Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013
Estudo revela que perseguição religiosa aumenta em todo o mundo
Egito é um dos países mais preocupantes, onde 1.800 cristãos foram assassinados nas últimas três décadas.
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O relatório é da responsabilidade da fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) e será lançado hoje na Biblioteca da Igreja de S. Nicolau, em Lisboa (Baixa), pelas 16h00.
Entre as situações destacadas sublinha-se a perseguição que sofrem os cristãos no Iraque e noutros países de maioria islâmica.
No Iraque, por exemplo, a violência anti-cristã não parou em 2009 e na primeira metade de 2010, com momentos de verdadeira perseguição. "Grupos armados entram em bairros onde vivem os cristãos e matam indiscriminadamente toda a gente que se atravessa no seu caminho", declarou monsenhor Philip Najim, representante da Igreja Caldeia na Santa Sé.
O Paquistão é outro dos pontos críticos e mais mediáticos: a 19 de Julho de 2010, Rashid Emmanuel e Sajid Masih Emmanuel, dois irmãos cristãos que estavam a ser julgados depois de serem acusados de blasfémia, foram mortos a tiro à saída do tribunal.
Outras situações registadas arrastam-se no tempo: no Egipto, e durante os últimos trinta anos, foram assassinados cerca de 1.800 cristãos e foram perpetrados cerca de 200 actos de vandalismo contra propriedades destas pessoas, sem que ninguém fosse levado perante um tribunal.
O documento analisa a situação dos cristãos e de outras confissões religiosas, denunciando casos de perseguição e de atropelos a um direito fundamental consagrado na Declaração Universal dos Direitos do Homem.
A publicação, com mais de 500 páginas, regista os casos mais dramáticos no período estudado em várias nações onde a liberdade de culto é negada das maneiras mais violentas e nas quais os crentes são perseguidos, em alguns casos até à morte.
O estudo assinala que a perseguição religiosa aumenta em todo o mundo e fala em graves limitações à liberdade de culto e de consciência, além de limitações legais à liberdade religiosa e episódios de repressão legal.
AIS e Filipe d'Avillez