 favelas, representando 1,3 milhão de pessoas. A violência armada é o principal fator de morte de jovens no Brasil. "A violência não é a causa, mas a ausência de políticas de educação, trabalho", emendou. 
Durante à tarde, os participantes compartilharam as agendas de trabalho e o perfil de cada organização a fim de propiciar ações conjuntas. Jovens da Armênia e da Índia, convidados pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI), relataram atividades que desenvolvem em seus respectivos países.


A iniciativa do encontro foi fruto do dialogo entre a Federação Universal de Movimentos Estudantis Cristãos (WSCF, sigla em inglês), Associação Cristã de Moços (YMCA, Aliança Latino Americana e Caribenha), Pastoral de Juventude do Clai, Programa Jovens em Missão do Conselho de Igrejas Evangélicas Metodistas da América Latina e Caribe (Ciemal), CMI e da Aliança de Igrejas Presbiterianas e Reformadas da América Latina e Caribe (Aipral).
O encontro contou com aproximadamente 50 participantes da Armênia, Bolívia, Índia, Suíça, Uruguai, Porto Rico, Chile, Colômbia, Canadá e do Brasil.

Thiago Machado
Equipe Interdisciplinar da REDE ECUMÊNICA DA JUVENTUDE PELA PROMOÇÃO DOS DIREITOS JUVENIS
FE Brasil


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