Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013
fabio resposta a jesue
Prezado rev. Jesué, a paz.
Primeiramente agradeço-lhe a gentileza por ter respondido minha mensagem. Porém lamento a descortesia de não te-lo feito diretamente a mim, pois vim a conhecer a resposta que recebi através do blog Metodistas & Ecumênicos. Eu enviei minha mensagem diretamente à sua caixa postal.
Como não tenho intenção em prolongar um debate via internet, não irei alongar sobre assuntos que eu já havia discorrido antes. Eu apenas me concentrarei em comentar aspectos que não correspondem à verdade enunciados pelo rev.Jesué em sua mensagem dirigida pessoalmente a mim publicada no blog.
Prezado rev.Jesué. Vemos claramente que a questão do "ecumenismo" não está bem resolvida na Igreja. Por quê? Ora, eu sequer mencionei o assunto em minha mensagem e você aludiu a ele logo em suas primeiras linhas! Se você se lembrar da minha mensagem, verá que a utilizei toda para defender o direito de opinião, o direito de expressão, condenar o discurso autoritário e autocrático e condenar a "guerra santa" fratricida que vem sendo travada no seio de nossa igreja. Eu não defendi em nenhuma das linhas por mim escritas o ecumenismo. Mas defendi ardentemente o direito de manter minha opinião sobre esse assunto e poder expressá-lo.
Você afirma que o fórum adequado para tratar dos temas de forma democrática na Igreja Metodista é o Concílio Geral. Então porque foram feitas reuniões para escolher nomes de candidatos a bispo anteriores ao Concílio Geral? Porque debateu-se à exaustão o tema do ecumenismo, questões administrativas, questões missionárias em fóruns que não eram o Concílio Geral (no caso, sites da internet e listas de e-mails) sem que o irmão tivesse se dado o trabalho de escrever uma única linha para condenar quem assim fazia?
Você diz que uma vez aprovada a matéria não cabe debatê-la. Porque ao aprovar a matéria do ecumenismo no Concílio Geral de Maringá em 1984 insistiu-se tanto em debater essa matéria nos dois últimos concílios gerais, até conseguir reverter a decisão? Porque você não levantou sua voz profética para denunciar de forma tão agressiva e rude esse desrespeito ao Concílio Geral de 1984 como o fez de forma agressiva e rude a respeito do Concílio Geral de 2006?
Ao chamar a mim e a todos os que não concordaram com o Concílio Geral de 2006 de hipócritas, você está estendendo essa qualificação a todos os que não concordaram com os Concílios Gerais anteriores, inclusive o de 1984? Ou essa qualificação de hipócrita vale apenas àqueles que não concordaram com a opinião que é a sua?
Ao sugerir que aqueles que não concordaram com a decisão do Concílio Geral de 2006 devem mudar de igreja, não acha que você está sendo negligente com seu carisma pastoral, que deve zelar pela unidade da Igreja? Ao dizer que não tenho preparo teológico para discutir essa matéria, não está agindo precipitadamente ao julgar-me sem ao menos me conhecer e ainda por cima assumindo uma postura de elitismo clerical?
Infelizmente rev.Jesué, eu afirmei no final da minha mensagem que esperava que os temores de que a igreja entrava em uma fase de "caça às bruxas", "guerra santa" entre os santos e os perversos (mesmo todos sendo membros do mesmo corpo), ameaças autoritárias e denuncismos fossem infundados. Como afirmei e repito que são absolutamente infundados os seus temores de desrespeito ao Concílio Geral (o recurso à CGCJ não é desrespeito, pois consta dos Cânones esta possibilidade, Cânones estes aprovados em Concílio Geral, portanto, recurso absolutamente em ordem).
Mas sua mensagem que tanto me ofende ao chamar-me de retórico, despreparado teologicamente, hipócrita, apenas confirmam meu temor. Estou a muito tempo esperando uma mão estendida que busca a reconciliação, a superação das diferenças, a unidade da Igreja apesar da diversidade de opiniões. Porém, sua reafirmada postura que busca o silenciamento dos que pensam diferente de ti, suas palavras duras e agressivas e seu nada velado convite a que nos retiremos da Igreja Metodista me mostraram que o amor incondicional e a reconciliação entre os irmãos, nunca! Nunca serão buscados. Apenas subjugar, dominar, expulsar e calar os rebeldes, feiticeiros, desobedientes, murmuradores, hipócritas... Palavras essas usadas pelo rev.Jesué para qualificar todos os que tem opinião diferente da dele sobre a matéria aprovada no 18º CG. E palavras que nunca foram proferidas sobre os que tinham opiniões diferentes aos outros Concílios Gerais. Novamente pergunto: porque a diferença de critério?
Abraços.
