Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013
Culto de unidade dos Cristãos Concílio Geral
"A unidade cristã é movida pelo nosso senso de dever para com Cristo"
Em culto realizado ontem, às 20 horas, o pastor Ariovaldo Ramos, da Igreja Cristã Reformada, pregou sobre a passagem do livro de Marcos que conta a história do homem paralítico que, deitado sobre uma cama, foi carregado por seus amigos até a presença de Cristo.
"Que bom que este homem tinha amigos que acreditaram na possibilidade de cura. Quem bom que este homem tinha amigos ´parteiros´, prontos a levá-lo à luz", disse o pastor.
De fato, este homem tinha amigos que o amavam e que tinham fé. Contudo, um detalhe foi fundamental para que o homem doente pudesse chegar até Jesus de Nazaré, afirmou o pregador. "Ele tinha amigos que eram amigos entre si e podiam trabalhar juntos na perspectiva de ajudá-lo". Assim, eles uniram seus dons para levar o amigo a Cristo. "As diferenças começaram a conjugar-se para criar um conjunto único e eficiente para colocar aquele moço diante de Jesus de Nazaré". |
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Ariovaldo Ramos lembrou que os amigos tiveram que cometer a ousadia de interromper o pregador. Que era alguém muito especial: "ao mesmo tempo pregador e pregação". Mas Jesus olhou para o teto e viu fé nos olhos daqueles companheiros e perdoou os pecados do paralítico.
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Ariovaldo lembrou que o pecado adoece, tira a alegria da existência. Muitas vezes, porém, temos facilidade em anunciar perdão, mas não ajudamos aquele que cai a se reerguer e andar de novo. "Se não houvesse inferno haveria muitos crentes decepcionados", ele brincou.Os amigos, disse o pregador, são aqueles que andam com você e, se necessário, carregam você até Jesus. |
Uma alegoria da Igreja
Esta história é, na visão do pregador da noite, uma alegoria da própria Igreja e da sociedade. "Se os amigos estiverem ocupados demais com suas diferenças não conseguirão carregar juntos o amigo sofredor e levá-lo a Cristo, que tem uma palavra de cura e perdão".
"Um dia a gente vai aprender que um amigo sozinho não carrega o catre e vamos conversar mais e melhor. E vamos descobrir que nossas diferenças nos garantem identidade, mas não nos trazem inimizade".
Ele lembrou que só há diálogo entre pessoas que têm identidade. Do contrário, não há troca, apenas assimilação, como o personagem de Woody Allen no filme Zelig.
"Só não conversa quem tem medo de perder a identidade. Eu me pergunto se quem tem medo de perder a identidade tem, de fato, identidade." Ao final da pregação uma grande roda, iniciada pela pastora Margarida Ribeiro, cercou o auditório cantando "pra que todos possamos ser um... a fim de que o mundo creia". |
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