Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

DIA NACIONAL DA CAMPANHA AUDITIVA

10 DE NOVEMBRO

DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE À SURDEZ

 

Em seu terceiro ano consecutivo, a Campanha Nacional da Saúde Auditiva promove ações em todo país

 

No dia 10 de novembro será comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. Mais uma vez, a Campanha Nacional da Saúde Auditiva pretende levar informação e educação sobre saúde auditiva para população. Neste mês, teremos ações de atendimento e palestras em todo o Brasil.

A perda auditiva é uma das deficiências mais comuns na população brasileira. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Otologia, de cada mil crianças nascidas no país, três a cinco já nascem com deficiência auditiva. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 15 milhões de brasileiros têm problemas auditivos.

Deficiência
 A surdez pode se desenvolver de diversas maneiras. Quando genética, pode ser detectada nos primeiros dias de vida e tratada com sucesso. O teste da orelhinha - um exame rápido e indolor - pode resgatar a audição na grande maioria dos casos, se realizado nos primeiros seis meses de vida.

 Na terceira idade, mesmo com o envelhecimento natural dos órgãos, é possível conviver com a perda auditiva, buscando tratamentos para melhorar a qualidade de vida. O problema é mais perceptível após os 65 anos. "A surdez no idoso é um dos mais importantes fatores de desagregação social. De todas as privações sensoriais, a perda auditiva é a que produz efeito mais devastador no processo de comunicação do idoso", orienta o otorrinolaringologista Oswaldo Laércio Cruz, coordenador da Campanha.

Prevenção
 
Atualmente, com os elevados níveis de poluição sonora, a cultura da prevenção e a redução de exposição do ouvido a riscos desnecessários são essenciais para manter a audição saudável. Entrando no seu terceiro ano, a Campanha Nacional da Saúde Auditiva (www.saudeauditiva.org.br), uma ação da Sociedade Brasileira de Otologia busca esclarecer a população sobre a perda auditiva, seu impacto na convivência social e novas alternativas para tratamentos. "Assim como há o envelhecimento da visão, com a idade, a pessoa também ouve menos. E, como é natural usarmos óculos para poder ampliar as imagens, também deveríamos usar os aparelhos de amplificação sonora [AAS], ou outros equipamentos para a audição, sem nenhum preconceito, como forma de minimizar os efeitos negativos da deficiência auditiva que tanto aflige as pessoas", afirma o otorrinolaringologista Luiz Carlos Alves de Sousa, presidente da Sociedade Brasileira de Otologia.

Implante coclear

Dentre as técnicas utilizadas para reverter os problemas de surdez existe o implante coclear. Trata-se de um dispositivo eletrônico colocado através de cirurgia no ouvido interno do paciente, que tem suas fibras nervosas estimuladas. Um outro dispositivo, externo, capta os sons através de um microfone e, após a interpretação da informação no cérebro, o paciente consegue detectar e saber a direção dos sons, além de ouvir barulhos.

 

Poluição Sonora

A poluição sonora é a terceira maior do planeta, só perde para água e o ar. Pode acarretar conseqüências severas à qualidade de vida da população, afetando a saúde do indivíduo e conturbando intensamente as relações sociais. Algumas pesquisas mostram que o ruído fora de controle constitui um dos agentes mais nocivos à saúde humana, causando perda da audição, zumbidos, distúrbios do labirinto, ansiedade, nervosismo, hipertensão arterial, gastrites, úlceras e impotência sexual. No Brasil, a poluição sonora já é considerada uma questão de saúde pública.

Uma pessoa não pode permanecer em um ambiente com atividade sonora de 85 decibéis por mais de oito horas. Esse tempo cai para quatro horas em lugares com 90 decibéis, duas horas em locais com 95 decibéis, e uma hora quando a intensidade chega a 100 decibéis.

 

Tabela de Decibéis

 

FONTE SONORA

INTENSIDADE SONORA EM DECIBÉIS
(nível de pressão sonora)

Turbina do avião a jato

140

Arma de fogo

130-140

Serra elétrica

110

Cortador de grama

107

Shows de Rock, com distância de 1 a 2 metros da caixa de som

105-120

Furadeira pneumática

100-105

Piano tocando forte

92-95

Walkman no volume 5

95

Pátio do Aeroporto Internacional
do Rio de Janeiro (medição fornecida pela Infraero)

80-85

Avenida movimentada

85

Tráfego pesado

80

Automóvel (passando a 20 metros)

70

Conversação a 1 metro

60

Sala silenciosa

50

Área residencial à noite

40

Falar sussurrando

20

 

Tempo de exposição
máxima por dia, em horas

Nivel sonoro em decibéis

8

85

6

92

4

95

3

97

2

100

1 1/2

102

1

105

1/2

110

< 1/4

115

 

Ações da Campanha

No dia 10 de novembro, a Campanha Nacional da Saúde Auditiva vai às ruas, em uma grande mobilização nacional, movida por uma série de eventos que vão destacar a importância de cuidar da audição. Em diversos locais haverá triagem auditiva com exames gratuitos para a população.

Em São Paulo, o Sesc Vila Mariana oferecerá atendimento e palestra para a Terceira Idade. No Centro Educacional Unificado (CEU) do Butantã, haverá atendimento para crianças da 1ª série e palestras para os professores, ministradas por especialistas em Otologia. Em Santo André - Grande ABC, especialistas em Otologia ministrarão palestras informativas, no Hospital Mario Covas.

A partir do dia 31 de outubro, serão fixados cartazes informativos da Campanha em 62 pontos das estações de metrô em São Paulo. Eles permanecerão em exposição durante duas semanas.


 


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