Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013
Diaconato Metodista
Na segunda fase do 18º Concílio Geral, realizado de |
Mas, afinal, o que é diaconato?
A palavra originada do grego diákonos pode ser traduzida por servo (ajudante, aquele que ministra ou distribui, auxiliar, assistente). É, portanto, em sua origem, uma função destinada ao serviço, natureza essencial da Igreja. Jesus veio ao mundo como aquele que serve. Ministério, do latim ministerium, nada mais é do que a tradução latina do grego diakonia. Portanto, todo ministério é diaconal. Na Igreja Metodista, geralmente o diácono ou diaconisa serve em um ministério especial na área regional, como assessoria a projetos sociais, pastoral carcerária, pastoral da terceira idade, trabalho com mulheres ou crianças, etc. Para isso, recebe anualmente, designação do bispo ou episcopisa da Região e presta relatório ao Concílio Regional.
No "Fórum para um Diaconato", três pontos importantes foram destacados com relação ao exercício deste ministério na Igreja Metodista: deve ser um ministério leigo; deve estar voltado para o serviço a partir de demandas específicas e deve ser exercido por pessoas preparadas para atender a essas necessidades.
Duas vidas e um mesmo propósito
Jane e Livingstone são dois bons exemplos desse perfil. Jane foi consagrada diaconisa em 1988 e exerce seu trabalho ligada à Região Missionária do Nordeste (na Igreja Metodista, a diaconisa ou diácono vincula-se à região eclesiástica ou missionária na qual serve e não à igreja local). "Em 1980, quando ingressei na Igreja Metodista, era o tempo
Jane conta que sua principal dificuldade é o fato de haver poucas pessoas nesse ministério com as quais possa compartilhar experiências e somar esforços. "O papel da diaconia ainda é pouco conhecido pelas igrejas em geral. A ação diaconal muitas vezes é incluída no planejamento como um apêndice na missão da Igreja, quando na minha percepção ela é parte integrante da missão e é a própria identidade da Igreja. Nem tudo na Igreja é diaconia mas o serviço diaconal tem sua identidade na fé cristã", afirma ela. Segundo Jane Menezes, a ação diaconal é, às vezes, limitada a uma ação assistencial, sem levar em conta os aspectos prático, comunitário e profético. "A espiritualidade não pode ser separada de outras áreas, como afetiva ou intelectual, porque somos pessoas inteiras e agimos com tudo o que somos. Se somos cristãs e cristãos, a espiritualidade é parte de nós e está conosco em tudo o que fazemos. Um risco que corremos sempre é nos entusiasmarmos demais com o trabalho e não mantermos o equilíbrio entre ação e vida devocional, leituras, lazer, convivência com a família e amigos/as, etc"
Livingstone, diácono desde 1983, também considera que a Igreja Metodista não investiu no diaconato nos últimos anos. "No Concílio éramos apenas dois. Mas é importante destacar que existe um número razoável de profissionais exercendo o trabalho diaconal sem serem diáconos ou diaconisas. A Igreja agora estará dando abertura para estes profissionais e nossa esperança é que no próximo Concílio sejamos um grupo de peso na Igreja, não só pelo número, mas, principalmente, pelo trabalho".
Bacharel
Se você quiser obter mais informações, leia o livro Para um Diaconato Metodista Hoje: Memória do Fórum sobre Ministério Diaconal, da Editeo. Informações: (11) 4366-5983.