Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013

Educação cidadã

Parceria entre Fundação Metodista e Izabela Hendrix articula academia e comunidade

 

Da esquerda para a direita: Kebel, Têca e Gordon Greatthouse. Equipe da Fundação Metodista levou a universidade a experiência do trabalho social.

 As universidades têm um compromisso com a sociedade na qual estão inseridas e para a qual preparam profissionais todos os anos. Quando se fala em universidade confessional, este compromisso é o que dá sentido à sua própria existência. Esta consciência criou, há cerca de dois anos, uma produtiva parceria entre o Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix e a Fundação Metodista, em Belo Horizonte. Atualmente existem três projetos em andamento:

Bolsas de Estudos para agentes sociais: 50 agentes sociais da Fundação Metodista e de projetos conveniados são selecionados(as) para receberem bolsas de estudos integrais junto ao Izabela. Esses(as) agentes são pessoas indicadas pelas igrejas locais ou entidades conveniadas, e selecionados(as) após aprovação em vestibular e avaliação socio-econômica. Além da seleção e encaminhamentos, a Fundação Metodista acompanha a atuação social desses(as) bolsistas nos projetos sociais e realiza periodicamente encontros de reflexão, capacitação e intercâmbio.

Projetos de Extensão: nestes projetos, os alunos podem aprofundar seus conhecimentos ao mesmo tempo em que prestam serviços relevantes à comunidade.Em 2007 foram doze projetos de extensão; nesse ano foram dez projetos atuantes nos trabalhos sociais ligados à Fundação Metodista, abrangendo diversos cursos nas áreas de fisioterapia; administração e arquitetura, enfermagem, ciências biológicas e nutrição e fonoaudiologia.

Programa de Formação de Liderança e Agentes Sociais: com o objetivo de qualificar universitários(as) bolsistas para uma atuação cidadã e para a transformação social a Fundação Metodista elaborou em 2007 e executou em 2008 esse programa com todos(as) bolsistas do Izabela Hendrix. O programa baseou-se em encontros de temática social e cidadã, leitura de textos e produção escrita. Foram cinco encontros no primeiro e cinco no segundo semestre, alcançando mais de 1.600 universitários(as). Os encontros tiveram a participação de palestrantes especializados nas várias temáticas abordadas: políticas de gênero, população de rua, raça, terra, discriminação sexual, vistas sob a ótica do direito e sob a ótica bíblico-teológica.

Durante estes dois anos, estas parcerias tiveram a assessoria técnica do educador, teólogo e psicólogo Cleber Lizardo Assis, o Kebel. Além da importância dessa articulação entre a academia e a comunidade, capaz de criar espaços de ação e reflexão para uma prática cidadã, Kebel destaca o papel estratégico de se ter uma entidade de assistência social como promotora do programa, o que fortalece sua legitimidade.

Infelizmente, a Fundação Metodista está perdendo este profissional. Assim como toda a área social da Igreja, a Fundação sofre com a falta de recursos financeiros. Kebel continuará próximo aos projetos, pelo compromisso pessoal que tem com a missão. Será, no entanto, uma participação voluntária, com disponibilidade mais restrita. A bem-sucedida parceria Fundação-Izabela prova, mais uma vez, que é necessário olhar com verdadeiro interesse para a área social da Igreja Metodista, que tantos projetos transformadores têm realizado.


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