Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013
festa no reino crianças na ceia
"E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas". Lucas 2.46-47 |
Eu tenho dois filhos. Eles também, desde pequenos, fazem perguntas e afirmações capazes de deixar teólogo de boca aberta. Na verdade, toda criança é assim. Elas não têm medo de dizer o que pensam e expor suas dúvidas - a menos que nós, adultos, plantemos inibição e medo em seus corações.
Por isso, se um dia alguém disser a você que criança não está pronta para participar da Ceia do Senhor, ajude essa pessoa a perceber que talvez sejamos nós, adultos, que ainda não estamos prontos para compreender o profundo significado desta celebração.
A Ceia do Senhor é uma refeição comunitária que celebra uma aliança com Deus. Você deixaria seu filho sem comer até que ele pudesse compreender a importância do alimento para a sua vida? Não, você o alimenta. Ele não sabe distinguir carboidrato de proteína, mas intui que o alimento é vital para sua sobrevivência e, mais ainda: ele pode sentir que este alimento está sendo oferecido com amor. Com o passar do tempo, você o ensinará sobre a importância de cada nutriente. Contudo, a primeira lição ele já aprendeu: o filho sabe que é alimentado porque seus pais o amam.
Ao redor da Mesa do Senhor, a criança também se sente acolhida pela comunidade de fé. No exemplo de Cristo que deu sua vida, e no exemplo da comunidade com quem ela partilha o pão, a criança aprende o significado do amor.
As crianças são muito sábias. Antes que lhes chegue a teoria, elas aprendem pela vivência. Aprendem a falar ouvindo os pais falando. Aprendem gestos, vendo como os adultos gesticulam. Aprendem o que é comunhão pelo testemunho da Igreja.
Por isso, pouco é necessário falar diante do pão e do vinho. Aos mais novos, conte como Jesus gostava de fazer as refeições com os amigos. Aos maiores, lembre que Jesus nos pediu para tomarmos desses elementos como lembrança de sua paixão e morte. E, então, fique em silêncio. |
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