Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 16/08/2010

Educar e ser educado contra o bullying

Preocupações com provas, pesquisas e vestibular fazem parte da vida estudantil. O que não deveria estar presente na rotina de crianças e jovens, e em nenhuma outra fase da vida, é a violência, seja ela física ou psicológica. Infelizmente, a realidade mostra que estudantes estão cada vez mais expostos a essas situações. Implicâncias entre colegas podem gerar os mais variados apelidos e, com isso, as diferenças e as características peculiares de cada um passam a ser exaltadas de forma pejorativa e podem evoluir para agressões físicas. Muitas vezes, pela correria do dia a dia, os pais não percebem mudanças de comportamento nos filhos que indicam serem vítimas ou autores dessa violência que afeta os jovens e assusta familiares e educadores em todo Brasil: o bullying. É preciso estar atento aos sinais. A criança pode perder a vontade de ir para a aula, apresentar uma queda no rendimento escolar e não ter vontade de interagir com os amigos, mas o problema será percebido quando seus pais forem chamados no colégio em razão de brigas.
Pais e professores estão estreitamente ligados ao cotidiano das crianças. Mais que a proximidade física, é necessário construir um canal permanentemente aberto ao diálogo. Devemos ser referência em um momento de medo, dúvida ou angústia. É fundamental promover iniciativas para coibir essa forma de violência, como as leis antibullying aprovadas na Câmara de Vereadores e na Assembleia Legislativa. Os colégios da Rede Metodista de Educação do Sul também criaram um projeto com o objetivo de discutir o tema com seus alunos, para torná-los multiplicadores no processo de conscientização. O bullying é, acima de tudo, uma questão de formação. Mais do que preparar para o mundo acadêmico e profissional, a escola deve preparar para a vida, com valores éticos e morais, com respeito aos direitos e espaço dos outros. Antes de condenar uma criança por seus atos, é preciso se perguntar onde ela aprendeu tal comportamento. Pais e professores devem atuar juntos e ter consciência de que não basta apenas educar, é preciso ser educado, pois é na infância que se consolidam as bases da tolerância e do respeito com o outro. É com esta filosofia, presente no Ensino Metodista, que se deve trabalhar a formação de bons cidadãos para a vida em coletividade.

Perpétua Maria da Silva é Vice-diretora da Educação Básica dos Colégios Metodistas Americano, Centenário e União


Posts relacionados

Geral, por Sara de Paula

Liturgia para o Dia de Ação de Graças 2020

Celebre o Dia de AÇão de Graças. Esta é uma sugestão de liturgia para o culto presencial. O Departamento Nacional de Escola Dominical inseriu algumas observações a fim de que a celebração possa ser adaptada para o culto virtual. 

Geral, por José Geraldo Magalhães

Declaração do Concílio Mundial Metodista sobre a Igreja em Charleston que sofreu atentado nos USA

Segundo investigação das autoridades, ficou claro que os membros da Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel estavam reunidos para o Estudo da Bíblia e oração quando um homem caucasiano por volta dos 20 e poucos anos abriu fogo.

Mulheres, Geral, por Julyana Rodrigues

Cogeam aprova novo Estatuto da Confederação das Sociedades Metodistas de Mulheres

Cogeam aprova novo Estatuto da Confederação das Sociedades Metodistas de Mulheres.

Geral, por José Geraldo Magalhães

Geral, por José Geraldo Magalhães

Geral, por José Geraldo Magalhães