Fabio Martelozzo Mendes
Primeiramente agradeço-lhe a gentileza por ter respondido minha mensagem. Porém lamento a descortesia de não te-lo feito diretamente a mim, pois vim a conhecer a resposta que recebi através do blog Metodistas & Ecumênicos. Eu enviei minha mensagem diretamente à sua caixa postal.
Como não tenho intenção em prolongar um debate via internet, não irei alongar sobre assuntos que eu já havia discorrido antes. Eu apenas me concentrarei em comentar aspectos que não correspondem à verdade enunciados pelo rev.Jesué em sua mensagem dirigida pessoalmente a mim publicada no blog.
Prezado rev.Jesué. Vemos claramente que a questão do "ecumenismo" não está bem resolvida na Igreja. Por quê? Ora, eu sequer mencionei o assunto em minha mensagem e você aludiu a ele logo em suas primeiras linhas! Se você se lembrar da minha mensagem, verá que a utilizei toda para defender o direito de opinião, o direito de expressão, condenar o discurso autoritário e autocrático e condenar a "guerra santa" fratricida que vem sendo travada no seio de nossa igreja. Eu não defendi em nenhuma das linhas por mim escritas o ecumenismo. Mas defendi ardentemente o direito de manter minha opinião sobre esse assunto e poder expressá-lo.
Você afirma que o fórum adequado para tratar dos temas de forma democrática na Igreja Metodista é o Concílio Geral. Então porque foram feitas reuniões para escolher nomes de candidatos a bispo anteriores ao Concílio Geral? Porque debateu-se à exaustão o tema do ecumenismo, questões administrativas, questões missionárias em fóruns que não eram o Concílio Geral (no caso, sites da internet e listas de e-mails) sem que o irmão tivesse se dado o trabalho de escrever uma única linha para condenar quem assim fazia?
Você diz que uma vez aprovada a matéria não cabe debatê-la. Porque ao aprovar a matéria do ecumenismo no Concílio Geral de Maringá em 1984 insistiu-se tanto em debater essa matéria nos dois últimos concílios gerais, até conseguir reverter a decisão? Porque você não levantou sua voz profética para denunciar de forma tão agressiva e rude esse desrespeito ao Concílio Geral de 1984 como o fez de forma agressiva e rude a respeito do Concílio Geral de 2006?
Ao chamar a mim e a todos os que não concordaram com o Concílio Geral de 2006 de hipócritas, você está estendendo essa qualificação a todos os que não concordaram com os Concílios Gerais anteriores, inclusive o de 1984? Ou essa qualificação de hipócrita vale apenas àqueles que não concordaram com a opinião que é a sua?
Ao sugerir que aqueles que não concordaram com a decisão do Concílio Geral de 2006 devem mudar de igreja, não acha que você está sendo negligente com seu carisma pastoral, que deve zelar pela unidade da Igreja? Ao dizer que não tenho preparo teológico para discutir essa matéria, não está agindo precipitadamente ao julgar-me sem ao menos me conhecer e ainda por cima assumindo uma postura de elitismo clerical?
Infelizmente rev.Jesué, eu afirmei no final da minha mensagem que esperava que os temores de que a igreja entrava em uma fase de "caça às bruxas", "guerra santa" entre os santos e os perversos (mesmo todos sendo membros do mesmo corpo), ameaças autoritárias e denuncismos fossem infundados. Como afirmei e repito que são absolutamente infundados os seus temores de desrespeito ao Concílio Geral (o recurso à CGCJ não é desrespeito, pois consta dos Cânones esta possibilidade, Cânones estes aprovados em Concílio Geral, portanto, recurso absolutamente em ordem).
Mas sua mensagem que tanto me ofende ao chamar-me de retórico, despreparado teologicamente, hipócrita, apenas confirmam meu temor. Estou a muito tempo esperando uma mão estendida que busca a reconciliação, a superação das diferenças, a unidade da Igreja apesar da diversidade de opiniões. Porém, sua reafirmada postura que busca o silenciamento dos que pensam diferente de ti, suas palavras duras e agressivas e seu nada velado convite a que nos retiremos da Igreja Metodista me mostraram que o amor incondicional e a reconciliação entre os irmãos, nunca! Nunca serão buscados. Apenas subjugar, dominar, expulsar e calar os rebeldes, feiticeiros, desobedientes, murmuradores, hipócritas... Palavras essas usadas pelo rev.Jesué para qualificar todos os que tem opinião diferente da dele sobre a matéria aprovada no 18º CG. E palavras que nunca foram proferidas sobre os que tinham opiniões diferentes aos outros Concílios Gerais. Novamente pergunto: porque a diferença de critério?
Abraços.
Fabio Martelozzo Mendes
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