Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

cristianismo e política

ARTIGO: Os Evangélicos e as Eleições 2006

Fonte: Agência Soma


  Autor de "Cristianismo e Política ? Teoria bíblica e prática histórica" (Editora Ultimato), Bispo Robinson Cavalcanti faz recomendações sobre o comportamento de líderes e liderados em época de campanha eleitoral. "Apesar das limitações, os cristãos são sempre chamados, como sal da terra e luz do mundo, a exercitar com seriedade e responsabilidade a sua cidadania terrena, promovendo os valores do Reino de Deus, de justiça e de paz, na busca do bem comum", destaca o autor.
  
   Os evangélicos brasileiros dão graças a Deus porque não vivem sob a tirania das ditaduras, ainda existentes, em várias modalidades, em diversos lugares do mundo ou, no nosso caso, no passado (Estado Novo e Ciclo Militar). Este ano estaremos, em liberdade, exercendo o direito - dever - de escolher, em uma diversidade de candidatos: o Presidente da República (e seu vice), o Governador do Estado (e seu vice), um Senador da República (e seus suplentes), um Deputado Federal e um Deputado Estadual. Um problema é que não escolhemos os candidatos, e temos que votar naqueles que escolheram para nós escolhermos...; outro problema é que em uma ordem internacional imperial capitalista, neo-liberal, globalizada, dominada pela única superpotência restante - os Estados Unidos da América, os nossos eleitos não poderão ser "criativos" (inclusive para o nosso bem), mas, somente se poderão mover nos estritos espaços permitidos pelos donos do poder mundial e por seus associados aqui.
  
   O dilema maior diz respeito aos destinos do País, centrados, principalmente, nas eleições presidenciais, quando as linhas mestras da política macro-econômica dos candidatos do PT e do PSDB são, praticamente, idênticas. O debate, superficial, dirá respeito, apenas, às personalidades, estilos, ênfases, aliados e algumas questões menores. A não ser que outras candidaturas, concorrendo para valer, ou marcando profética e pedagogicamente posições, mereçam, por sua ética, e pela defesa de uma sociedade mais justa, o voto dos cristãos.
  
   Apesar das limitações, os cristãos são sempre chamados, como sal da terra e luz do mundo, a exercitar com seriedade e responsabilidade a sua cidadania terrena, promovendo os valores do Reino de Deus, de justiça e de paz, na busca do bem comum. Assim, não devemos votar por meros interesses pessoais, ou pelos interesses corporativos de nossa denominação ou comunidade local (troca de votos por "favores" para as Igrejas). Nos pleitos recentes temos visto surgir, de forma desordenada e irresponsável, uma profusão de candidaturas de "irmãos", nem sempre com a melhor ética, nem sempre com as melhores companhias, nem sempre com o melhor programa (isso no caso de terem algum...), nem sempre com a melhor qualificação para o exercício do cargo a que se propõem, apesar de possíveis e quetionáveis "revelações".
  
   Devemos nos manter informados e buscar de Deus a iluminação para as escolhas que temos que fazer, mesmo que elas não sejam as mais desejáveis, mas, apenas, as menos negativas. O nosso Deus é o Senhor da História, e exerce a sua Providência sobre as Nações. Sintonizados com a sua Palavra e o seu Espírito, sejamos seus instrumentos na construção da História até que Ele venha.
  
  
Por Robinson Cavalcanti - Cientista político e escritor; Bispo Anglicano, da Diocese do Recife, e autor, entre outros, de Igreja Um Lugar de Transformação e Liberdade (GW Editora).

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